Quinta-feira, 31 de Julho de 2008

É nestas alturas que não gosto de política

Hoje, após algumas horas de suspense, o presidente da república decidiu falar ao país. Ao que parece, a única pessoa que estava minimamente por dentro do tema era o primeiro ministro, com quem o presidente já se tinha reunido.

Os jornalistas faziam questão de dizer que era a primeira vez que o presidente falava ao país desde o referendo sobre o aborto. Esperava-se alguma coisa importante...

Não é que goste de ouvir a voz do Cavaco nem de ver a imagem dele na TV, e nem sequer acontece eu dar alguma importância ao que ele costuma dizer. Mas admito que decidi assistir ao comunicado por ter curiosidade.

E não é que ele decide ir falar do estatuto político-administrativo dos Açores? Tudo bem, é importante (principalmente para os açorianos) mas ele já tinha dado o seu parecer e já tinha também o parecer do tribunal constitucional. Então o comunicado serviu para quê? Para vermos que está vivo e de boa saúde? Isso faz lembrar as imagens que o governo cubano transmitiu quando o pessoal achava que o Fidel já tinha ido comer couves pela raiz!

Para as expectativas que criaram, o mínimo que o presidente podia ter feito era dissolver o governo, declarar guerra a Espanha ou fazer um espectáculo drag queen... Há alturas em que mais vale ficar calado.

publicado por bonecatenebrosa às 23:57
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Terça-feira, 29 de Julho de 2008

Feira de aberrações

Segundo uma notícia do Sol, o sargento Luís Gomes vai dar uma sessão de autografos numa feira de enchidos, a propósito do livro "Amo-te filha - Caso Esmeralda". Isto pouco depois de ter mandado a boca de que o Baltazar devia usar o dinheiro da indemnização (recebida devido ao sequestro da criança) para abrir uma conta em nome da filha.

Mais uma vez sublinho que me é igual ao litro com quem a miúda fica. Por mim até a podem mandar para o casal McCann! Mas serei eu a única pessoa a achar isto profundamente hipócrita? Primeiro ninguém tem que mandar postas de pescada sobre onde os outros gastam o dinheiro, depois porque ele próprio anda a ganhar dinheiro à custa da criança e não tomei conhecimento que tivesse aberto alguma conta em nome dela.

Além do mais, dar autógrafos numa feira de enchidos deve ser deprimente. Já agora, para quando o presépio com a miúda a fazer de menino Jesus, o sargento e a esposa como José e Maria? Também podem pôr a miúda atrás duma vitrine como nas feiras de aberrações que havia noutros tempos e convidar o pessoal para ir lá ver. De qualquer modo, traumatizada já ela deve estar...

Com sorte, pode ser que, quando crescer, a miúda tenha barba e nessa altura é que vai ser vê-la a render no circo Cardinalli como a mulher barbuda!

publicado por bonecatenebrosa às 16:27
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Segunda-feira, 28 de Julho de 2008

Dona Maroca, seu gato deu 25 pinocadas na bunda do meu

Segundo uma notícia da Lusa, um indivíduo baleou dois vizinhos por achar que um deles, por ser homossexual, andava a sodomizar-lhe o gato. Ao que parece, o gato fugiu e quando o seu dono andava a tentar apanhá-lo, foi ajudado por um vizinho. Como este vizinho era homossexual e como os homossexuais não devem ter mais o que fazer do que andar a ir ao rabo a gatos, o dono do gato achou que o seu gato andava a ser sodomizado e, vai daí, tentou matar o vizinho (felizmente não conseguiu, senão o gato ia sentir-se sozinho).

Ok, isto é profundamente ridículo! Além disso faz lembrar aquela anedota do rapaz que aparece em casa todo arranhado e depois de muito se tentar justificar junto dos pais, diz "Porra, o gato é meu, vou-lhe ao cú as vezes que quiser!". Será que o dono do gato teve ciúmes? E se sim, de quem? Do gato ou do vizinho?

Também ridícula é esta frase do magistrado, que condenou o dono do gato a pouco mais de 5 anos de prisão: "Dar um tiro em alguém por ser homossexual e por supostamente ter tido relações sexuais com um gato que ajudou a resgatar, e por isso o animal ter ficado paneleiro, é talvez o motivo mais torpe que eu já vi na minha vida". Este mesmo magistrado, comparou o comportamento do dono do gato, ao dos jovens que mataram a Gisberta.

Ponto 1 - O magistrado usou mesmo a palavra "paneleiro" em tribunal? Sim, porque isso não é nada ofensivo nem torpe e não revela nada sobre as ideias que o próprio magistrado tem acerca dos homossexuais.

Ponto 2 - Se este caso é tão semelhante ao da Gisberta, porque é que os jovens que mataram a Gisberta não foram condenados a 5 anos de prisão e a família da Gisberta nem sequer foi indemnizada?

