Terça-feira, 1 de Janeiro de 2008

Resta-nos 2009

Não, o mundo ainda não acabou. Paciência, eu posso esperar...
publicado por bonecatenebrosa às 15:06
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Domingo, 28 de Outubro de 2007

O princípio do fim

Notícia do Sapo: "Estudo detecta defeito de fabrico no universo. Um estudo publicado hoje na revista Science por uma equipa espanhola e britânica liderada por Marcos Cruz, do Instituto de Física de Cantábria, diz que a causa de uma mancha fria, uma zona do espaço onde parece não existir nada, é um defeito que remonta à origem do Universo".

Vocês não conseguem ver, mas eu já estou a fazer a dança do fim do mundo! Nem vale a pena tentarem imaginar como é porque nada do que imaginarem será suficientemente ridículo... Só há uma coisa que me chateia no fim do mundo: é que se for uma coisa demasiado rápida (estilo o planeta Terra ser sugado para dentro de um buraco negro) eu não me vou aperceber e não vou poder desfrutar completamente do fenómeno.

Tenho um amigo que diz "A maior parte das pessoas gostava de ter uma morte rápida e indolor mas eu não, eu quero que seja lenta e dolorosa para ter bem a noção de que estou a morrer". Poderíamos ficar aqui horas a fio a reflectir sobre a sanidade mental dos meus amigos but that's not the point. Eu não chego ao extremismo dele mas, quando fosse o fim do mundo, também gostava de ter a noção disso. No final de contas, só vamos vivê-lo uma vez...

publicado por bonecatenebrosa às 13:41
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Domingo, 8 de Julho de 2007

Vamos todos dar as mãos e cantar uma cantiga

Geralmente preocupo-me com o ambiente (em especial com a vida animal) e, por isso, decidi ver um pouco do Live Earth. Foi uma decisão que mantive durante pouco tempo, porque apesar dos meus interesses ambientais e musicais, a minha paciência para aturar as hipocrisias associadas tem limites.

Chateiam-me solenemente as mensagens de rodapé do tipo "acendam velas porque é romântico e gasta menos energia", "separem o lixo", "usem energia solar", and so on... Será que estas pessoas querem convencer-me que não vão de carro para o trabalho, que não usam roupas e sapatos que implicam a morte de animais e gastos energéticos, que não usam ambientadores e desinfectantes e que, se tiverem publicidade no pára-brisas do carro, guardam o papel para levá-lo ao ecoponto? Já para não falar que, para mandarem as sms para o programa, utilizaram o telemóvel e, consequentemente, gastaram energia. Algumas sugestões: vamos demolir as casas, plantar árvores, despir as roupas, e vamos viver para o bosque, com uma mão na frente e outra atrás, esperar que a fruta caia das árvores para podermos comê-la.

E o argumento do "vamos fazer um mundo melhor para os nossos filhos e netos". Mas filhos e netos de quem? Se eu não tiver filhos nem netos posso estar-me borrifando? Perguntem aos vossos filhos e netos se gostavam de viver sem televisão, computador, leitor de DVD, mp3, playstation, etc. Depois digam-me as respostas para eu ver se os filhos e netos estão, de facto, interessados em viver num mundo melhor, ou se simplesmente querem viver confortavelmente no mundo que têm. Abdiquem das comodidades primeiro e depois, quando estiverem de novo no tempo das cavernas, a matarem-se à mocada por um naco de carne crua, vejam lá se não preferiam a carninha comprada no supermercado, para o qual se deslocaram de carro, que transportaram em sacos de plástico, que é preparada num fogão e à qual juntam uma quantidade de ingredientes manipulados industrialmente e embalados.

E a propósito de comida, para mim o cúmulo foi quando o Nuno Markl disse que tinha ido comer uma carcaça e que tinha mandado um bocado fora, ao que a Catarina Furtado perguntou se ele tinha dado um beijinho no pão antes de o pôr no lixo. Isto porque, segundo ela, tinha mandado fora algo indispensável e que fazia falta a muita gente... Acho que os neurónios da Catarina estavam em greve ou em Hamburgo a ouvir algum concerto! Em primeiro porque, se até para os animais "os restos não são uma alimentação completa", acho que a suposta solidariedade da Catarina devia levá-la a dar aos pobrezinhos comida em primeira mão, e não aquilo que são os restos dos outros. Em segundo, imaginem esta situação: eu sou uma criancinha africana (por exemplo, da Etiópia), já vi a minha família toda a morrer pelos mais variados motivos, tenho a barriga grande de fome e já nem tenho forças para enxotar as moscas que tenho à volta dos olhos e, de repente, alguém passa por mim e diz-me "olha, acabei de mandar fora um bocado de pão, mas não fiques lixado porque eu dei-lhe um beijinhos antes, já que é algo tão precioso para ti". Acho que, nesse momento, se conseguisse reunir forças para alguma coisa, seria para partir a cara ao cabrão que me dissesse isso. Depois podia morrer em paz!

Será que a Catarina, quando tiver o segundo filho, vai pari-lo no meio do mato, em sintonia com a natureza? É que nos hospitais produz-se montes de lixo e é chato para o ambiente... E se pensarmos nas fraldas de que vai precisar! É melhor usar as de pano porque as descartáveis poluem mais. Mas as de pano precisam de água para serem lavadas. Oh, dilema! Talvez o melhor seja não ter filhos. Ao menos assim não teria de se preocupar com o planeta que vai deixar para eles...

Continuo a achar, sem muitas preocupações, que o fim do mundo está para breve. Tenciono estar lá e até já consigo imaginar as baratinhas a esfregarem as patinhas de contentamento. Quanto ao Live Earth, valeu pela música. De boas intenções está o inferno cheio.

música: It's the end of the world as we know it (and I feel fine)
publicado por bonecatenebrosa às 22:23
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Domingo, 10 de Junho de 2007

Ansiosamente esperando o fim do mundo

Diz assim a página inicial do sapo: "Mais de 100 milhões de pessoas sofrerão da doença de Alzheimer em todo o mundo em 2050, segundo um novo estudo hoje divulgado numa conferência sobre esta patologia.".

Digo assim eu: "Mas vocês acreditam mesmo que ainda cá vai andar alguém em 2050? Mesmo que seja a sofrer de Alzheimer?". Os senhores que fazem estes estudos são um bocadinho ingénuos. Só um bocadinho...

A meu ver, o mundo tal como o conhecemos vai acabar ainda na próxima década. Aliás, vou ver se começo a preparar-me para esse espectacular evento, ao qual tenciono comparecer. Não é por não ter grandes alternativas, é mesmo porque estou ansiosa para que chegue o grande dia.

E não sou só eu! Todas as baratas que conheço estão em pulgas (atenção, baratas em pulgas) para dominar o mundo após o nosso desaparecimento. Assim sendo, vamos lá cuidar do ambiente para deixar um planetinha porreiro às baratas que ficarem cá a viver. Juizinho!

publicado por bonecatenebrosa às 23:44
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