Quem me conhece diz que não sou lá muito católica. Quem me conhece mesmo bem diz que não sou lá muito católica... nem muçulmana, judia, evangélica nem pertencente a nenhuma outra dessas supostas religiões que, a meu ver, não passam de seitas que foram alcançando alguma notoriedade.
No entanto, sou pela liberdade religiosa. Aliás sou por todas as liberdades, desde que não se intrometam na minha própria liberdade!
Mais uma vez, podia continuar com divagações sobre este tema. Mas a verdade é que se eu dissesse agora tudo o que penso, pouco teria para dizer noutras alturas. A sabedoria popular diz que no poupar é que está o ganho e, excepcionalmente desta vez, vou seguir-lhe os conselhos.
A proposta que venho trazer hoje é relativa aos feriados. A meu ver, os feriados religiosos não fazem sentido. No entanto, também não sou estúpida para dizer que deviam acabar porque aqueles dias espalhados pelo ano dão muito jeito, principalmente quando não calham em fins-de-semana.
O que me chateia é que todos cumprimos os feriados católicos mas os católicos não cumprem os feriados das outras religiões, o que é uma nítida injustiça! Então a minha sugestão é: escolhemos a religião que mais dias feriados tem ao longo do ano. Imagine-se que são 20 feriados. Posto isto, todas as pessoas teriam 20 feriados ao longo do ano para gozarem da maneira que melhor conviesse à sua religião. Quem é ateu, goza-os como quer, de preferência de forma pecaminosa.
Isto sim, seria um passo de gigante para alcançar a verdadeira liberdade e igualdade religiosas de que a nossa Constituição fala, mas que nem sempre se lembra de pôr em prática. A propósito, outro dia falarei de mais coisas que a Constituição devia pôr em prática mas que continuam a só existir em teoria.