Sábado, 26 de Julho de 2008
Segundo o coordenador da Rota da Cortiça, fez-se justiça ao acabar com a discriminação salarial que se reflectia no facto de, até à data, pelo mesmo trabalho as mulheres ganharem menos 100 euros que os homens naquele sector.
Ainda gostava que me expicassem como se eu fosse o macaco Gervásio, onde é que está a justiça nisto, principalmente quando dizem que a discriminação salarial vai acabar de forma progressiva.
A meu ver esta situação é inconstitucional, uma vez que a Constituição diz que não se pode fazer discriminação numa série de áreas, entre as quais a sexual. Dizer que se está a fazer justiça é uma anedota! Far-se-ia justiça se pagassem a estas mulheres retroactivos que compensassem a desigualdade salarial e se acabassem com a discriminação imediatamente e não de forma progressiva.
Só num país onde a discriminação e as injustiças pululam e convivem alegremente é que se podia achar que está a ser feita justiça nesta situação. Se não fosse tão deprimente até podia passar por anedota.
Acho que já foi um grande passo deixarem as mulheres trabalharem na cortiça.
Essas mega-corporações portuguesas da cortiça são negócios antigos, do género que passa em gerações. São lideradas por velhos mentecaptos nojentos e antiquados. Felizmente nem todos os negócios são geridos pela discriminação...
Realmente foi um grande passo deixarem as mulheres trabalhar na cortiça. A bem da verdade, também foi um grande passo as mulheres poderem votar, trabalhar fora de casa, vestir roupas que não são burcas, etc. Mas isto não são favores, são direitos que deviam à partida ser de todos, sem que tivesse de se lutar por eles.
Provavelmente os velhos "antiquados" de que falas nem "deixaram" as mulheres trabalhar pensando que isso era um direito delas e que era positivo, mas sim pensando que era mais uma forma de explorá-las e daí a discrepância salarial.
São os mesmos homens que se envergonham de fazer tarefas domésticas por acharem que é trabalho de mulher.
Tal e qual. E às vezes até fazem mas Deus os livre de os amigos ficarem a saber!
Situações como esta só são possíveis em países onde:
- O Zé Povinho não protesta porque não conhece a lei (e o governo não se esforça para que ele a conheça, a não ser que possa aplicar umas multinhas ao torná-lo "conhecedor")
- O Zé Povinho não protesta porque tem medo de represálias, mesmo sabendo que tem a razão e a lei do seu lado (e isto explica muitas coisas, como o silêncio perante os médicos que fumam durante consultas em hospitais públicos e perante a má educação das funcionárias das Finanças que recebem as nossas declarações do IRS)
O Zé Povinho só tem garganta. Protesta por coisas estúpidas como o clube que sobe ou desce de divisão, mas não protesta para fazer valer os seus direitos.
De Mariana a 30 de Julho de 2008 às 15:19
tens toda a razão.
A patroa do meu namorado tem 3 pessoas a trabalhar para ela o meu namorado uma mulhar chamada Nanda e um homem xamado Miguel, ela trata o meu namorado as 3 pankadas, e o Miguel tambem, a Nanda é intresseira, e bem capaz, de quando a patroa tar la, concurdar em tudo com ela. kuando ela nao ta diz mal dela a torto e a direito e depois o Miguel disselhe que os tratava mal quando a patroa tava presente e pk, e ela disse "cada desenrascasse como pode" -.- nao é pega?
Pois, os patrões têm jeito para tratar "bem" os funcionários. Ainda ben que a minha patroa é boazinha!
De Mariana a 30 de Julho de 2008 às 15:21
tambem axo que foi justo deixarem as mulheres trabalharem na Cortiça
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