"Apesar de ser raro, os fantasmas podem ser mortíferos. Um espírito malevolente assombrou o n.º 50 de Berkeley Square, em Londres, e provocou várias vítimas. Tanto os sucessivos proprietários como os vizinhos ficavam alarmados com os estrondos e pancadas provocados pelo fantasma, que começaram a ouvir-se depois da morte, em 1827, de um dos ex-proprietários, o primeiro-ministro britânico George Canning.
O aristocrata Sir Robert Warboys garantiu que passaria uma noite no quarto mais assombrado da casa, no primeiro andar. Tratou-se de uma causa célebre entre os seus amigos, pelo que todos se reuniram na casa naquela noite. Armado com uma pistola e com uma sineta para pedir ajuda, retirou-se para a cama às 11:45, afirmando: «Meus caros amigos, estou aqui para provar que não há fantasmas, pelo que este vosso pequeno alarme não irá ser preciso. Desejo-vos uma boa noite».
Apenas quinze minutos depois, a sineta tocou loucamente. Antes de alguém lá conseguir chegar, também se ouviu um tiro. Os cavalheiros ali reunidos precipitaram-se para o quarto e encontraram Warboys morto, na cama, com o rosto contorcido de horror. Disparara a arma contra o que quer que fosse que o enfrentara, mas sem resultado.
Em 1878, houve outro nobre que decidiu dormir no mesmo quarto assustador. Lorde Lyttleton levou consigo duas armas, uma das quais carregada com moedas de prata de seis pennies, que eram consideradas um amuleto contra o diabo. Quando o espectro se aproximou, disparou as moedas e a aparição desapareceu. O incidente levou-o a investigar a história da casa e descobriu que, para além de Warboys, também outras duas pessoas haviam morrido ali, aparentemente após uma visita do fantasma.
A fatalidade final teve lugar em 1887. Dois marinheiros, Edward Blunden e Robert Martin, do HMS Penelope, descobriram-se na nevoenta Londres, na noite de Natal, sem terem para onde ir. Uma tabuleta que dizia «Aluga-se» revelou-lhes que o n.º 50 de Berkeley Square estava vazio e entraram. Por acaso, foram parar ao quarto em que Warboys morrera. Martin adormeceu, mas Blunden sentiu-se cada vez mais nervoso. Deu uma cotovelada a Martin e acordou-o a tempo de poder ver uma negra aparição a entrar no quarto. Quando Blunden tentou agarrar numa arma, o fantasma foi direito a ele, o que permitiu que Martin se escapasse. O marinheiro correu até encontrar um polícia. Quando o par regressou à propriedade, descobriram o corpo de Blunden na base das escadas da cave, com o pescoço partido e os olhos muito abertos."
História do sobrenatural
Karen Farrington
Eu não podia deixar passar a oportunidade de dizer isto: a aristocracia britânica é composta por uma cambada de inúteis sem nada melhor para fazer do que andar a chatear fantasmas que, pelos vistos, só querem ficar descansadinhos nas suas casas. Se eu fosse fantasma também matava esses filhos da mãe!
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