No Vaticano, o ministro da saúde, o cardeal Javier Lozano Barragán, insurge-se com uma decisão da justiça italiana. Ao que parece, a justiça autorizou que fosse retirada a alimentação a uma mulher que estava em coma há 16 anos. O ministro, seguindo os preceitos da máfia que representa, afirmou "A vida é sagrada. Não existe o direito a morrer". Talvez fosse boa ideia ele ir pedir satisfações ao seu superior hierárquico máximo (vulgo, deus) que, se levarmos a sério a tanga de ser ele o responsável pela vida e pela morte, é um grandessíssimo assassino que nunca irá prestar contas à justiça.
Lá perto, mas agora em Milão, um cartaz da ONG Telefono Donna relativo ao Dia Internacional Contra a Violência Doméstica, gerou polémica por representar uma mulher crucificada, acompanhada da interrogação "Quem pagará pelos pecados do homem?". O vereador lá da terra veio dizer "Vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance para impedir esta campanha, cuja mensagem mostra o símbolo da Cristandade e afecta os sentimentos religiosos dos cidadãos". O cartaz é este, mas alerto já que quem for profundamente religioso poderá ficar ofendido com o seu conteúdo. De qualquer modo, quem for profundamente religioso talvez já tenha aprendido com a experiência que o meu blog é um espaço de pecado e perdição e, provavelmente, já não anda por aqui.
Seja como for, é nestas pequenas coisas que se vêem as incongruências religiosas. Segundo a igreja as vidas são sagradas, mas não há problema nenhum em passar a vida a espancar o cônjuge. Aliás, o que seria do sagrado matrimónio sem uma sagrada bofetada, pontapé, murro ou cabeçada? Desde que o marido não mate a mulher (cuja vida é sagrada), pode fazer o que quiser...
Os cidadãos de quem falava o senhor vereador, ficariam ofendidos nos seus sentimentos religiosos apenas com o facto de a campanha mostrar "o símbolo da Cristandade" mas não se revoltam com a violência doméstica. É esta a piedade católica!
Oh Alexandra Solnado, fala aí com Jesus e pergunta-lhe se ele é a favor do espancamento conjugal. Aproveita e pergunta-lhe também se ele concorda que os padres abusem sexualmente de crianças e se ele acha bem a acumulação de riqueza no Vaticano, sem que haja partilha com os pobres. Depois diz-me as respostas. Obrigada.
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