1 - Por que motivo é que quando o Zé Diogo Quintela imita a ministra da educação, até consegue fazer com que ela pareça bonita? Sim, porque se eu não soubesse que o Zé Diogo está travestido e me mostrassem a foto da "ministra real" e da "ministra zé diogo", perguntando qual delas era uma mulher, eu provavelmente escolhia a segunda.
2 - Como é possível a existência de uma quadrilha de oito pessoas? Li agora numa notícia do Sapo que em Israel foram condenados 8 jovens por pertencerem a uma quadrilha neonazi. Ou eram duas quadrilhas, ou então não sei onde é que a pessoa que escreveu a notícia aprendeu a fazer contas.
Foi hoje divulgado um estudo que mostra a existência de taxas elevadas de violência entre casais jovens. Sinceramente não me surpreende, por dois motivos: tendo em conta os níveis de violência doméstica entre adultos e considerando que são os adultos que (des)educam os jovens, acho que os jovens estão em muitas das vezes a seguir o exemplo com que se deparam. Aliás, se eu fosse jovem e lesse as crónicas do Sr. Miguel Sousa Tavares também ficaria cheia de vontade de espancar alguém, mas como eu e ele não somos vizinhos, acho que ele já se safou.
O outro motivo é a... não queria usar a palavra estupidez, a... vá ajudem-me... chamemos-lhes as limitações intelectuais de muitos jovens. O Ministério da Educação estimula o facilitismo e isso tem consequências. Os jovens não se habituam a pensar de forma aprofundada, a longo prazo, nem a esperar pelas recompensas e sejamos realistas, qual é a maneira mais rápida de se conseguir o quer se quer de alguém? É com porrada! Junta-se o querer algo ao saber que não há represálias e o resultado está à vista, com jeitinho, ainda conseguimos que a população em geral e até o Supremo Tribunal de Justiça, dê razão ao criminoso e culpe a vítima. Talvez entre jovens não surjam argumentos como "ela queimava a comida" ou "ela não passava a roupa a ferro" mas outros igualmente interessantes como "ela recusou-se a ver os Morangos com Açúcar comigo" ou "ela recusou fazer-me os trabalhos de casa".
Não quero com isto dizer que a minha geração (e as anteriores à minha) são melhores, porque não são. Bem pelo contrário! Dantes, se uma mulher apanhava do marido, namorado, pai, irmão, ou quem quer que fosse, tinha de comer e calar e o assunto nem sequer era tema de telejornal. Agora, ao menos, há informação. E se alguém que já apanhou ou que venha a apanhar do(a) namorado(a) ler este post, aqui ficam uns pequenos pensamentos: a culpa nunca é da vítima, o ciúme é sinal de possessividade e não de amor, não há desculpa para a agressão (seja ela física, emocional ou sexual) a probabilidade do agressor mudar é praticamente nula e quem bate uma vez, também bate duas ou três.
Isto fui eu a fazer mais serviço público que a maior parte dos órgãos de comunicação social, que se limitam a relatar resultados, mas não desconstroem ideias pré-concebidas. Depois lemos os fóruns de discussão com perguntas inteligentes como "qual é o mal de bater na namorada se ela gosta?". Ainda gostava de saber se alguém perguntou à moça se, de facto, gosta ou não, isto porque o facto de alguém levar pancada e continuar numa relação não é sinónimo de gostar. Pode significar medo, vergonha, falta de compreensão da própria situação ou receio de ouvir "bocas" do tipo "então mas não gostavas de apanhar?". Para as criaturas que têm esta dificuldade de compreensão, façam este esforço: imaginem que são mal pagos e que, cada vez que se queixam, alguém vos diz "então, és mal pago porque gostas"! Se calhar não é bem assim...
Notícia do Sapo: "Portugal é um dos países europeus que os serviços secretos espanhóis consideram em risco de sofrer um atentado terrorista ligado à deslocação à Europa na próxima semana do presidente do Paquistão, noticia hoje o El Pais. Além de Portugal, também a França e o Reino Unido foram alertados pela secreta espanhola para riscos de atentados durante o périplo europeu de Pervez Musharraf, de acordo com a notícia do diário espanhol publicada no seu site da Internet."
