Não é que ando com os dias trocados e ia pôr a 6.ª sobrenatural hoje, que ainda é 5.ª? Queriam, não queriam? Mas felizmente lembrei-me a tempo e só mesmo amanhã é que há 6.ª sobrenatural.
Entretanto, reparei que uma das questões do Sapo era sobre o que nós achávamos do estado da nação. Quando tentei votar em "mau" o sapo não registou o meu voto. É ou não é censura? Depois venham-me falar das eleições no Zimbabué!
Ah, e a propósito de censura, a Fátima Lopes, o respectivo programa e a produção da SIC vão ser processados pelo pai biológico da Esmeralda por, entre outras coisas, serem parciais e andarem a achincalhar o homem num programa que apesar de ser de entretenimento, supostamente também é de informação.
A Fátima defende-se dizendo que não tem carteira de jornalista (algo que já todos tínhamos percebido) e que tem o direito de exprimir a sua opinião. Agora que ela abriu o precedente, todos temos o direito de achincalhar a Fátima. Só estamos a exprimir a nossa opinião, aquela coisa da difamação que vem no Código Penal não existe porque é só uma expressão de opinião.
De qualquer modo, no lugar do sr. Baltazar e respectivos advogados, eu não levava a Fátima e respectivo programa tão a sério. Provavelmente já repararam que quase todas as pessoas que vão ao programa dela sabem onde está a Maddie e a Joana, de tal forma que até admira ainda ninguém ter encontrado as miúdas. Cada um dá ao programa e respectivos convidados a credibilidade que quer mas eu, que secretamente sei ler a verdade nas expressões faciais de cada um, olho para a Fátima e respectivos convidados e vejo que são só pessoas que querem algum protagonismo sem entenderem grande coisa sobre aquilo de que falam. Mas isto sou só eu a expressar a minha opinião livremente.
Diz assim uma notícia do sapo: "Comissário europeu quer bloquear pesquisas na net. O comissário europeu da justiça e segurança quer impedir que os motores de busca da internet possam procurar palavras como bomba, genocídio ou terrorismo. Manuel Lopes da Rocha, especialista em Direito da Internet, diz que esta é uma medida grave e limitadora."
Bom, nada como um bocadinho de censura para defender princípios democráticos... O comissário europeu deve ter pensado "Ah! Malditos sejam esses terroristas que nos querem, à lei da bomba, impor o seu modo de vida retrógrado e pouco civilizado! Difundem o terror entre o povo e mantêm-no na ignorância para mais facilmente afirmarem os seus ideais e recrutarem simpatizantes. Vamos limitar-lhes o acesso à internet para que eles não possam obter informação relevante sobre a sua própria actividade. Se, pelo caminho, tivermos nós próprios de limitar o acesso da população à informação para afirmarmos os nossos princípios e ideais desenvolvidos, so be it"!
Um bocadinho hipócrita, não? Não sei porquê, mas tenho a impressão que antes da internet existir, já havia gente capaz de fazer bombas. Também tenho a impressão que já existia terrorismo e já se faziam genocídios antes de existir internet, ou mesmo computadores. Esta medida, resultado de uma inteligência duvidosa, a ser posta em prática vai dificultar a vida de muita gente que, não sendo terrorista, precisa de recolher informação na internet sobre alguns destes temas. Estou a pensar, por exemplo, em estudantes, jornalistas, tradutores, historiadores, sociólogos, etc. No fundo, acho que é uma medida que dificulta a vida a toda a gente, menos aos próprios terroristas.
Por via das dúvidas, e antes que a censura seja posta em prática, vou aproveitar para, por um dia, mudar o slogan "medo, terror, escuridão" para "bomba, terrorismo, genocídio". Se amanhã não postar nada neste blog, é porque de uma forma muito democrática, os americanos devem ter-me vindo buscar e a esta altura já devo estar em Guantanamo...
Hoje decidi ter um comportamento de risco, uma atitude verdadeiramente radical. Após muita deliberação, concluí que deveria partilhar convosco uma imagem que me enviaram daquela que poderia ser a prova de inglês técnico do nosso Primeiro Ministro na Independente. Cá vai:
É claro que assim que assumi esta opção arriscada, pensei "Será que vou ser demitida por causa disto? Afinal de contas, o Mário Lino é capaz de se chatear por eu estar a gozar com o Sócrates...", mas logo em seguida lembrei-me que não estou em vias de perder grande coisa. Este acaba por ser um risco calculado se eu pensar bem na minha situação profissional: o pior que me pode acontecer é perder um trabalho onde as condições que dão aos profissionais são praticamente nulas e aquilo que se ganha não chega sequer aos calcanhares do subsídio de desemprego. E, assim sendo, o Sócrates que tome lá com mais esta. De qualquer modo, nada disto é tão mau como a figura que o Mário Lino e o Almeida Santos fizeram ao falar do aeroporto da OTA. É que é uma asneira atrás da outra, é cada tiro cada melro, cada pardal cada minhoca!
Felizmente a língua portuguesa permite-nos pequenos trocadilhos através destas palavras com múltiplos significados.
Hoje ao almoço, deparei-me com cerca de 6 indivíduos que fizeram questão de afirmar alto e a bom som que eram engenheiros. Pergunto eu: onde arranjaram o diploma? Estão inscritos na Ordem? Não cheguei a saber mas, o que é facto, é que quando na TV informaram que uma plataforma do eixo Norte-Sul tinha caído, nenhum deles me pareceu particularmente surpreendido com o sucedido. Eles lá sabem o que eles e os seus colegas fazem...
Mas talvez esta fosse uma boa oportunidade para perguntar se o engenheiro que planeou aquela obra tem um diploma da Independente e se está inscrito na Ordem. O cúmulo dos cúmulos era aquela plataforma ter sido projectada pelo Mário Lino!
E nem de propósito, aproveitando o facto de um funcionário da DREN ter sido demitido após ter feito uma piada em relação à licenciatura do Sócrates, não deveria também o Mário ser demitido, apenas por uma questão de igualdade de critérios. Obviamente, a demissão deste trabalhador resultou somente de politiquices mesquinhas, mas é uma clara evidência de como funciona a censura, principalmente se pensarmos que a conduta de outros profissionais é bem pior e não é alvo de qualquer acção disciplinar.
E já que estou a falar de censura, li algures que os governos estão a exercer maior controlo sobre a informação, principalmente aquela que é divulgada na internet. Acontece que eu tenho uma grande simpatia pelo meu blog (ou não fosse ele meu) e não gostava de o ver censurado. Como tal, e como todos somos corruptíveis (o que varia é o preço), eu aviso desde já que, por uma módica quantia, estou disposta a usar o meu blog para divulgar e manipular informação da forma que os governos acharem mais conveniente. Sempre quis servir o meu país!
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