Segundo um relatório da OCDE, no ano de 2005 registou-se, pela primeira vez uma descida no número de imigrantes, principalmente devido a um decréscimo de 32 % no número de ucranianos a viverem em Portugal.
É claro que as Máfias de Leste podem ter sido fortemente responsáveis por isso porque, para efeitos estatísticos, aqueles que eles matam deixam de ser contabilizados entre a população imigrante.
Mas eu tenho outra opinião. A meu ver os ucranianos são um povo esperto e devem ter percebido que, de facto, estavam mal na Ucrânia, mas que cá não ficaram muito melhor. Ao contrário dos imigrantes provenientes de África ou do Brasil que têm a vantagem linguística, os ucranianos nem isso tinham. Moral da história, concluíram que aquele anúncio do Millennium BCP que diz "Seja feliz em Portugal", enquanto mostra representantes de outras culturas era, apenas e tão somente, publicidade enganosa. Fizeram as malas e deram de frosques.
Acho que isto é uma aproximação ao mais baixo que um país pode descer. Quando já nem os imigrantes ilegais e os refugiados quiserem vir para cá, é sinal que batemos no fundo. E, nessa altura, gostava de ver os senhores do PNR a trabalharem nas obras!
Aproveitando o tema da imigração, vou partilhar convosco um fantasia que tive, quando ouvi que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras foi inspeccionar as obras do IKEA de Matosinhos.
Não pude evitar, foi mais forte que eu: a determinado momento dei por mim a imaginar como seria se tivessem sido encontrados suecos altos, loiros, de olhos azuis, fortes e espadaúdos, suados e em tronco nu, a carregarem vigas e sacos de cimento nas obras... Foi uma visão do paraíso!
A Suécia, com muita pena minha, é um dos países com um dos índices de suicídio mais elevados. Aparentemente, a vida lá é tão boa que a população deixa de ter objectivos e, concluindo que a vida não tem sentido, os suecos suicidam-se.
A minha sugestão é que as agências de viagens comecem a organizar o pacote turístico "Dê um significado à sua existência e faça uma portuguesa feliz", a ser comercializado na Suécia. A ideia é importar suecos para Portugal como imigrantes ilegais. Obrigá-los a trabalhar nas obras ou explorá-los sexualmente em bares de alterne frequentados por portuguesas. E, como bónus, a extrema-direita iria chatear-se com eles por serem imigrantes ilegais (apesar de serem branquinhos, loirinhos e com olhinhos azuis) e passava a persegui-los com bastões e a fazer-lhes a vida negra de um modo geral.
Depois de tudo isto, eram apanhados pelo SEF e recambiados para a Suécia, onde passariam a ser capazes de apreciar devidamente a sorte que têm. Com jeitinho, até podia ser que fizessem amigas em Portugal e se disponibilizassem a levá-las para a Suécia. E já que estou a sonhar, também quero que me saia hoje o euromilhões...
O Programa da Maria que passou na SIC e que, injustamente, foi relegado para as madrugadas, teve vários momentos de brilhantismo. Num deles, um branco e um preto estão nas obras e o branco manda o preto ir para a sua terra, ao que este responde "Moscavide a esta hora não dá jeito nenhum". A conversa continua e acabamos por perceber que, enquanto o preto tinha nascido em Portugal, o branco era natural de Moçambique.
Este tema vem a propósito das recentes detenções de elementos de extrema-direita e apreensões de armas ilegais que tinham em sua posse. Ora, um dos argumentos que estes senhores apresentam contra a imigração, e os pretos de maneira geral, é o elevado índice de criminalidade que a eles surge associado. Acontece que estes senhores tinham armas ilegais. O que é crime! E há pouco tempo fizeram ameaças aos Gatos Fedorentos na sequência do cartaz do Marquês. Caso não saibam, aproveito para informar que ameaçar alguém também é crime!
Já agora seria de questionar de que cor era o traficante a quem compraram as armas. É que, se era branco, era mais um branco criminoso a lixar as estatísticas. Se era um preto, torna-se incoerente andarem a negociar com pretos ao mesmo tempo que os mandam para a terra deles.
De qualquer modo, devo dizer que nunca tive grandes expectativas quanto à inteligência e capacidade de raciocínio destes senhores...
Agora, também não me vou pôr para aqui com conversas da tanga do tipo "todos diferentes, todos iguais" e "temos de ser mais tolerantes".
Primeiro porque a tolerância tem-se para com algo que é entendido como inferior a nós. A ideia subjacente a estas campanhas é "Ah pois, são pretos, essa raça inferior, mas como eu até sou boa pessoa, vou tolerá-los, desde que não sejam meus vizinhos, nem colegas de trabalho e, muito menos, meus patrões".
Depois porque se os pretos não têm orgulho na raça deles, não são os brancos que vão ter. Digo isto porque, há bem pouco tempo, o Mantorras dizia que tinha sido insultado quando o chamaram de preto. Acontece que se o tivessem chamado de branco, azul ou rosa às pintinhas, aí sim, estariam a gozar com ele. Se os pretos tivessem orgulho na sua raça, não se sentiriam insultados quando alguém diz que são pretos!
Portanto, meus senhores, mentalizem-se de uma vez por todas: preto é preto, branco é branco, e criminoso é criminoso, independentemente da cor. E as coisas devem ser chamadas pelos nomes.
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