Estes serviços secretos espanhóis têm uma precisão espectacular! Ou é Portugal, ou a França, ou o Reino Unido. Agora que pensamos nisso, também podia ser a própria Espanha, ou a Itália, ou a Alemanha. E porque havemos de ficar por aqui? Com tanto país europeu para atacar, a verdade é que pode ser qualquer um... Além disso, o mais provável era os terroristas não encontrarem Portugal e irem pôr uma bomba na barraquinha dos caramelos de Badajoz!
Por via das dúvidas, mais vale ninguém sair de casa para ir trabalhar.
Notícia do Sapo: "Com o dinheiro do fundo Find Madeleine a esgotar-se, Kate e Gerry procuram outras formas para financiar a procura pela filha que desapareceu na Praia da Luz no passado dia 3 de Maio. Segundo o jornal britânico The Guardian, a produção de um filme sobre o desaparecimento de Maddie pode ajudar a resolver os problemas financeiros da campanha dos McCann".
E não é que a miúda, mesmo desaparecida ou morta ou ambas, dá mais lucro à família do que antes, quando tinham de lhe pagar comida, roupa, médicos e creches? Qual abono de família qual carapuça!
Notícia do Sapo: "Estudo detecta defeito de fabrico no universo. Um estudo publicado hoje na revista Science por uma equipa espanhola e britânica liderada por Marcos Cruz, do Instituto de Física de Cantábria, diz que a causa de uma mancha fria, uma zona do espaço onde parece não existir nada, é um defeito que remonta à origem do Universo".
Vocês não conseguem ver, mas eu já estou a fazer a dança do fim do mundo! Nem vale a pena tentarem imaginar como é porque nada do que imaginarem será suficientemente ridículo... Só há uma coisa que me chateia no fim do mundo: é que se for uma coisa demasiado rápida (estilo o planeta Terra ser sugado para dentro de um buraco negro) eu não me vou aperceber e não vou poder desfrutar completamente do fenómeno.
Tenho um amigo que diz "A maior parte das pessoas gostava de ter uma morte rápida e indolor mas eu não, eu quero que seja lenta e dolorosa para ter bem a noção de que estou a morrer". Poderíamos ficar aqui horas a fio a reflectir sobre a sanidade mental dos meus amigos but that's not the point. Eu não chego ao extremismo dele mas, quando fosse o fim do mundo, também gostava de ter a noção disso. No final de contas, só vamos vivê-lo uma vez...
Diário de Notícias de dia 22: "Era para ser uma reunião preparatória da visita do arcebispo de Braga à freguesia em Dezembro. Mas o povo não se entende sobre a condução da paróquia, dividido entre o actual padre e o anterior, e o encontro acabou em pancadaria, agressão com arma branca e uma freguesia de ânimos crescentemente exaltados. Tudo aconteceu em S. Cristóvão de Selho , Guimarães, no sábado à noite, mas ainda ontem durante a tarde não se falava noutra coisa na localidade.
O desfecho da reunião não parece ter surpreendido ninguém. No local, poucos querem dar grandes conversas a estranhos sobre o assunto, mas lá vão dizendo que «estava-se mesmo a ver que ia acabar nisto». O encontro, convocado pelo padre Manuel - que assumiu os destinos da paróquia depois de o anterior pároco ter ido embora -, tinha como razão preparar a vinda de D. Jorge Ortiga, no próximo dia 16 de Dezembro. O salão paroquial estava cheio e havia mesmo gente de fora. Centenas de pessoas estariam presentes.
