"O senhor Dejoux vê em sonhos um homem armado com um punhal inclinado para o seu amigo Arnaud. Este está caído e não se defende. Estaria já morto? O senhor Dejoux distingue nitidamente a cara do assassino que, facto curioso, nada tem de odioso nem de assustador.
Ao acordar, telefona ao amigo para saber novidades. São excelentes. Que há-de fazer? Contar-lhe? Mas isso vai inquietá-lo inutilmente. E depois que importância se pode dar a fantasmagorias da imaginação nocturna? Decide, assim, calar-se e por tal acaba por se felicitar, pois nada de sinistro acontece.
Passam meses... e eis que Arnaud tem de entrar numa clínica, para uma operação ao coração. O senhor Dejoux vai vê-lo e tem todo o cuidado em não lhe falar do sonho.
Arnaud apresenta-os:
- O meu amigo Dejoux... o doutor M., o cirurgião que me operou e me salvou.
O que o senhor Dejoux tomara por um punhal era na realidade um bisturi."
A Premonição e o Nosso Destino
Jean Prieur
. 6.ª Sobrenatural - "O pun...