Ponto 3, e mais importante - Como é que fica o gato no meio disto tudo?

publicado por bonecatenebrosa às 18:46
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Domingo, 27 de Julho de 2008

Aprender com os erros do passado

Na página da TSF está a notícia de que "Madrid quer criar armada internacional para combater piratas da Somália" e mais à frente acrescenta "Carmen Chacón sublinhou que Madrid está disponível para integrar uma armada internacional o mais depressa possível, porque os navios de pesca espanhóis vão habitualmente para a região da Somália, em busca de pescado, onde enfrentam dificuldades devido às incursões violentas dos piratas do Século XXI".

Se bem me lembro, em tempos os espanhóis tiveram uma armada, à qual chamaram invencível que, por acaso, levou poucas e boas de um corsário (nome chique para pirata) chamado Francis Drake e teve de fugir com o rabinho entre as pernas.

Talvez seja uma boa altura para mudarem de estratégia e porem a ideia das armadas de lado.

publicado por bonecatenebrosa às 16:10
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Sábado, 26 de Julho de 2008

Deixem-se lá de brincadeiras e falem a sério

Segundo o coordenador da Rota da Cortiça, fez-se justiça ao acabar com a discriminação salarial que se reflectia no facto de, até à data, pelo mesmo trabalho as mulheres ganharem menos 100 euros que os homens naquele sector.

Ainda gostava que me expicassem como se eu fosse o macaco Gervásio, onde é que está a justiça nisto, principalmente quando dizem que a discriminação salarial vai acabar de forma progressiva.

A meu ver esta situação é inconstitucional, uma vez que a Constituição diz que não se pode fazer discriminação numa série de áreas, entre as quais a sexual. Dizer que se está a fazer justiça é uma anedota! Far-se-ia justiça se pagassem a estas mulheres retroactivos que compensassem a desigualdade salarial e se acabassem com a discriminação imediatamente e não de forma progressiva.

Só num país onde a discriminação e as injustiças pululam e convivem alegremente é que se podia achar que está a ser feita justiça nesta situação. Se não fosse tão deprimente até podia passar por anedota.

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Sexta-feira, 25 de Julho de 2008

6.ª Sobrenatural - "Os fantasmas de Harry Price"

"Na altura em que o investigador de fantasmas Harry Price concluiu o seu trabalho no Vicariato de Borley, chamou-lhe «a casa mais assombrada de Inglaterra». Os fantasmas e espectros que ali catalogou incluíam uma freira que, segundo a lenda, fora «emparedada viva» num convento, um homem decapitado, um coche e cavalos e o Rev.º Henry Bull, que construíra o sombrio edifício em 1863.

Durante a sua vida Price foi talvez o investigador de fantasmas do início do século XX mais conhecido e tecnicamente mais avançado que tentou averiguar, através de métodos práticos e tecnologia moderna, se os fantasmas eram reais. As suas «ferramentas» incluíam galochas de feltro «para andar pela casa sem ser ouvido»; fitas métricas de aço para verificar a espessura das paredes, o que lhe permitia detectar eventuais câmaras secretas; uma máquina fotográfica equipada para fotografia de interior e de exterior; uma máquina de filmar de controle à distância; equipamento para registo de impressões digitais, e um telefone portátil para comunicação instantânea com outros investigadores.

A reputação de que o Vicariato de Borley gozava de ser assombrado não excedeu os limites relativamente normais, de acordo com os padrões ingleses, até Price se interessar pelo assunto, e mesmo então os fantasmas que ele identificou eram de um carácter inteiramente comum. O que primeiro atraiu a atenção de Price, em 1929, foram as queixas dos locatários da altura, o Rev.º G. Eric Smith e sua mulher, que há algum tempo eram perturbados por mobiliário que se deslocava, chaves que caiam das fechaduras, sons de passos e uma voz feminina. Price realizou uma cuidadosa investigação durante 3 dias e afirmou não ter encontrado quaisquer explicações naturais para nenhum desses fenómenos. Declarou também que observara uma figura esbatida que podia ter sido a freira e que estabeleceu contacto com o falecido Rev.º Bull.

Um ano mais tarde, tendo os Smiths sido substituídos pelo Rev.º Lionel Algernon Foyster e sua mulher, Marianne, Price iniciou outra investigação do vicariato. Apenas os Foysters se instalaram, revelou-se o que parecia ser um poltergeist, ou fantasma barulhento. As portas fechavam-se, deixando as pessoas fora dos quartos, desapareciam artigos domésticos, partiam-se vidraças, o mobiliário deslocava-se, cheiros estranhos saturavam o ar e ecoavam estranhas vozes. Mas os incidentes mais graves pareciam afectar Mrs. Foyster, que era atirada da cama durante a noite, esbofeteada por uma mão invisível, agredida de modo a ter ficado com um olho negro e uma vez quase foi sufocada por um colchão. Começaram então a surgir em várias paredes do vicariato mensagens rabiscadas e quase indecifráveis que expressavam queixas, tais como «Marianne, por favor, ajuda-me» e «Marianne, manda rezar missas».