Ao padre Manuel, que conduzia o encontro, não falta quem lhe aponte o facto de ser autoritário e quem diga ainda que usou uma linguagem agressiva. Certo é que a discussão agudizou-se e a população envolveu-se em acesa troca de palavras. Depois há versões diferentes para a agressão com arma branca que levou à intervenção da GNR. Há testemunhas que garantem que o homem, de 70 anos, apenas se queria defender devido à proximidade de uma cena de pancadaria que começou a seu lado. Outras garantem que ele pretendia ofender umas «senhoras» e o que o homem, de 45 anos, que acabou ferido, se meteu no meio em defesa das mulheres.
A confusão, que terá começado por volta das 21.00 de sábado, só acabou cerca de uma hora depois quando chegou a GNR, que confirma a existência de desacatos no local, mas recusa fornecer mais pormenores. Apenas garante que o agressor foi identificado.
A paróquia de S. Cristóvão de Selho vive dias agitados desde que o padre Francisco - que, segundo alguns residentes, era muito querido pela população - saiu para outras funções. Ao novo pároco, que assumiu os destinos da comunidade há pouco menos de um mês, contestam-lhe os métodos «antiquados» e a nova forma de organização que procurou impor aos paroquianos."
Ponto 1 - Se ninguém está surpreendido, porque é que isto é notícia? Se as pessoas já sabiam que a reunião ia acabar em pancada, porque é que lá foram? O povo gosta de desacatos...
Ponto 2 - Qual é o mal do padre ser autoritário e usar métodos antiquados. A igreja católica tem pouco menos de 2000 anos de existência, logo é antiquada. E não me lembro de ouvir dizer que Deus discutiu democraticamente os 10 mandamentos com o povo antes de os implementar. Logo, o padre autoritário e antiquado é a personificação da religião que representa. Se não gostam, convertam-se ao Islão!
Ponto 3 - Quando uma cena de pancadaria se aproxima de mim, eu não me defendo à facada. Limito-me a ir-me embora. E também nunca ouvi falar de gente que usasse facas para ofender os outros, a menos que seja para ofender a integridade física deles.
Ponto 4 - Há quantos anos não havia pancadaria naquela paróquia? Se for há mais de 3 não há problema, conforme se pode ver no post anterior. Se for há menos de 3, os paroquianos têm todos os motivos para se divorciarem da paróquia. E se calhar é o melhor que têm a fazer se quiserem continuar inteiros.
No Diário de Notícias de hoje, vem uma notícia segundo a qual Kate McCann diz que é perseguida pelo seu aspecto, porque "se fosse mais gorda, tivesse mais peito e um ar mais maternal, as pessoas seriam mais simpáticas".
Permitam-me a correcção: Se a filha de 3 anos da Sra. Kate não tivesse desaparecido na sequência de um comportamento negligente da parte dos pais que, por sua vez, apresentaram uma história com mais buracos que um queijo suíço, ninguém estaria a "perseguir" a Sra. Kate.
Além do mais, o aspecto não é desculpa. A Angelina Jolie é mãe de 4 putos e não vejo ninguém a persegui-la por ser gira (ou bem boa, como diriam alguns). Talvez seja porque, até agora, nenhum dos putos dela desapareceu...
Isto não há melhor que os noticiários para vermos coisas cómicas. Nas notícias do SAPO diz que "O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, apelou hoje à «rebelião» dos cristãos face aos «senhores destes tempos» que exigem o seu silêncio «invocando imperativos de uma sociedade aberta»".
Comunista de um raio! Diz-me lá onde fica a tua sede sindical para eu mandar a polícia ir lá passar revista. Onde é que já se viu, andar aí a apelar à rebelião? Todos a portarem-se como carneirinhos é que é bonito! Ai, querem ver que o Estado e a Igreja ainda se chateiam...
"A Polícia Judiciária desencadeou hoje uma operação no âmbito da investigação de pornografia infantil, que envolve 71 buscas domiciliárias e cerca de 300 agentes em Portugal continental e ilhas.", é uma das notícias de hoje do Sapito.
Para aqueles de vós que são tarados, mas mesmo tarados, tão tarados mas tão tarados que nem sabem o que hão-de fazer de tão tarados que são, fiquem quietinhos em casa à espera que vos batam à porta e tenham medo, muito medo!
