"Em 6 de Janeiro de 1980, John Heymer, um funcionário da polícia a trabalhar no CID de Gwent, foi chamado a um incêndio numa casa de Ebbw Vale, onde deparou com a parte inferior das pernas de Henry Thomas, de 73 anos de idade. O resto do corpo fora reduzido a uma pilha de cinzas.
Heymer ficou perplexo. Os fogos mais violentos que testemunhara anteriormente deixavam muitos mais vestígios do que aquilo. As chamas deviam ter sido ferozes... mas a carpete e tapete onde a vítima ardera nem sequer estavam chamuscados fora dos limites do corpo. Concluiu que o corpo do homem devia ter contido pelo menos 45 litros de água e que as roupas incendiadas deveriam ter sido a causa da tragédia.
Contudo, o relatório do patologista concluiu que «o centro do fogo foi o próprio corpo.» Iniciara-se no abdómen - quando a vítima ainda estava viva - e avançara para o exterior. Depois de se reformar da polícia, Heymer lançou-se num estudo sobre casos recentes de combustão humana espontânea.
Acabou por se convencer que o «efeito de vela», em que o corpo humano arde como um pavio incendiado por uma faísca externa e que era verdadeiramente considerado como a causa para a combustão humana espontânea, não passava de uma falsidade. Concluiu que, nos cinco casos que investigou, «as chamas foram ferozes e alimentadas a gás».
Um dos melhores documentados casos de combustão humana espontânea foi o da Sr.ª Mary Reeser, de 67 anos, que morreu no seu apartamento em St. Peterburg, Flórida.
Quando a senhoria entrou no apartamento com a ajuda de dois operários, todos sentiram um calor intenso. Para seu grande horror, depararam com os restos da Sr.ª Reeser.
O calor reduzira-lhe o crânio às dimensões de uma bola de basebol, o pé esquerdo estava intacto, mas ardera pelo tornozelo. No pé, sem ter sido tocado pelo fogo, havia uma chinela de cetim. Aparentemente, a Sr.ª Reeser encontrava-se no seu cadeirão quando o fogo começara. O cadeirão estava completamente destruído mas um jornal, junto do corpo, continuava perfeitamente intacto.
O inquérito concluiu que a temperatura das chamas devia ter atingido os 1730 graus centigrados, mas o fogo não se alastrara mais do que alguns centímetros em volta do corpo.
Um notável antropólogo e especialista em medicina legal, o Dr. Wilton Krogman, da Faculdade de Medicina da universidade da Pensilvânia, afirmou: «Considero que se trata da coisa mais espantosa que jamais vi. Quando penso no assunto, sinto os pêlos da nuca a porem-se em pé. Se vivessemos na Idade Média... murmuraria qualquer coisa a respeito de magia negra.»"
História do sobrenatural
Karen Farrington
. 6.ª Sobrenatural - "Combu...