Dado que quase toda a actividade de poltergeist ocorria quando Mrs. Foyster se encontrava quer ausente, quer sozinha, Price inclinou-se a atribuí-la a manipulações da própria; no entanto, continuava a acreditar na possível autenticidade da freira e do Rev.º Bull. Assim, quando o vicariato mais uma vez ficou vago, Price aproveitou a oportunidade para o arrendar e transformar num laboratório destinado ao estudo do sobrenatural. Trabalhando com 48 voluntários, realizou os elaborados testes pelos quais concluiu, em The Most Haunted House in England, publicado em 1940, que Borley é o «caso mais extraordinário e bem documentado dos anais da investigação psíquica».

Embora tivesse numerosos oponentes, Harry Price era grandemente respeitado pelos seus métodos não só imaginativos como engenhosos e pela sua honestidade. E dado que passara cerca de 40 anos a investigar fenómenos psíquicos, foi enorme o escândalo que rebentou quando, após a sua morte, em 1948, a crítica começou a minar seriamente a sua reputação. O repórter de um jornal declarou ter recolhido provas de falsificação por parte de Price, e Mrs. Smith escreveu que nem ela nem o marido jamais haviam acreditado que o vicariato estava assombrado. Em 1956, três investigadores da Sociedade de Investigação Psíquica comunicaram que as entrevistas que haviam tido com as pessoas ligadas aos fenómenos ocorridos em Borley e um estudo exaustivo dos próprios apontamentos de Price tinham demonstrado que este manipulara determinados factos."

 

Fronteiras do Desconhecido

Selecções do Reader's Digest

 

Primeiro, que raio de investigação exaustiva é que dura 3 dias? Até a investigação do desaparecimento da Maddie demorou mais e mesmo assim não acho que tenha sido exaustiva...

Segundo, a história da Sr.ª Foyster fez-me lembrar aquele sketch do Gato Fedorento em que uma senhora está a queixar-se ao médico de ser vítima de violência doméstica e o médico insiste que ela teve um acidente:

- Médico: Então como foi que se magoou?

- Sr.ª Foyster: Foi o meu marido que bateu. Dá-me estalos, deixou-me o olho negro e tentou sufocar-me com o colchão.

- Médico: Ah, admita lá que bateu com a cara num móvel ou caiu da escada.

- Sr.ª Foyster: Não, foi mesmo o meu marido que me bateu.

- Médico: Deixe lá de ser mentirosa. Foi um poltergeist, não foi?

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Quarta-feira, 23 de Julho de 2008

Maratonas sexuais

Ao que parece, realizaram-se em Barcelona uns Jogos Olímpicos Homossexuais que contaram com cerca de 6000 participantes.

Pergunto eu qual é a diferença entre os jogos olímpicos homossexuais e os heterossexuais? E sendo que estes são jogos homossexuais, isso quer dizer que os outros jogos olímpicos só permitem a entrada a atletas heterossexuais? E como é que uma atleta prova a sua homossexualidade?

São dúvidas que me afligem e ainda me aflige mais pensar como será a prova de salto à vara.

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Segunda-feira, 21 de Julho de 2008

Sair do poleiro e voltar à escola

Acabo de ligar a televisão e está a dar na RTP o "Sabe mais que um miúdo de 10 anos". Ao que parece o Jorge Gabriel estava a perguntar aos miúdos o que achavam que devia ser diferente na escola e uma das miúdas diz que acha que os professores deviam mandar para a rua os alunos que se portam mal porque perturbam os restantes.

Provavelmente, a catraia não saberá que se os professores não fazem isso mais vezes, não é por amor aos putos irritantes da turma, mas sim porque sabem as repercussões que esse acto poderia ter na sua vida profissional.

Ainda assim, a mocita sabe mais que a ministra da educação porque reconhece aquele que deveria ser um direito dos professores e dos alunos bem comportados e interessados em aprender.

Talvez a ministra da educação devesse assumir que não sabe mais que um miúdo de 10 anos.

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Domingo, 20 de Julho de 2008

Faz todo o sentido...

Ao que parece, o novo programa da Luciana Abreu na SIC, dirigido ao público infantil, vai chamar-se "Lucy". Por curiosidade (e também porque sou mázinha, admito) fiz uma pesquisa na Wikipédia e deixo aqui uma das referências para a palavra Lucy:

"Lucy foi o 1º hominideo. Foi encontrada em Hadar, no deserto de Afar (Etiópia) quando uma equipa de arqueólogos fazia escavações. Chama-se Lucy por causa da música «Lucy in the sky with diamonds» da banda britânica 'The Beatles', e por terem definido-a como uma fêmea. Em 1924, na África do Sul, um pesquisador australiano chamado Raymond Dart descobriu um crânio com tamanho intermediário entre o dos humanos e o dos chimpanzés. Ele denominou-a nova espécie de Australopithecus, que significa «macaco do Sul»."