Para aqueles de vós que são pessoas com uma sexualidade saudável (ou pelo menos, que não são criminosos), fiquem-se pelo meu blog, que aqui está-se bem. É ameno, acolhedor, trata bem as visitas e ninguém é preso por cá vir. Tudo coisas boas!
A página do SAPO apresenta a seguinte notícia: "A Polícia Judiciária volta a ser posta em causa pela comunicação social inglesa. Numa reportagem que está a passar na Sky, o jornalista de investigação criminal Martin Brunt acusa a polícia portuguesa de ter selado, tardiamente, o apartamento de onde terá desaparecido Madeleine. De acordo com a reportagem, o grande erro da polícia portuguesa foi não ter selado, de imediato, o apartamento, permitindo que o local do crime fosse contaminado."
Infelizmente, a PJ não me paga para defender a sua actuação e, assim sendo, não pretendo fazê-lo. Aliás, acho que o Mr. Martin Brunt, esse génio do jornalismo de investigação criminal, não está a dizer nada que o cidadão português mais ignorante também não diga. Como tal, agradecia que, para a próxima, dissesse algo completamente novo, digno de uma figura reputada. Assim, quem sabe, revelar a verdadeira identidade do Jack, o Estripador. Ah, pois é, a polícia inglesa nunca descobriu... Bloody hell!
No dia 14 de Julho de 2004, uma criança de 2 anos e 9 meses e os seus pais foram a uma loja de electrodomésticos para "comprar uma máquina de lavar e enquanto estavam a conversar o menor foi para cima de uma cisterna num pátio atrás do estabelecimento, pode ler-se na Acusação. Uma vez aí, a criança pegou numa garrafa de plástico transparente de litro e meio e que tinha um papel branco desenhado à mão com uma caveira e dois ossos e bebeu parte do respectivo conteúdo que se apurou ser um produto altamente tóxico, hidrocarboneto aromático metilbenzeno (tolueno), cuja ingestão veio a ser causa directa e necessária da sua morte, refere o despacho. No pedido de abertura da instrução, os pais imputam aos arguidos a responsabilidade na morte do menor, porque não o impediram de ir para aquele local, sabendo que lá existia esse líquido tóxico". Esta é uma notícia divulgada hoje pela agência Lusa.
Pois eu limito-me a dizer que, seja qual for o resultado do processo, se eu fosse um dos donos da loja de electrodomésticos, a seguir processava os pais da criança por negligência já que, afinal de contas, eles é que são responsáveis pelo filho e deviam ter tomado conta dele enquanto estavam na loja. Para além disso, acusava-os de roubo, uma vez que o filho deles consumiu um produto que não lhes pertencia e que não foi pago. Quer dizer, uma pessoa tem um filho, é irresponsável ao ponto de o deixar andar a cirandar por aí e depois, quando as merdas acontecem, a culpa é sempre dos outros!
Os pais queixam-se que não foram avisados de que existia um líquido tóxico naquele local. Bom, os donos da loja também não foram avisados por ninguém de que aqueles pais eram irresponsáveis. O mal foram as falhas na comunicação...
Diz assim uma notícia do sapo: "Comissário europeu quer bloquear pesquisas na net. O comissário europeu da justiça e segurança quer impedir que os motores de busca da internet possam procurar palavras como bomba, genocídio ou terrorismo. Manuel Lopes da Rocha, especialista em Direito da Internet, diz que esta é uma medida grave e limitadora."
Bom, nada como um bocadinho de censura para defender princípios democráticos... O comissário europeu deve ter pensado "Ah! Malditos sejam esses terroristas que nos querem, à lei da bomba, impor o seu modo de vida retrógrado e pouco civilizado! Difundem o terror entre o povo e mantêm-no na ignorância para mais facilmente afirmarem os seus ideais e recrutarem simpatizantes. Vamos limitar-lhes o acesso à internet para que eles não possam obter informação relevante sobre a sua própria actividade. Se, pelo caminho, tivermos nós próprios de limitar o acesso da população à informação para afirmarmos os nossos princípios e ideais desenvolvidos, so be it"!
