Sábado, 4 de Agosto de 2007

As coisas que se fazem por dinheiro

Alô!

Este é o meu último post antes de ir de férias, das quais só volto no dia 12. Espero que ninguém morra de saudades porque prometo voltar revigorada e pronta para continuar a avacalhar.

Aqui ficam os resultados da votação "Por 30 euros, o que faria a pedido do governo?". Foram recebidos 27 votos e, aparentemente, há 2 coisas que ninguém aceita fazer: praticar actos íntimos com Sócrates e estender o casaco no chão para ele passar. Totalmente compreensível...

De resto, 9 pessoas (33.3%) aceitariam bater nos adversários de Sócrates (não pelo amor que têm ao Sócrates mas pelo ódio que têm aos seus adversários), 4 pessoas (14.8%) deixavam-se fotografar a testar computadores e outras 4 (14.8%) fingiam ser familiares/amigos de Sócrates (estão a fazer-se à cunha...).

Há 3 pessoas (11.1%) que beijavam Sócrates, 2 pessoas (7.4%) abraçavam-no, enquanto outras 2 faziam campanha pelo Governo e há ainda mais 2 que apareciam todas nuas durante a campanha do governo. Uau! Por fim, apenas 1 pessoa (3.7%) fingia afogar-se para Sócrates salvar-lhe a vida. Desconfio que a ideia era atraí-lo para alto mar e deixar os tubarões fazerem o resto...

E é só. Voltamos a comunicar daqui a uma semana. Fiquem bem!

publicado por bonecatenebrosa às 13:46
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Quarta-feira, 25 de Julho de 2007

Por 30 dinheiros Judas vendeu Jesus. E você?

Ontem, alguns jornais anunciavam, com grande consternação, que as criancinhas que apareciam nas fotografias a testar os computadores que o nosso bem amado primeiro ministro andou a distribuir, estavam a receber 30 euros para fazer aquele trabalho de figuração.

Nem sequer me vou pôr para aqui a falar da questão do trabalho infantil e dos riscos que aquele comportamento poderia ter para a saúde das crianças, desde problemas oftalmológicos até posturais, passando pelos défices no comportamento social, de que está tão na moda falar quando as crianças ficam algum tempo em frente ao computador, ao invés de irem para a rua brincar com os amigos que, se calhar, lhes dão carolos e os convencem a roubar pastilhas da mercearia lá da rua. Ah! A infância... essa bela fase do desenvolvimento, em que só acontecem coisas boas.

A meu ver, o que importa aqui é o seguinte:

1) Onde está o concurso público para recrutamento de crianças? Cunhas, não é? Pois, já sabemos como funciona.

2) Esses 30 euros saíram do bolso de quem? Pergunta estúpida! Está-se mesmo a ver.

3) O que é preciso fazer para ganhar um ordenado mínimo? É que se a testar computadores para a fotografia, ganham-se 30 euros, eu só quero saber o que tenho de fazer ao governo para ganhar aí uns 500. É que, por 30 euros, eu até beijava o Sócrates! E duas vezes, que a vida está cara!

Assim sendo, aqui fica mais uma dúvida existencial: por 30 euros, o que fariam a pedido do governo? Podem votar até dia 4 de Agosto no sítio do costume (na área de votação situada no lado direito). Se aceitassem fazer algo que não está contemplado nas hipóteses, ponham como comentário, que todas as sugestões para sacar uns trocos são bens vindas.

publicado por bonecatenebrosa às 15:38
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Quinta-feira, 19 de Julho de 2007

A moral e os bons costumes

O caso das "mães de Bragança" voltou à ordem do dia, com a condenação do principal arguido a 9 anos de prisão. Embora isso não me interesse nada, algumas nuances deste caso não deixam de me despertar a atenção.