Já se o programa se chamasse Luciana, a referência que consta na Wikipédia é precisamente a seguinte (com a advertência de que não são citadas fontes nem referências):

"Luciana Abreu Sodré Costa Real (Massarelos, Porto, 25 de Maio de 1985) é uma cantora e actriz portuguesa. Frequentou a Escola Contemporânea do Espectáculo do Porto. Participou em 2 peças de teatro. Entrou no programa Ídolos (emitido pela SIC), onde ficou conhecida por «Borboleta». Foi a protagonista da telenovela Floribella emitido pela SIC, foi juntamente com Rui Drummond representar Portugal no Festival da Eurovisão da Canção (emitido pela RTP). Foi vencedora do programa «Dança Comigo» emitido pela RTP. Posou em Fevereiro de 2008 para a revista masculina FHM, da qual foi capa. Fez até ao momento um anúncio de televisão (para a Danone)."

Moral da história: mais valia ter deixado o nome em português em vez de o pôr em inglês, provavelmente achando que dava estilo. À portuguesa é ela própria, à inglesa está num patamar evolutivo entre o macaco e o humano. Mas não faz mal porque os miúdos geralmente gostam da bicharada.

publicado por bonecatenebrosa às 11:29
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Sábado, 19 de Julho de 2008

In(coerências)

Recentemente dei por mim a estranhar o silêncio da associação SOS Racismo e de outras com objectivos semelhantes. Seria de esperar que se pronunciassem a propósito dos incidentes ocorridos no Bairro da Fonte em Loures, uma vez que houve uma nítida componente racial.

No entanto, e mais uma vez, salta à vista que só se considera a existência de discriminação/racismo quando há um grupo opressor constituído por brancos e um grupo oprimido constituído por elementos de outras etnias. Quando surge uma situação deste tipo em que duas etnias, ambas consideradas minoritárias, se envolvem em confrontos, estes já não são considerados como tendo um carácter racial. O que leva à constatação (óbvia para mim mas possivelmente nova para outras pessoas) de que os grupos de raça branca são discriminados porque são vistos como os únicos que praticam discriminação.

Mudando um pouco de tema, gostava de perceber quais são os critérios das autarquias para a atribuição de habitações. Neste momento, já não estou a fazer considerações raciais. Pouco me importa se as pessoas a quem são atribuídas casas e subsídios são brancas, pretas, ciganas ou marcianas.

O que me faz confusão é que há pessoas que toda a vida trabalharam e, chegando a velhas, recebem uma reforma que mal dá para comprar os remédios, vivem no último andar de prédios sem elevador, com a madeira carcomida pelo caruncho, goteiras e humidade. Há jovens que passam anos à procura do primeiro emprego, tendo de viver na casa dos pais até terem meios de subsistência. E depois há pessoas que ganham casas do Estado.

A estranheza aumenta quando se vê que estas pessoas têm corpo para trabalhar, têm dinheiro para comprar armas e têm disponibilidade para se envolverem em tiroteios. E o Estado, em vez de lhes dar a morada devida que era a prisão, dá-lhes casas e subsídios. Como se pode concluir, este é um Estado que premeia criminosos, pelo que não é de estranhar os ordenados, reformas e benefícios atribuídos àqueles que ocupam ou ocuparam cargos de chefia.

publicado por bonecatenebrosa às 11:25
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Sexta-feira, 18 de Julho de 2008

6.ª Sobrenatural - "Lugares vazios" (3)

Bom, aqui fica o final da trilogia:

"Sir Ernest Wallis Budge, especialista em egiptologia e funcionário superior do Museu Britânico, numa entrevista ao Daily Express afirmou ter conhecido dois personagens, um africano e o outro hindu, que durante a conversa tinham o costume de desaparecerem, como se evaporassem no ar. Não tinha dúvidas de que continuavam presentes mas invisíveis, pois podia ouvir os seus sorrisos. Budge rejeitava a hipótese de ter sido hipnotizado, pois podia andar perfeitamente pelo espaço antes ocupado pelos seus estranhos interlocutores.

Nos nossos dias continuam ainda a chegar-nos relatos de tão estranhas proezas.

Ramana Maharshi, o homem santo das montanhas do Arunashala, na Índia, desaparecia à vontade frente a seus discípulos; transformava-se numa coluna de fogo, para depois reaparecer tranquilamente, sorrindo.

No Norte da Índia, outra personagem, Sai Baba, ainda vivo, e que muitos reputam de santo, retira objectos de outra dimensão, flores, jarras, pequenas estatuetas, como se estas se materializassem no ar.

Zhang Bao Sheng, reputado psíquico chinês de nossos dias, consegue desmaterializar, por brincadeira, um sapato ao seu interlocutor, sem ele dar por isso, e transportá-lo para qualquer local de sua escolha, através de uma ruptura dimensional.

Mais perto de nós, em França, Mário Mercier, poeta, pintor onírico e apaixonado pelo xamanismo, pelo taoísmo e pelos cultos luminosos da natureza, relata-nos a sua experiência pessoal e a de seus companheiros de jornada, com as portas do espaço mágico.

Para Mercier, a floresta - lugar mágico por excelência - possui espaços privilegiados que funcionam como portas para outras dimensões.