Um bocadinho hipócrita, não? Não sei porquê, mas tenho a impressão que antes da internet existir, já havia gente capaz de fazer bombas. Também tenho a impressão que já existia terrorismo e já se faziam genocídios antes de existir internet, ou mesmo computadores. Esta medida, resultado de uma inteligência duvidosa, a ser posta em prática vai dificultar a vida de muita gente que, não sendo terrorista, precisa de recolher informação na internet sobre alguns destes temas. Estou a pensar, por exemplo, em estudantes, jornalistas, tradutores, historiadores, sociólogos, etc. No fundo, acho que é uma medida que dificulta a vida a toda a gente, menos aos próprios terroristas.
Por via das dúvidas, e antes que a censura seja posta em prática, vou aproveitar para, por um dia, mudar o slogan "medo, terror, escuridão" para "bomba, terrorismo, genocídio". Se amanhã não postar nada neste blog, é porque de uma forma muito democrática, os americanos devem ter-me vindo buscar e a esta altura já devo estar em Guantanamo...
Há algum tempo, um canal televisivo decidiu passar uma espécie de documentário sobre as pessoas que passam muito tempo em frente ao computador, principalmente os viciados em videojogos. Obviamente, não tive paciência para ver sequer 5 minutos do referido programa. E isto porquê?
O início da reportagem era parecido com isto: mostravam vários prédios, de noite, com luzes acesas e diziam que por detrás daquelas luzes estavam viciados em frente aos respectivos computadores. Reparem, não podiam ser pessoas a chegar a casa do trabalho, a tratar das suas lides domésticas, a ver TV, a ler um livro, a conviver com amigos, a ter sexo com a luz acesa, em frente ao computador a fazer outra coisa qualquer que não seja jogar, ou até simplesmente alguém que nem sequer está em casa e que se esqueceu de apagar a luz ao sair. Não, eram obviamente viciados em videojogos ou jogos online...
Depois vinham os juízos de valor sobre a forma como a internet mudou os padrões de socialização das pessoas. As pessoas já não convivem pessoalmente umas com as outras, já não têm amigos reais mas sim amigos virtuais. Os videojogos e jogos online, em particular, são criações de satanás com o objectivo de tornar as pessoas violentas e anti-sociais. E isto sem pensar nos perigos para a segurança de todos e, principalmente, das pobres criancinhas que, apesar de estarem mais violentas devido aos videojogos, continuam à mercê de todo o tipo de tarados! Como se pode ver, a internet é responsável por todos os males do mundo.
Agora, aqui ficam as minhas respostas a este tipo de preocupações:
1 - Quem já tinha amigos reais, continua a tê-los. Nunca ouvi falar de ninguém que tivesse dito a um amigo "olha, agora já não quero mais nada contigo porque tenho amigos virtuais melhores que tu". Assim sendo, continua a ter amigos reais e ainda tem amigos virtuais, o que quer dizer que se aperfeiçoou socialmente.
2 - Quem já não tinha amigos reais, provavelmente já era uma pessoa com problemas de socialização de qualquer maneira e, neste caso, a internet até pode ajudar a socializar. Ou seja, mais vale ter um amigo virtual do que não ter nenhum.
3 - Quanto aos crimes que podem ser cometidos ou facilitados através da internet, como por exemplo burlas, estas também já existiam antes, apenas noutros formatos. E para aqueles que estão tão preocupados com a segurança das crianças, lembrem-se que já havia homicídio, rapto, abuso sexual, pedofilia e muitas outras coisas antes da internet existir. Se as crianças dão a estranhos dados pessoais que não deviam dar, o que falha é a educação. Porque, no fundo, uma criança que faz isso através da internet, também falaria com qualquer estranho que lhe aparecesse na rua e que tivesse uma história minimamente bem construída do género "sou amigo dos teus pais".