A primeira de todas é o nome "mães de Bragança". Ora, o que me parece relevante para o caso é o facto de os maridos andarem a encorná-las com funcionárias de casas de alterne. Não me parece que sejam mães a queixarem-se do comportamento sexual promíscuo dos seus filhos. Resumindo, se qualquer mulher (mãe ou não) poderia queixar-se, que sentido faz esta designação? Nenhum. Como, aliás, tudo o resto no caso.

Em segundo lugar, o argumento "as brasileiras vêm para cá roubar os nossos homens" é profundamente ridículo! Se é verdade que os homens são criaturas estranhas, também é verdade que, tanto quanto sei, não foram obrigados a nada. Não se ouviu falar de nenhuma brasileira que tenha ido buscar estes homens ao conforto do lar, onde eles estavam recatadamente com as respectivas esposas, para os obrigar a "pegar-lhes na mão e conversar".

Além disso, não me queiram convencer que os homens portugueses são um tesouro, desejado por todas as brasileiras... Ainda se dissessem "as brasileiras vêm para cá e os nossos homens são tão estúpidos que deixam as contas bancárias a zero para sustentarem essas mesmas brasileiras que, se forem espertas, não querem saber deles para nada e dão-lhes um pé na bunda assim que eles deixarem de ter utilidade". Aí eu acreditava! E sugeria que passassem a casar com separação de bens. Porque um homem que vos encorna com uma brasileira, também vos encorna com uma portuguesa ou com outra estrangeira qualquer, alternadeira ou não...

Metam na cabeça que os homens não são particularmente esquisitos no que toca a dar uma queca (nem a pegar na mão). Eles não querem é portuguesas, pelo menos não as que têm em casa! Se estas mulheres (as ditas mães) são tão respeitáveis deviam, em nome da moral e dos bons costumes, dar-se ao respeito e mandar os maridos pastar. Acho que eles não se iam importar, principalmente porque não iam ter de pagar às ovelhas...

O argumento da higiene e saúde pública já me parece mais válido. Mas tendo em conta que os mesmos homens vão agora a Espanha para usufruírem do mesmo serviço, também não se resolveu nada na área da saúde. Pior! Assim, lixam a economia portuguesa e também a economia doméstica com maiores gastos de gasolina que também vão contribuir para um aumento da poluição. Ai ai que lá vem o fim do mundo...

Por fim, um reparo a uma senhora brasileira que dizia que não fazia nada de mal mas que, mesmo assim, queria deixar o alterne. Cuidado! A votação neste blog mostrou claramente que a puta da vida é bem pior que a vida da puta. Veja lá no que se vai meter...

publicado por bonecatenebrosa às 14:07
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Segunda-feira, 16 de Julho de 2007

Defesa de princípios, preguiça ou incompetência

Acho bonito que as pessoas tenham consciência. Como diria a nossa querida Lili, "estar vivo é o contrário de estar morto" e ter consciência é o contrário de ser inconsciente. Também acho bem que as pessoas lutem e defendam os seus princípios. Agora, acho que é relevante saber onde é que acaba a defesa dos princípios e começa a preguiça e/ou a incompetência.

Muito se tem ouvido falar dos médicos objectores de consciência a propósito da nova lei que descriminaliza o aborto. Descriminaliza, não liberaliza. Acho que, do mesmo modo que ninguém é obrigado a ter filhos, também ninguém e obrigado a fazer abortos apenas devido à entrada em vigor da nova lei. Aliás, acho que impedir alguém de fazer um aborto forçando essa pessoa a ter um filho que não deseja é tão violento como forçar alguém a fazer um aborto. Logo, concordo com a nova lei, que não obriga ninguém a nada e também não criminaliza nenhuma decisão tomada em consciência (lá vem ela, a consciência). Há quem diga "e a criança, coitadinha, que não se pode defender". A minha resposta: 1) ainda não há criança nenhuma; 2) então e a mulher que não quer aquela gravidez?; 3) coitadinha da criança se nascer resultante de uma gravidez não desejada, para ser morta, maltratada, abandonada e/ou negligenciada.

