Sexta-feira, 25 de Julho de 2008

6.ª Sobrenatural - "Os fantasmas de Harry Price"

"Na altura em que o investigador de fantasmas Harry Price concluiu o seu trabalho no Vicariato de Borley, chamou-lhe «a casa mais assombrada de Inglaterra». Os fantasmas e espectros que ali catalogou incluíam uma freira que, segundo a lenda, fora «emparedada viva» num convento, um homem decapitado, um coche e cavalos e o Rev.º Henry Bull, que construíra o sombrio edifício em 1863.

Durante a sua vida Price foi talvez o investigador de fantasmas do início do século XX mais conhecido e tecnicamente mais avançado que tentou averiguar, através de métodos práticos e tecnologia moderna, se os fantasmas eram reais. As suas «ferramentas» incluíam galochas de feltro «para andar pela casa sem ser ouvido»; fitas métricas de aço para verificar a espessura das paredes, o que lhe permitia detectar eventuais câmaras secretas; uma máquina fotográfica equipada para fotografia de interior e de exterior; uma máquina de filmar de controle à distância; equipamento para registo de impressões digitais, e um telefone portátil para comunicação instantânea com outros investigadores.

A reputação de que o Vicariato de Borley gozava de ser assombrado não excedeu os limites relativamente normais, de acordo com os padrões ingleses, até Price se interessar pelo assunto, e mesmo então os fantasmas que ele identificou eram de um carácter inteiramente comum. O que primeiro atraiu a atenção de Price, em 1929, foram as queixas dos locatários da altura, o Rev.º G. Eric Smith e sua mulher, que há algum tempo eram perturbados por mobiliário que se deslocava, chaves que caiam das fechaduras, sons de passos e uma voz feminina. Price realizou uma cuidadosa investigação durante 3 dias e afirmou não ter encontrado quaisquer explicações naturais para nenhum desses fenómenos. Declarou também que observara uma figura esbatida que podia ter sido a freira e que estabeleceu contacto com o falecido Rev.º Bull.

Um ano mais tarde, tendo os Smiths sido substituídos pelo Rev.º Lionel Algernon Foyster e sua mulher, Marianne, Price iniciou outra investigação do vicariato. Apenas os Foysters se instalaram, revelou-se o que parecia ser um poltergeist, ou fantasma barulhento. As portas fechavam-se, deixando as pessoas fora dos quartos, desapareciam artigos domésticos, partiam-se vidraças, o mobiliário deslocava-se, cheiros estranhos saturavam o ar e ecoavam estranhas vozes. Mas os incidentes mais graves pareciam afectar Mrs. Foyster, que era atirada da cama durante a noite, esbofeteada por uma mão invisível, agredida de modo a ter ficado com um olho negro e uma vez quase foi sufocada por um colchão. Começaram então a surgir em várias paredes do vicariato mensagens rabiscadas e quase indecifráveis que expressavam queixas, tais como «Marianne, por favor, ajuda-me» e «Marianne, manda rezar missas».

Dado que quase toda a actividade de poltergeist ocorria quando Mrs. Foyster se encontrava quer ausente, quer sozinha, Price inclinou-se a atribuí-la a manipulações da própria; no entanto, continuava a acreditar na possível autenticidade da freira e do Rev.º Bull. Assim, quando o vicariato mais uma vez ficou vago, Price aproveitou a oportunidade para o arrendar e transformar num laboratório destinado ao estudo do sobrenatural. Trabalhando com 48 voluntários, realizou os elaborados testes pelos quais concluiu, em The Most Haunted House in England, publicado em 1940, que Borley é o «caso mais extraordinário e bem documentado dos anais da investigação psíquica».

Embora tivesse numerosos oponentes, Harry Price era grandemente respeitado pelos seus métodos não só imaginativos como engenhosos e pela sua honestidade. E dado que passara cerca de 40 anos a investigar fenómenos psíquicos, foi enorme o escândalo que rebentou quando, após a sua morte, em 1948, a crítica começou a minar seriamente a sua reputação. O repórter de um jornal declarou ter recolhido provas de falsificação por parte de Price, e Mrs. Smith escreveu que nem ela nem o marido jamais haviam acreditado que o vicariato estava assombrado. Em 1956, três investigadores da Sociedade de Investigação Psíquica comunicaram que as entrevistas que haviam tido com as pessoas ligadas aos fenómenos ocorridos em Borley e um estudo exaustivo dos próprios apontamentos de Price tinham demonstrado que este manipulara determinados factos."

