Sexta-feira, 24 de Agosto de 2007

6.ª Sobrenatural - "A jovem que foi chamar o médico"

"O Dr. S. Weir Mitchell, um emigrante neurologista do século XIX da cidade de Filadélfia, adormeceu na sua cadeira numa tarde de Inverno, depois de um exaustivo dia de trabalho no consultório.

Acordado pelo toque da campainha, abriu a porta e deparou-se-lhe uma jovem adolescente magra, com um xaile coçado lançado sobre os ombros e tiritando de frio, que lhe pediu encarecidamente que fosse ver a mãe que, segundo afirmou, se encontrava gravemente doente.

O médico seguiu-a ao longo das ruas da cidade cobertas de neve até uma casa velha, através de cujas escadas a jovem o conduziu.

Uma vez no quarto da enferma, o médico reconheceu a doente como uma antiga criada de sua casa. Diagnosticou uma pneumonia e mandou vir os remédios que considerou necessários. Acomodou a mulher o mais confortavelmente possível e, antes de a deixar, felicitou-a por ter uma filha tão dedicada.

Ao ouvir as palavras do médico, a mulher olhou-o, presa de estupefacção, e disse: «A minha filha morreu há um mês. Os sapatos e o xaile dela estão ali, naquele armário.»

O médico examinou o armário, onde encontrou o mesmo xaile que vira sobre os ombros da jovem que tocara à sua campainha. Estava dobrado e completamente seco e não podia ter sido utilizado nessa noite invernosa.

A estranha jovem que tão misteriosamente o conduzira até junto da paciente nunca mais apareceu."

 

O grande livro do maravilhoso e do fantástico

Selecções do Reader's Digest

publicado por bonecatenebrosa às 14:34
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Sábado, 30 de Junho de 2007

6.ª Sobrenatural ao Sábado - "Desaparecimento Enigmático"

"Paris, 1889, ano da Grande Exposição. As ruas transbordavam de homens de negócios, compradores e turistas. Na sua maior parte, os hotéis tinham as lotações esgotadas.

No mês de Maio, chegaram à capital uma inglesa e a filha, provenientes de Marselha, onde haviam desembarcado, vindas da Índia. Tinham reservado dois quartos individuais num dos mais famosos hotéis de Paris.

Assinaram os seus nomes no livro de registo e foram conduzidas aos seus quartos. A mãe ficou instalada no quarto 342, um aposento luxuoso, com pesados cortinados de veludo cor de ameixa, papel de parede coberto de rosas, um sofá de espaldar alto, mesa oval de pau-cetim e um relógio de bronze dourado.

Quase imediatamente, porém, esta senhora sentiu-se doente e ficou de cama. O médico do hotel, que foi chamado, examinou-a, fez algumas perguntas à filha e teve depois uma conversa breve e agitada com o gerente do hotel, a um canto do quarto. Embora não falasse francês, a jovem conseguiu compreender as instruções que o médico, lentamente, lhe forneceu. A sua mãe encontrava-se gravemente enferma e necessitava de um medicamento determinado que ele só tinha no seu consultório, no outro extremo de Paris. Como ele próprio não podia abandonar a doente, pedia-lhe que fosse na sua carruagem.

A jovem partiu, a uma velocidade exasperantemente vagarosa. Depois de uma espera angustiosa no consultório, e de uma viagem de regresso igualmente lenta, voltou com o remédio. Tinham decorrido 4 horas.

Saltando da carruagem, precipitou-se para a recepção do hotel. «Como está a minha mãe?», perguntou ao gerente. Este olhou-a sem expressão. «A quem se refere, mademoiselle ?», perguntou. Apanhada de surpresa, ela gaguejou uma explicação da sua demora. «Mas, mademoiselle , não sei nada da sua mãe. A mademoiselle chegou sozinha ao hotel.»

Perturbada, a jovem protestou: «Mas nós registámo-nos aqui há menos de 6 horas. Veja no livro de registos.» O gerente apresentou o livro e percorreu a página com o dedo. A meio da página encontrava-se a assinatura da jovem, mas, imediatamente acima, onde a mãe assinara, estava o nome de um estranho. «Ambas assinamos - insistiu desesperadamente a jovem - e a minha mãe recebeu o quarto 342, onde está neste momento. Por favor, leve-me imediatamente até junto dela.»

O gerente garantiu-lhe que o quarto estava ocupado por uma família francesa, mas subiu com ela. O quarto 342 continha apenas os objectos pessoais dos seus novos ocupantes. Não havia cortinados cor de ameixa, nem papel de parede com rosas, nem sofá de espaldar alto, nem relógio de bronze dourado.

De novo na recepção, a jovem encontrou o médico do hotel e procurou averiguar o que sucedera à mãe. Este negou tê-la alguma vez encontrado e jurou que nunca examinara a mãe.

A jovem expôs o sucedido ao embaixador britânico, que não a acreditou; tão-pouco nela acreditaram a polícia ou os jornais. Finalmente, regressou a Inglaterra, onde deu entrada num asilo.

Uma explicação para esta estranha história é a de que a mãe teria contraído a peste na Índia. O médico, tendo reconhecido os sintomas, conspirara com o gerente do hotel para esconderem a notícia, que teria certamente arruinado a Grande Exposição. Mas podia o quarto 342 ser decorado de novo em 4 horas? E que terá sucedido ao corpo da mãe? O mistério permanece."

 

O grande livro do maravilhoso e do fantástico,

Selecções do Reader's Digest

publicado por bonecatenebrosa às 16:02
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