1 - Por que motivo é que quando o Zé Diogo Quintela imita a ministra da educação, até consegue fazer com que ela pareça bonita? Sim, porque se eu não soubesse que o Zé Diogo está travestido e me mostrassem a foto da "ministra real" e da "ministra zé diogo", perguntando qual delas era uma mulher, eu provavelmente escolhia a segunda.
2 - Como é possível a existência de uma quadrilha de oito pessoas? Li agora numa notícia do Sapo que em Israel foram condenados 8 jovens por pertencerem a uma quadrilha neonazi. Ou eram duas quadrilhas, ou então não sei onde é que a pessoa que escreveu a notícia aprendeu a fazer contas.
Talvez a ministra da educação achasse que ao lixar os professores estava a agradar aos alunos. O que aconteceu ontem em Fafe é a prova de que tinha razão: os alunos, entusiasmados e felizes com a política educativa da ministra acharam que deviam atirar-lhe ovos. Aqui estão os links das imagens:
http://www.youtube.com/watch?v=PocuH_fLzD8
http://www.youtube.com/watch?v=yphfHVh4XxI
É um gesto nobre se pensarmos que em época de crise a comida fica cara e, coitadinha da ministra, podia estar a passar dificuldades. Eu, pessoalmente, acho que para a próxima deviam atirar-lhe bumerangues porque, ao menos, como voltam para trás, podem ser atirados de novo e não se desperdiça comida.
Entretanto, não deixem que vos atirem areia para os olhos. A notícia de que os resultados da actual avaliação de professores só teriam efeitos nos concursos daqui a 4 anos não é nova. Já estava prevista há muito tempo mas está a ser anunciada agora como se fosse uma cedência governamental. Não se deixem enganar!
Ah, e só para acabar: o modo de falar dos miúdos dos vídeos acima, é a prova cabal de que o sistema de ensino é facilitista. De qualquer modo, ao menos eles sabem que a culpa da sua ignorância linguística não é só deles e dos professores. É também (e principalmente) da ministra.
Ontem tive a oportunidade de ver a manifestação de professores de perto e devo dizer que só de ver tanta gente junta, com um mesmo objectivo, fiquei intimidada e algo satisfeita.
Fiquei ainda mais satisfeita quando cheguei a casa e vi as declarações da ministra da (des)educação. A ministra não se sentiu intimidada. Óptimo! Se algum dia precisarmos de mandar alguém para um cenário de guerra, temos ali uma excelente opção. Pelos vistos, nada consegue abalar a determinação daquela mulher. Podemos começar por mandá-la àquelas escolas boas onde devia haver detectores de metais à entrada.
Melhor ainda: a ministra não prima pela inteligência (o que, aliás, já era de calcular tendo em conta as suas políticas educativas). Senão como é que se pode explicar que ela tenha afirmado abertamente que a única coisa que a assustava eram as greves de professores em épocas de exames nacionais? Isto é profundamente estúpido! É quase o mesmo que o super-homem sobrevoar Metropolis gritando aos quatro ventos "Eu perco os meus poderes na presença de Kryptonite".
Professores, sejam um exemplo de inteligência e não percam mais o vosso tempo em manifestações e greves ao longo do ano. Concentrem tudo na época dos exames nacionais! É verdade que é lixado para os estudantes, mas o sistema de ensino já é tão facilitista para eles que é bom que se deparem com algumas contrariedades uma vez ou outra, mais que não seja para se familiarizarem com o mercado de trabalho.
Acabo de ligar a televisão e está a dar na RTP o "Sabe mais que um miúdo de 10 anos". Ao que parece o Jorge Gabriel estava a perguntar aos miúdos o que achavam que devia ser diferente na escola e uma das miúdas diz que acha que os professores deviam mandar para a rua os alunos que se portam mal porque perturbam os restantes.
Provavelmente, a catraia não saberá que se os professores não fazem isso mais vezes, não é por amor aos putos irritantes da turma, mas sim porque sabem as repercussões que esse acto poderia ter na sua vida profissional.
Ainda assim, a mocita sabe mais que a ministra da educação porque reconhece aquele que deveria ser um direito dos professores e dos alunos bem comportados e interessados em aprender.
Talvez a ministra da educação devesse assumir que não sabe mais que um miúdo de 10 anos.
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