 

Fronteiras do Desconhecido

Selecções do Reader's Digest

 

Primeiro, que raio de investigação exaustiva é que dura 3 dias? Até a investigação do desaparecimento da Maddie demorou mais e mesmo assim não acho que tenha sido exaustiva...

Segundo, a história da Sr.ª Foyster fez-me lembrar aquele sketch do Gato Fedorento em que uma senhora está a queixar-se ao médico de ser vítima de violência doméstica e o médico insiste que ela teve um acidente:

- Médico: Então como foi que se magoou?

- Sr.ª Foyster: Foi o meu marido que bateu. Dá-me estalos, deixou-me o olho negro e tentou sufocar-me com o colchão.

- Médico: Ah, admita lá que bateu com a cara num móvel ou caiu da escada.

- Sr.ª Foyster: Não, foi mesmo o meu marido que me bateu.

- Médico: Deixe lá de ser mentirosa. Foi um poltergeist, não foi?

publicado por bonecatenebrosa às 15:45
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Sexta-feira, 21 de Setembro de 2007

6.ª Sobrenatural - "Poltergeists"

"Em 1990, uma família de Oklahoma que tentava escapar ao calor de uma noite de Junho saiu da sua abafada casa para o pátio, na esperança de que a brisa os refrescasse. No entanto, a noite foi perturbada quando a família se tornou no alvo de um fantasma lançador de pedras.

Partindo do princípio que se tratava de obra de brincalhões, Bill e Maxine McWethey, bem como a filha de 18 anos Twyla, e a filha mais nova, Desiree, voltaram para o interior furiosos com o ataque não provocado. Porém, a ira tornou-se em desespero e depois em medo quando as pedras continuaram a cair. A casa esteve sob cerco durante 24 horas, com as pedras a partirem os vidros das janelas.

A família vivia em Centrahoma e o xerife mais próximo ficava a cerca de 13 km, em Coalgate. Em vez de contactarem a polícia, os McWetheys aguentaram o tormento. Quando Bill espreitava as vizinhanças nunca conseguia ver sinais dos responsáveis pelas pedradas.

Os ataques prosseguiram esporadicamente durante os meses de Junho e Julho sem que o seu autor fosse identificado. Uma noite, cerca de 50 curiosos reuniram-se em volta da casa durante uma chuva de pedras. Uma testemunha espantada sugeriu que as marcassem com verniz de unhas e as atirassem de volta. Para surpresa de todos, as pedras foram devolvidas momentos depois. Outra pessoa lançou uma pedra marcada para um lago... e também essa foi atirada de volta.

Em Agosto, a polícia foi chamada pela primeira vez. Um guarda foi visitar a cena, mas ficou debaixo de fogo ainda antes de sair do carro patrulha. Enfrentou a barragem de pedras para procurar o responsável, mas não encontrou ninguém. Alarmado, saltou para o carro e afastou-se.

As munições mudaram, passando das pedras para as moedas e mais tarde para parafusos, pregos e outro bricabraque. Quando o Inverno chegou, a actividade continuou, mas agora no interior da casa. Dois jornalistas visitaram os McWetheys e testemunharam uma saraivada de pedras, que teve Twyla como principal alvo. Não precisaram de mais nada para se convencerem que havia ali um poltergeist em actividade.

Muito em breve, o poltergeist começou a emitir ruídos muito agudos e pareceu apresentar-se a si mesmo, no meio de uma confusão de sons metálicos, como sendo Michael Dale Sutherland. O seu comportamento imprevisível atormentou a família. Pintou os periquitos, servindo-se de corantes alimentares, arrancou lençóis das camas, escrevinhou símbolos nos espelhos com batom e disse à infeliz Twyla que era um alienígena deixado ficar para trás por uma missão vinda de Saturno. Porém, de acordo com a Sra McWethey, «Ele é um grande mentiroso».

Um poltergeist é um fantasma tumultuoso e malicioso que em geral está associado a pessoas e não a lugares. Pode ser muito desagradável. A designação poltergeist provém de duas palavras alemãs, «poltern», que significa «batida» e «geist», que significa «espírito»."

 

História do Sobrenatural

Karen Farrington

publicado por bonecatenebrosa às 13:03
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