4 - Quanto aos jogos, já havia jogos violentos antes de existir internet ou mesmo computadores. Por exemplo, a batalha naval é um jogo violento... Pensando já nos videojogos, até o pac-man é um jogo violento. Mas, tal como já disse anteriormente no post "é para partir a loiça toda", a vida é violenta! Uma pessoa pode sair calmamente à rua e ser trucidada por um condutor bêbado, pode ser esfaqueada para lhe roubarem uns reles trocados, pode andar todos os dias a levar carolos dos colegas de turma, pode ver o telejornal e ser exposta às imagens violentas dos atentados diários que há em Bagdad, and so on... No fim de contas, se a pessoa passar o dia a jogar jogos violentos e nunca sair de casa, continua a expor-se à violência mas a probabilidade de ser vítima de um acto violento diminui exponencialmente.
5 - Em tempos, quando os fósforos surgiram pela primeira vez, também foram demonizados por gente que dizia que eles iam provocar a perdição da humanidade e que podiam causar grandes desastres se se acendessem sozinhos. Não vejo agora ninguém a falar do efeito prejudicial dos fósforos... Houve um sujeito que matou os pais dizendo que eram agentes da Matrix e também há quem mate dizendo que foi Deus que mandou. Se calhar fazíamos melhor se fossemos pedir satisfações a Deus. Parece-me que com os videojogos é a mesma coisa: servem de desculpa para tudo, é como dizer "eu não tenho culpa, eu não queria mas os videojogos obrigaram-me". O rapaz coreano que, há algum tempo, massacrou os seus colegas de escola nos EUA, parece que só costumava jogar Sonic the Hedgehog! Honestamente, vi o ouriço fazer muita coisa estúpida mas acho que nunca o vi massacrar colegas de escola.
Portanto, e para finalizar, deixem-se de tretas e, da próxima vez que quiserem fazer uma reportagem sobre o efeito prejudicial das novas tecnologias, falem dos canais televisivos que, à falta de terem temas interessantes para apresentar, transmitem reportagens sensacionalistas com o único intuito de alarmar a população.
Há não muito tempo, alguém comentou neste blog, de uma forma pejorativa, que eu provavelmente não tinha filhos, considerando as coisas que dizia. Nessa altura, eu respondi que preferia não ter filhos do que tê-los e não ser competente o suficiente para criá-los.
De facto, as pessoas tendem a sobrevalorizar a maternidade e achar que todas as mulheres têm instintos maternais. Isto não podia estar mais errado! Para ter um filho basta fazê-lo e pari-lo, como tantas fêmeas fazem no mundo animal. A parte difícil é criá-lo e para isso, havemos de concordar, que nem toda a gente está apta.
Acresce que as mulheres que são mães não são necessariamente melhores do que aquelas que não são. Simplesmente, por uma quantidade de escolhas pessoais ou circunstâncias da vida, acabaram por ser mães e isso não as torna mais sensíveis, cuidadosas, carinhosas ou femininas que as outras mulheres. Torna-as apenas mães e, do mesmo modo que há mulheres excepcionais, também há mães excepcionais.
Para que fiquem com um exemplo do que digo e vejam que eu não ando para aqui a inventar, leiam esta notícia: "Alegando que precisava do dinheiro, mãe oferece filha de 2 anos a um bordel em Espanha. A polícia espanhola deteve uma mulher suspeita de ter tentado prostituir a filha de 2 anos num bordel de Sitges, perto de Barcelona. A denúncia foi feita às autoridades pelo responsável do estabelecimento. A mulher, com 33 anos, foi detida na passada segunda-feira. Estava na posse de cocaína e tinha deixado o filho, de 7 anos, sozinho num bar perto do bordel onde terá tentado oferecer a filha para prostituição, a troco de dinheiro. A notícia foi avançada pelo jornal catalão “La Vanguardia”, que conta que a mulher terá dito à polícia que precisava do dinheiro porque não podia contar com o apoio do pai das crianças. As autoridades estão a investigar a possibilidade de a criança ter sido oferecida pela mãe a outros bordéis. Por decisão judicial, a custódia dos menores foi entregue ao pai."