Poderia continuar, mas acho que tudo já foi dito sobre este tema e agora já é uma perda de tempo. Porquê? Porque já existe uma lei que responde a uma necessidade que não é apenas individual, mas também de saúde pública e que resultou de uma votação democrática. Dirão ainda alguns: "mas a maior parte da população absteve-se". Respondo eu: quem se absteve não estava interessado na votação logo é-lhe indiferente o resultado, se assim não fosse, teria ido votar. Se as eleições fossem presidenciais ou legislativas, até podia haver uma abstenção de 99%, que a decisão do 1% votante era aplicada. Assim sendo, a elevada abstenção não é desculpa para nada! Ah, é a propósito, diz-se abstenção e não abstinência. Isto é um recado a uma jornalista da RTP que estava a cobrir as eleições da CML e que não sabe que abstinência tem outro significado.

Voltando à questão chave da objecção de consciência. E se de hoje para amanhã, um médico dissesse "recuso-me a tratar fumadores com cancro do pulmão", ou se um psicólogo ou psiquiatra dissesse "recuso-me a tratar clientes suicidas", ou se um trolha dissesse "recuso-me a construir grandes superfícies comerciais", ou se um funcionário de papelaria dissesse "recuso-me a vender a revista Maria", ou se um professor dissesse "recuso-me a ensinar a teoria da evolução das espécies", ou ainda se uma parteira dissesse "recuso-me a ajudar a trazer crianças a este mundo".

Consciências, cada um tem a sua e todas estas podem ser questões de consciência. Afinal de contas, quem somos nós para questionar a consciência alheia? Agora, a meu ver, usar a consciência como desculpa para não cumprir a lei, deve ter limites e esses limites também deveriam ser impostos aos médicos objectores de consciência. Se antigamente fazer um aborto era crime, agora já não é (até às 10 semanas de gravidez). Negar a uma grávida o direito a fazer um aborto é sinónimo de incumprimento da lei e, consequentemente, deveria, isso sim, constituir um acto criminoso.

Pior ainda, é que me dá a ideia que os médicos objectores de consciência não estão, de facto, a defender os seus princípios. Parece-me que estão apenas a evitar juntar mais uma tarefa ao trabalho que já tinham anteriormente. E a isto eu chamo preguiça e incompetência. Tudo menos objecção de consciência.

publicado por bonecatenebrosa às 13:58
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Domingo, 15 de Julho de 2007

Resultados apurados

Não é só a Câmara Municipal de Lisboa que vai hoje a votos. Os resultados da votação "Dúvida existencial: o que é pior?" acabaram de sair e estão fresquinhos e a estalar.

Recebi 17 votos, mais do que na última votação (vénia profunda ao meu público fiel), dos quais 9 (52.9%) acham que o pior é "ser optimista". Os restantes votos distribuíram-se equitativamente por "ser realista" e "ser pessimista", cada um com 4 votos (23.5%). Isto quer dizer que hoje já alguém ganhou com maioria absoluta e não foi o António Costa, foi mesmo o optimismo.

Moral da história: o próximo filho da mãe que me criticar dizendo "Ai, és tão pessimista" leva com estes resultados na tromba!

publicado por bonecatenebrosa às 13:53
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Sábado, 7 de Julho de 2007

Os chibos

Nem me vou dar ao trabalho de enumerar todas as situações recentes que me levaram a criar este post.

De um modo geral, gosto tanto dos chibos como gosto dos fascistas que utilizam a informação que eles lhes dão. Mas fica aqui a pergunta: Se votaram no Salazar para o maior português de todos os tempos, agora estão a queixar-se de quê? Cada um tem o que merece e parece que andávamos a pedi-las...

Para a próxima, tenham juizinho e não alinhem nessas coisas de votações. A Democracia é um monstro mau, uma criatura besta-fera. Sejam um povo porreiro e deixem que alguém tome as decisões por vocês. É que pela boca morre o peixe e, se a PIDE estivesse a ouvir, não era só o peixe que morria.

publicado por bonecatenebrosa às 14:17
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Terça-feira, 3 de Julho de 2007

Optimismo, realismo ou pessimismo?

