Há não muito tempo, alguém comentou neste blog, de uma forma pejorativa, que eu provavelmente não tinha filhos, considerando as coisas que dizia. Nessa altura, eu respondi que preferia não ter filhos do que tê-los e não ser competente o suficiente para criá-los.
De facto, as pessoas tendem a sobrevalorizar a maternidade e achar que todas as mulheres têm instintos maternais. Isto não podia estar mais errado! Para ter um filho basta fazê-lo e pari-lo, como tantas fêmeas fazem no mundo animal. A parte difícil é criá-lo e para isso, havemos de concordar, que nem toda a gente está apta.
Acresce que as mulheres que são mães não são necessariamente melhores do que aquelas que não são. Simplesmente, por uma quantidade de escolhas pessoais ou circunstâncias da vida, acabaram por ser mães e isso não as torna mais sensíveis, cuidadosas, carinhosas ou femininas que as outras mulheres. Torna-as apenas mães e, do mesmo modo que há mulheres excepcionais, também há mães excepcionais.
Para que fiquem com um exemplo do que digo e vejam que eu não ando para aqui a inventar, leiam esta notícia: "Alegando que precisava do dinheiro, mãe oferece filha de 2 anos a um bordel em Espanha. A polícia espanhola deteve uma mulher suspeita de ter tentado prostituir a filha de 2 anos num bordel de Sitges, perto de Barcelona. A denúncia foi feita às autoridades pelo responsável do estabelecimento. A mulher, com 33 anos, foi detida na passada segunda-feira. Estava na posse de cocaína e tinha deixado o filho, de 7 anos, sozinho num bar perto do bordel onde terá tentado oferecer a filha para prostituição, a troco de dinheiro. A notícia foi avançada pelo jornal catalão “La Vanguardia”, que conta que a mulher terá dito à polícia que precisava do dinheiro porque não podia contar com o apoio do pai das crianças. As autoridades estão a investigar a possibilidade de a criança ter sido oferecida pela mãe a outros bordéis. Por decisão judicial, a custódia dos menores foi entregue ao pai."
Ora, o que mais me choca aqui não é sequer a idade da criança. É sim a idade da mãe. Isto porque com 33 anos ela ainda tinha corpinho para ir trabalhar. Se não tem trabalho, ou este não chega para o sustento, então podia ser ela a ir prostituir-se. O pior que poderia acontecer aos filhos era serem chamados de filhos da puta...
É claro que isto não acontece todos os dias, pelo menos não nos países que se dizem desenvolvidos. Mas acontecem outras coisas! Portanto, antes de avaliarem uma mulher como excepcional só porque é mãe, classificando as que não são mães como mulheres de segunda categoria, pensem nisto.
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