Ora, o que mais me choca aqui não é sequer a idade da criança. É sim a idade da mãe. Isto porque com 33 anos ela ainda tinha corpinho para ir trabalhar. Se não tem trabalho, ou este não chega para o sustento, então podia ser ela a ir prostituir-se. O pior que poderia acontecer aos filhos era serem chamados de filhos da puta...
É claro que isto não acontece todos os dias, pelo menos não nos países que se dizem desenvolvidos. Mas acontecem outras coisas! Portanto, antes de avaliarem uma mulher como excepcional só porque é mãe, classificando as que não são mães como mulheres de segunda categoria, pensem nisto.
Li esta notícia no SAPO: "Trabalha-se cada vez menos em Portugal. Em apenas uma década, a carga horária semanal caiu mais de duas horas. A conclusão é do Eurostat, o instituto de estatística europeu."
Não sei se alguém se lembra daquele senhor que costumava ir para a Venda do Pinheiro nos dias das galas do Big Brother e que ficou famoso por gritar "A mim só me apetece é ganir". Pois é, a mim também! Ganir, miar, balir, cacarejar, imitar um verdadeiro Jardim Zoológico.
Talvez os senhores do Eurostat queiram experimentar vir passar uns tempos a trabalhar em Portugal. Pode ser que, confrontados com as condições de trabalho que há por cá, percebam melhor por que motivos se trabalha cada vez menos: talvez seja porque não há emprego, porque aquele que há tem algumas semelhanças com o tempo da escravatura e porque o restante (por exemplo, político, director de bancos, dirigente desportivo) não implica propriamente trabalho.
Li nas notícias do SAPO que os americanos inventaram uma mochila à prova de bala. Dizem eles que estão preocupados com a segurança nas escolas, devido aos massacres que acontecem por lá com alguma regularidade. Aparentemente, aquela mochila é feita de um material semelhante ao dos coletes à prova de bala e pode ser usada pelos alunos como uma protecção.
Agora é a parte em que eu pergunto: então e por que é que não criam leis que limitem o acesso a armas? Ah, pois é, há a questão do dinheiro, a indústria do armamento ia ficar lixada e deixar de patrocinar campanhas eleitorais. Têm toda a razão! Aliás, com as mochilas a custarem cerca de 130 euros, isto é um valente empurrão na economia. Os americanos, de facto, são um povo que está muito à frente...
Aqui fica uma sugestão: façam também roupas, sapatos e gorros à prova de bala. Mais uma vez, não lixa a indústria do armamento e, com jeitinho, até podem começar a vestir as tropas que vão para o Iraque com as mesmas roupas que os estudantes usam. Se para além de serem à prova de bala, ainda forem resistentes a explosões, tanto melhor!
Vi a notícia de que cada deputado iria passar a ter direito a um assessor. Admito que ainda agora me estou a rir... esta é a prova cabal da incompetência dos nossos deputados! Ora, vejamos bem, tendo em conta a dificuldade e extrema exigência física e intelectual do trabalho que eles fazem, não admira que precisem da ajuda dos assessores. É que ficar no gabinete a segurar na caneta dá trabalho. E isso já para não falar de quando têm de assistir aos debates no parlamento. Aí dá sempre jeito ter um assessor que lhes dê um empurrãozinho quando estão a começar a adormecer...
Afinal de contas, e mais que não seja, ao fim de algum tempo fica difícil decidir o que fazer com o dinheiro dos impostos que nós pagamos. "Hum, será que vamos construir uma escola ou um hospital na margem sul, onde fazem tanta falta porque aquilo é um deserto? Não. Talvez uma nova auto-estrada! Não, também não. Uma remodelação na minha casa de banho! É melhor não, depois da remodelação da cozinha era capaz de dar muito nas vistas. Ah, já sei! Vou arranjar maneira de que todos os deputados tenham um assessor! Pronto, e mato dois coelhos de uma só cajadada, porque assim arranjo tachos para muitos filhos, sobrinhos e afilhados. É isso mesmo!". Vá lá, temos de concordar que é um raciocínio com lógica.