Surgiu-me recentemente outra dúvida existencial. O que é pior: o optimismo, o realismo ou o pessimismo?

Isto vem a propósito de grande parte das pessoas que me conhece dizer que eu sou pessimista. Provavelmente têm razão, mas não sei se isso será, de todo, uma coisa má. Sempre que me fazem esta crítica, lembro-me da história da formiguinha que, depois de ficar com a pata presa no carril do comboio e após esforçar-se arduamente para se libertar, vê o comboio aproximar-se e afirma "que se lixe, se descarrilar, descarrilou"!

Esta formiguinha será optimista ou, simplesmente, não tem a mínima noção das proporções e da realidade. A cada dia que passa parece-me mais que as pessoas optimistas podem estar atoladas em merda até aos olhos e, no entanto, ainda não conseguiram perceber que está a cheirar mal! Quanto às pessoas realistas, acho que a vivência diária no mundo real irá, mais cedo ou mais tarde, torná-las pessimistas. As pessoas pessimistas, por sua vez, terão muita dificuldade para manter a sanidade mental e não cortarem os pulsos...

Coloco então esta questão a votação e, mais uma vez, conto convosco para votarem até Domingo, dia 15. Vejam no lado direito a área de votação e estejam à vontade.

publicado por bonecatenebrosa às 00:32
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Domingo, 24 de Junho de 2007

Vitória de "A puta da vida"

Acabou hoje a votação "Dúvida existencial: Afinal o que é pior", em que as opções eram "a puta da vida" ou "a vida da puta".

Dos 16 votos recebidos (que eu agradeço e penso que todos deveríamos agradecer pelo empenho em responder a algo tão visceral), 14 afirmaram que o pior é a puta da vida (87.5%) e apenas 2 defendem que o pior é a vida da puta (12.5%).

Assim sendo, e sem tecer muitos mais comentários porque gosto que vocês pensem e não posso dar-vos a papinha toda feita, limito-me a sugerir que as putas parem de se queixar da vida que têm. A vida é uma puta para todos nós e a vossa não é pior!

publicado por bonecatenebrosa às 14:28
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Domingo, 17 de Junho de 2007

Só mais uma semana para votar

Continua a decorrer a votação "Dúvida existencial: afinal o que é pior?". Esta votação vai-se manter até ao próximo Domingo, dia 24, quando divulgarei os resultados. Aproveitem até lá para votar, a vossa colaboração será sempre bem vinda.
publicado por bonecatenebrosa às 13:58
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Terça-feira, 12 de Junho de 2007

Dúvida existencial: afinal o que é pior?

Há pouco tempo, ouvi uma pessoa simples colocar uma das questões mais pertinentes de todos os tempos. Andam para aí filósofos a tentar descobrir o sentido da vida, de onde vimos, para onde vamos e o que fazemos aqui quando, na prática, nada disto interessa.

Importa colocar questões directamente relacionadas com problemas quotidianos. Ora, se assumirmos, como diz o povo, que a prostituição é a mais velha profissão do mundo, esta dúvida já deveria ter sido colocada há muito tempo. Afinal o que é pior? A puta da vida ou a vida da puta?

Esta dúvida tem-me atormentado principalmente por 2 motivos. O primeiro é que, como só conheço a puta da vida e não a vida da puta, não tenho termo de comparação, pelo que peço às putas que dêem o seu contributo para o esclarecimento colectivo. O segundo é que, se se vier a provar que a vida da puta é melhor que a puta da vida, então talvez seja altura de começar a pensar em mudar de emprego. Será que nessa profissão também é preciso ter cunhas? Espero que não...

Conto com a vossa ajuda para solucionar este dilema. Para isso, vão à área das votações no lado direito do ecrã.

publicado por bonecatenebrosa às 00:02
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