Sábado, 17 de Novembro de 2007

Ideias para telenovelas cada vez mais realistas

Ontem começou na SIC uma nova novela, chamada Resistirei. Decidi ver um pouquinho e, logo no início, deparei com uma cena interessante: os colegas da protagonista perguntavam-lhe qualquer coisa do tipo o que ela pensava fazer quando terminasse os estudos, ao que ela respondia que foi contactada por uma empresa que tinha tido acesso a um dos seus trabalhos sem que ela soubesse como.

Isso fez-me pensar em algumas ideias para telenovelas que queiram aproximar-se cada vez mais da realidade nacional. Isto porque no nosso país não é assim tão comum haver casos de gémeos separados à nascença, filhos raptados aos pais, amores impossíveis, arquinimizades familiares, etc. Bem mais comum no nosso país é o desemprego! Assim sendo, aqui ficam alguns temas:

1 - Um jovem que acabou de terminar o curso e a sua procura incansável do primeiro emprego, quando todos os locais exigem experiência profissional;

2 - Um funcionário de meia-idade cuja fábrica têxtil declarou falência para reabrir na Roménia, e a sua saga para procurar emprego quando, apesar da sua ampla experiência profissional, todos os locais exigem que seja jovem;

3 - O jovem que já terminou o curso, já teve várias experiências profissionais precárias mas não consegue arranjar um emprego estável e bem remunerado porque não tem cunhas;

4 - O candidato a emprego que tem de fazer um estágio profissional no Red Light District em Amsterdão para poder arranjar e manter um emprego fazendo favores sexuais ao patrão;

5 - O candidato a emprego que consegue ficar com o lugar mas entretanto apercebe-se que foi à custa de uma cunha que desconhecia e a sua demanda interminável para descobrir de onde veio a cunha;

6 - O candidato que tem cunhas, sabe que as tem, mas não quer arranjar emprego à custa delas e tenta evitar a todo o custo que os potenciais empregadores conheçam a sua família e amigos;

7 - A saga de milhares de desempregados nas suas deslocações aos Centros de Emprego;

8 - A dura sobrevivência da família de um desempregado que se suicidou após ouvir o Sócrates dizer que estava satisfeito por a taxa do desemprego ter estabilizado nos 8% e, logo após, ter ouvido o médico legista dizer que estava satisfeito porque a condição clínica do morto também era estável.

Querem mais? Paguem-me que eu até escrevo os guiões!

publicado por bonecatenebrosa às 14:45
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