Essas portas podem ser formadas por disposições bastante simétricas de duas ou mais árvores, por entre as quais passa um caminho para o invisível.

Esses espaços mágicos oferecem uma diferença de espírito, de ambiência, de intensidade, a quem deles se aproxima. A certas horas da noite, a passagem por essas portas para outras dimensões exige um ritual de protecção.

A floresta, à noite, tal como a montanha, é plena de entradas ocultas, de passagens secretas, onde às vezes nos tornamos completamente invisíveis aos olhos dos outros, mesmo em período de lua cheia.

O poder de aparecer e desaparecer à vontade pode parecer-nos desconcertante, embora possa ser mais ou menos explicável à luz das modernas teorias físico-matemáticas. Algumas fontes espirituais afirmam que essa capacidade será desenvolvida por um número crescente de pessoas, num futuro não muito distante."

 

Artigo do jornal A Capital

 

1 - Aposto que anda por aí muito boa gente que adorava que algumas das pessoas com quem convive também tivessem o hábito de desaparecer.

2 - Que raio de nome é Sai Baba? Podia sair cuspo ou gafanhotos, também podiam entrar moscas, mas pronto, sai baba.

3 - Já agora, esse Sai Baba e o Zhang Sheng, no fundo, são ladrões interdimensionais. O que é que a polícia pensa fazer quanto a isto? Ah, e isto não é nada comparado com os feitos do governo que consegue fazer desaparecer o salário dos portugueses e nunca mais ninguém os vê.

4 - Façam o favor de ter juízo e não se ponham a ir para florestas a meio da noite procurar árvores que formem padrões geométricos... pelo menos, não sem fazerem o ritual de protecção!

 

publicado por bonecatenebrosa às 12:48
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Quinta-feira, 17 de Julho de 2008

É melhor esperar pelo Inverno

Ao que parece o presidente da república não quer que os portugueses baixem os braços.

Por via das dúvidas, e tendo em conta o calor que tem estado, é melhor o pessoal comprar uma boa dose de desodorizante senão não é só o estado financeiro do país que começa a cheirar mal.

publicado por bonecatenebrosa às 21:43
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Quarta-feira, 16 de Julho de 2008

Façam o que eu digo e não o que eu faço

Segue-se um excerto dos comentários de Lula da Silva no seu programa semanal: "Hoje, na União Europeia, eles estão cada vez mais aprovando leis para dificultar a vida dos migrantes, ou seja, dos pobres que chegam lá. É importante lembrar as várias comunidades que tem aqui. E nós convivemos tranquilamente, em harmonia [...]. Eu quero que os brasileiros tenham no exterior o tratamento que nós damos aqui aos estrangeiros. O que nós queremos é que os brasileiros lá fora e os povos do mundo sejam tratados com respeito, levando em conta a questão dos direitos humanos, e não tratados como se fossem delinquentes".

Pessoalmente também acho que os brasileiros (como todas as pessoas) deviam ser bem tratados, não questiono essa parte. Mas porquê a preocupação com o exterior quando há tanto mau trato no interior? Talvez o povo devesse ser bem tratado logo no país de origem, antes dos seus governantes virem pedir aos restantes países que tratem bem os migrantes.

Ora, uma boa forma de tratar bem o povo é afastando do governo os políticos corruptos (e isto serve para o Brasil, Portugal e qualquer outro país que neste blog não se pratica discriminação, nem sequer a positiva), área em que o sr. Lula da Silva poderia começar a dar o exemplo.

A propósito, na minha modesta opinião, também não faz bem ao povo brasileiro ser baleado acidentalmente pelas forças de segurança, nem ser apanhado no fogo cruzado de tiroteios, nem ser assaltado no semáforo, nem tantas outras coisas.

Embora não pretenda adivinhar os motivos que levam cada brasileiro a emigrar, desconfio que boa parte dos emigrantes procuram noutros países melhores oportunidades do que aquelas que tinham no seu país de origem. Assim sendo, por muito importante que seja a preocupação governamental com o bem estar do povo nos países de destino, um bom governante devia começar por criar oportunidades no seu próprio país para que o povo não tivesse de emigrar.

Portugal devia fazer o mesmo mas como estamos muito ocupados a discutir quem vai descer de divisão não nos podemos dedicar a ninharias.

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Terça-feira, 15 de Julho de 2008

Vai e não voltes!

Ao que parece, o governo português apoia uma eventual recandidatura do Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia.

Eu também apoio, prefiro que ele fique por lá e só vá chateando ao longe. Ainda para mais, da forma como andam as pescas, é melhor os chernes não andarem a passear em terra.

publicado por bonecatenebrosa às 10:35
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Segunda-feira, 14 de Julho de 2008

O valor do dinheiro

Ao que parece, num leilão de solidariedade para a instituição Sol, a Alexandra Lencastre escreveu uma dedicatória e autógrafo numa nota de 500 euros com esperança de que a licitação fosse superior ao valor da nota.