Agora só falta que, em tempo de campanha eleitoral, os políticos comecem a prometer um assessor para cada português, à semelhança do que, em tempos, alguns políticos fizeram com os electrodomésticos.
Foi sem grande espanto que vi uma notícia sobre um sujeito que matou à facada o trolha que mandou um piropo à sua namorada. Um aviso ao sujeito que vai cumprir pena: cuidado, porque grande parte da população prisional é trolha e pode querer vingar a morte do colega.
De resto, geralmente sou pela paz e o amor entre os homens (e já agora, entre as mulheres), mas eu própria já senti na pele o que é o triste convívio com os comentários de trolhas. Assim sendo, e uma vez que a facada já está dada e não há nada a fazer, limito-me a esperar que de hoje em diante os trolhas pensem duas vezes antes de abrirem a boca e acabem por optar por mantê-la fechada. É um favor que fazem à humanidade (que não tem a mínima vontade de ser papada por homens das obras) e, considerando as recentes preocupações ambientais da população, também contribuem para a redução da poluição sonora.
Quando ouvi a notícia de que um professor de Filosofia a quem foram removidas as cordas vocais devido a um cancro teria, por decisão de uma Junta Médica, de voltar a dar aulas, pensei "Será isto uma apresentação à nova série da 5.ª Dimensão?".
Não falo da professora com leucemia porque acho que uma pessoa com esta doença não tem, necessariamente, de estar incapacitada e dar aulas pode até tornar-se um escape. Mas faz-me alguma confusão a ideia de ter aulas de Filosofia com um professor que não pode falar.
Será um incentivo das Juntas Médicas ao jogo Pictionary? Ou será que era suposto o dito professor passar as aulas a jogar ao enforcado com os alunos? Será esta a nova estratégia do Ministério da Educação para acabar com o insucesso escolar? Ou estariam antes a fazer formação profissional ao professor de modo a reclassificarem-no como mimo?
Oh dilema! Tantas questões e tão poucas respostas...
Encontrei esta notícia no Sapo: "Portugal é um dos três países mais desertificados da Europa segundo as últimas análises realizadas pela Agência Espacial Europeia e pela Desert Watch."
Afinal andámos a dizer cobras e lagartos do Mário Lino quando, no fundo, ele tinha razão. O único erro dele foi a omissão de que o deserto era Portugal inteiro e não somente a margem Sul.
Os noticiários são, de facto, uma fonte de inspiração! E isto verifica-se principalmente quando mencionam notícias antigas, das quais já nem sequer nos lembrávamos.
Hoje, a RTP apresentou alguns dados do relatório da PJ quanto à criminalidade. Embora eu pudesse tecer aqui diversos comentários pertinentes (ou não) relativamente à segurança do país e à evolução criminal do delinquente nacional (ou internacional dirá o simpatizante do PNR), não é isso que pretendo fazer.
Quero apenas chamar a atenção para um sujeito que em muito contribuiu para o número elevado de homicídios perpetrados em Portugal no ano de 2006. Não recordo o nome da figura, mas trata-se do ex-elemento da GNR de Santa Comba Dão que durante aquele ano divertiu-se a matar raparigas da região, dando um passo de extrema relevância no sentido de Portugal atingir um nível de desenvolvimento cada vez mais semelhante ao dos Estados Unidos no que toca a serial killers.
Ora, acontece que Salazar também é de Santa Comba Dão. E embora nunca tenha sujado as mãos a matar pessoas foi, no mínimo, um assassino da liberdade que, recentemente, foi eleito o maior português de sempre (atenção: o maior, não o melhor).
Será que um dia veremos também o serial killer ser eleito grande português? Espero que não! Caso contrário, Santa Comba Dão entrará para a história como uma fábrica de grandes portugueses, que o são pelos piores motivos.
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