Felizmente há coisas para as quais os portugueses ainda têm juízo e a nota foi adquirida precisamente por 500 euros, ou seja, aquilo que já valia com ou sem os gatafunhos da Alexandra. Moral da história: mais valia a Alexandra ter entregue a nota directamente à Sol em vez de andar para lá a escrevinhar, achando que a sua assinatura valia mais uns trocados. Bom, mesmo deprimente era se a licitação nem chegasse aos 500 euros...

Para a próxima mais vale leiloarem um bocado de pão bolorento em que o padrão do bolor forme o perfil da Virgem Maria. Sempre apela à religiosidade do povo e, com a crise que para aí anda, na falta de melhor ignora-se o bolor e come-se à mesma!

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Domingo, 13 de Julho de 2008

A dura realidade

No último debate sobre o estado da nação, Sócrates mandou Louçã ter tento na língua por este o ter acusado de ser ladrão.

Na minha realidade alternativa, o Louçã recusou-se a pedir desculpas por ter reparado que, depois do Sócrates se ter roçado nele, a carteira lhe tinha desaparecido do bolso. Os putos continuaram a birra, até que o chefe do clube dos meninos os mandou resolverem as desavenças fora do recinto.

O Paulo Portas escondeu-se com medo que os meninos maiores lhe partissem os dentes recentemente branqueados. O Louçã foi-se informar acerca das regras da porrada enquanto fumava um charro e esqueceu-se do que estava ali a fazer. O Sócrates com o respectivo governo e bancada parlamentar engendravam a melhor maneira de lixarem o povo, pondo depois as culpas no governo do PSD que tinha mandado antes. O Paulo Rangel (líder da bancada do PSD), apercebendo-se da táctica do Sócrates, foi tentar descobrir o que tinha feito o governo anterior ao do PSD para por as culpas nele. O Jerónimo retomou os seus conhecimentos em metalurgia e começou a fazer uma foice e um martelo para correr com todos à marretada. Nisto veio o Cavaco e conseguiu dispersar a multidão atirando-lhes farelo de bolo rei em pleno processo de mastigação.

Não foi nada disto que aconteceu, mas se tivesse sido era tudo muito mais giro, movimentado e honesto e deixaria de ser transmitido pelos canais noticiosos para ir directamente para a SIC Radical onde seria transmitido com a restante e exaustiva luta-livre.

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Sábado, 12 de Julho de 2008

Quer açoitar?

Há poucos dias, Blatter, presidente da FIFA, ao referir-se à pressão do Manchester United para manter lá o Cristiano Ronaldo, disse que aquele era um exemplo da escravatura moderna.

Aqueles de vós que associavam escravatura moderna ao tráfico de pessoas para fins de exploração laboral ou sexual, desenganem-se que não é nada disso. Aqueles que pensam em escravatura quando se fala de portugueses que vão para a Espanha ou Holanda ser explorados e mantidos em cativeiro, esqueçam que estão redondamente enganados. Ou mais recentemente a história da embaixada dos Emirados Árabes na Bélgica que parece que tinha lá raparigas em situação de escravatura, também está a simplificar a realidade. Nada disto é escravatura!

A escravatura moderna real acontece no futebol. Os jogadores assinam contratos por vários anos em vez de assinarem somente contratos de 1 ano. Recebem ordenados milionários em vez de receberem apenas o ordenado mínimo. Treinam umas manhãs e jogam a sério uns dias por semana em vez de trabalharem das 9 às 17 todos os dias e, às vezes aos fins de semana. E isto sim, é escravatura! 

Será que o Cristiano não sabe ler e assinou o contrato desconhecendo as condições do mesmo? Será que ele não tem dinheiro para pagar a rescisão do contrato? Será que ele está preso numa sanzala e quando se porta mal é amarrado ao tronco e açoitado?

De facto a vida de jogador de futebol é triste e injusta... pelo menos para aqueles que não ganham tanto como eles e não têm condições para abandonar os seus empregos de miséria. O senhor Blatter que vá tomar os medicamentos e o Cristiano que vá participar numa orgia para afogar as mágoas e não chateiem!

publicado por bonecatenebrosa às 12:15
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Sexta-feira, 11 de Julho de 2008

6.ª Sobrenatural - "Lugares vazios" (2)

"Jean Durant, canadiano de origem francesa, possuía o poder de desaparecer e reaparecer à vontade. Deu numerosas demonstrações públicas e, em 1936, três médicos confirmaram essa sua capacidade.

Durant deixava-se encerrar numa sala - muitas vezes algemado - lacrada e vigiada por fora. Durant simplesmente desmaterializava o seu corpo para reaparecer fisicamente fora da sala, junto dos seus vigilantes.

A demonstração que deu em Chicago foi a última. Durant desapareceu da cela lacrada onde o tinham encerrado, para nunca mais ser visto.

Durant realizava o fenómeno da passagem para outra dimensão, voluntariamente e, aparentemente, com todo o controlo. Outros, simplesmente, podem tornar-se vítimas de uma ruptura entre dimensões, desaparecendo para sempre. Do mesmo modo, podemos perfeitamente conceber a possibilidade de seres de outra dimensão saírem dela para entrarem na nossa.

Intrigante foi o caso ocorrido em Nápoles, Itália, a 7 de Fevereiro de 1958; caiu do céu um canhão, utilizado na Segunda Guerra Mundial e datado de 1942.

Quase todos os casos de desaparecimentos inexplicáveis envolvem pessoas isoladas. Mas existem relatos de desaparecimentos em grupo, como o dos 800 peregrinos muçulmanos que foram a Meca, em 1975, ou o do desaparecimento do regimento britânico de Norfolk, em Galipoli, na Turquia, em 1915".

 

Artigo do jornal A Capital

 

1 - Explicações possíveis: o canhão estava a ser transportado de avião para alguma exposição ou museu e caiu, os 800 peregrinos muçulmanos estão em Guantanamo acusados de terrorismo e o regimento fez uma deserção colectiva.

2 - Maddie, em que buraco interdimensional andas tu?

 

publicado por bonecatenebrosa às 10:04
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Quinta-feira, 10 de Julho de 2008

Eu sou muito à frente!

Não é que ando com os dias trocados e ia pôr a 6.ª sobrenatural hoje, que ainda é 5.ª? Queriam, não queriam? Mas felizmente lembrei-me a tempo e só mesmo amanhã é que há 6.ª sobrenatural.

Entretanto, reparei que uma das questões do Sapo era sobre o que nós achávamos do estado da nação. Quando tentei votar em "mau" o sapo não registou o meu voto. É ou não é censura? Depois venham-me falar das eleições no Zimbabué!

Ah, e a propósito de censura, a Fátima Lopes, o respectivo programa e a produção da SIC vão ser processados pelo pai biológico da Esmeralda por, entre outras coisas, serem parciais e andarem a achincalhar o homem num programa que apesar de ser de entretenimento, supostamente também é de informação.

A Fátima defende-se dizendo que não tem carteira de jornalista (algo que já todos tínhamos percebido) e que tem o direito de exprimir a sua opinião. Agora que ela abriu o precedente, todos temos o direito de achincalhar a Fátima. Só estamos a exprimir a nossa opinião, aquela coisa da difamação que vem no Código Penal não existe porque é só uma expressão de opinião.

De qualquer modo, no lugar do sr. Baltazar e respectivos advogados, eu não levava a Fátima e respectivo programa tão a sério. Provavelmente já repararam que quase todas as pessoas que vão ao programa dela sabem onde está a Maddie e a Joana, de tal forma que até admira ainda ninguém ter encontrado as miúdas. Cada um dá ao programa e respectivos convidados a credibilidade que quer mas eu, que secretamente sei ler a verdade nas expressões faciais de cada um, olho para a Fátima e respectivos convidados e vejo que são só pessoas que querem algum protagonismo sem entenderem grande coisa sobre aquilo de que falam. Mas isto sou só eu a expressar a minha opinião livremente. 

publicado por bonecatenebrosa às 12:17
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Quarta-feira, 9 de Julho de 2008

A nossa palavra do Senhor é mais autêntica que a vossa

Segundo a TSF online "O Vaticano reagiu esta terça-feira, em comunicado, com tristeza à adopção pela Igreja de Inglaterra (anglicana) da ordenação de mulheres bispos, sublinhando que esta constituirá «um novo obstáculo para a reconciliação» entre as duas Igrejas". Ao que parece, o argumento para a Igreja Católica insistir que só os homens podem ser padres, bispos ou ter outros cargos semelhantes é que estão a dar continuidade aos ensinamentos de Jesus que escolheu 12 homens para seus apóstolos.

Desses 12 homens, segundo os ensinamentos da própria Igreja Católica, um traiu-o, outro negou-o três vezes, o líder acabou crucificado e os outros morreram todos de mortes mais ou menos lixadas. Como podem ver, a Igreja Católica deve ter achado que tudo correu às mil maravilhas e, seguindo a ideia de "em equipa que está bem não se mexe" prefere deixar tudo como está. De facto, os actos sanguinários e os martírios fazem parte da história da Igreja Católica desde que surgiu, e há que manter as tradições!

Interessante também é dizer que o processo evolutivo conduzido pelas outras religiões constitui um obstáculo à reconciliação. Porque é que os outros é que têm de mudar? Qualquer dia vêm os padres anglicanos dizer que vão deixar de tolerar a pedofilia e os católicos queixam-se que isso também é um obstáculo à reconciliação. Se eu fosse anglicana ou de outra religião qualquer (felizmente não sou) mandava os católicos irem enfiar a reconciliação num orifício! Para aqueles de vós que não perceberam, o orifício de que estou a falar é a ranhura da caixa de esmolas.

publicado por bonecatenebrosa às 11:46
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Terça-feira, 8 de Julho de 2008

Who's the special one?

Quando eu pensava que ninguém podia falar inglês pior do que o José Mourinho (vénia profunda), eis quando ligo a TV e assisto à conferência de imprensa do Scolari.

Por momento pensei que ele iria dizer "And I'm the mean one? And I'm the donkey?"

 

publicado por bonecatenebrosa às 17:17
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Segunda-feira, 7 de Julho de 2008

A fome e a vontade de comer

Foi hoje divulgado um estudo que mostra a existência de taxas elevadas de violência entre casais jovens. Sinceramente não me surpreende, por dois motivos: tendo em conta os níveis de violência doméstica entre adultos e considerando que são os adultos que (des)educam os jovens, acho que os jovens estão em muitas das vezes a seguir o exemplo com que se deparam. Aliás, se eu fosse jovem e lesse as crónicas do Sr. Miguel Sousa Tavares também ficaria cheia de vontade de espancar alguém, mas como eu e ele não somos vizinhos, acho que ele já se safou.

O outro motivo é a... não queria usar a palavra estupidez, a... vá ajudem-me... chamemos-lhes as limitações intelectuais de muitos jovens. O Ministério da Educação estimula o facilitismo e isso tem consequências. Os jovens não se habituam a pensar de forma aprofundada, a longo prazo, nem a esperar pelas recompensas e sejamos realistas, qual é a maneira mais rápida de se conseguir o quer se quer de alguém? É com porrada! Junta-se o querer algo ao saber que não há represálias e o resultado está à vista, com jeitinho, ainda conseguimos que a população em geral e até o Supremo Tribunal de Justiça, dê razão ao criminoso e culpe a vítima. Talvez entre jovens não surjam argumentos como "ela queimava a comida" ou "ela não passava a roupa a ferro" mas outros igualmente interessantes como "ela recusou-se a ver os Morangos com Açúcar comigo" ou "ela recusou fazer-me os trabalhos de casa".

Não quero com isto dizer que a minha geração (e as anteriores à minha) são melhores, porque não são. Bem pelo contrário! Dantes, se uma mulher apanhava do marido, namorado, pai, irmão, ou quem quer que fosse, tinha de comer e calar e o assunto nem sequer era tema de telejornal. Agora, ao menos, há informação. E se alguém que já apanhou ou que venha a apanhar do(a) namorado(a) ler este post, aqui ficam uns pequenos pensamentos: a culpa nunca é da vítima, o ciúme é sinal de possessividade e não de amor, não há desculpa para a agressão (seja ela física, emocional ou sexual) a probabilidade do agressor mudar é praticamente nula e quem bate uma vez, também bate duas ou três.

Isto fui eu a fazer mais serviço público que a maior parte dos órgãos de comunicação social, que se limitam a relatar resultados, mas não desconstroem ideias pré-concebidas. Depois lemos os fóruns de discussão com perguntas inteligentes como "qual é o mal de bater na namorada se ela gosta?". Ainda gostava de saber se alguém perguntou à moça se, de facto, gosta ou não, isto porque o facto de alguém levar pancada e continuar numa relação não é sinónimo de gostar. Pode significar medo, vergonha, falta de compreensão da própria situação ou receio de ouvir "bocas" do tipo "então mas não gostavas de apanhar?". Para as criaturas que têm esta dificuldade de compreensão, façam este esforço: imaginem que são mal pagos e que, cada vez que se queixam, alguém vos diz "então, és mal pago porque gostas"! Se calhar não é bem assim...

publicado por bonecatenebrosa às 19:50
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Domingo, 6 de Julho de 2008

Já temos bode expiatório para os incêndios deste ano

Segundo o SAPO "O aluno maior de 16 anos, responsável pelo vídeo do caso da Escola Secundária Carolina Michaëlis, onde uma aluna agrediu uma professora que lhe tentou tirar o telemóvel, aceitou a proposta do Ministério Público de suspender o procedimento criminal e prestar 40 horas de serviço à comunidade, que deverá acontecer numa corporação de bombeiros."

Acho mal ele ir prestar serviço comunitário numa corporação de bombeiros. Tendo em conta que estamos num país com poucas oportunidades mas grande competitividade entre os jovens, sugiro que ele emigre como serviço à comunidade. Aliás, até para ele esta ideia seria boa: evita ser olhado de lado de cada vez que houver um incêndio e pode ir para um sítio onde ninguém o conhece, evitando ser estigmatizado.

Sinceramente, enquanto os defensores da supremacia branca defendem que os imigrantes deviam voltar para a sua terra, eu limito-me a sugerir que os pré-delinquentes deviam sair desta terra. Para onde iriam é com eles, mas não fazem cá falta. Sendo este aluno adepto das novas tecnologias, até poderia ter um futuro brilhante na Microsoft.

Lá estou eu sempre a preocupar-me com o bem estar alheio...

publicado por bonecatenebrosa às 11:30
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Sábado, 5 de Julho de 2008

Era chanfrado mas não era parvo!

O historiador José Barreto, baseado num texto inédito de Fernando Pessoa, afirma que o poeta encarava Fátima como o lugar mítico da construção do nacionalismo católico e monárquico que ele repudiava. Acrescenta que "é um texto irónico, a roçar a sátira anticlerical, em que Pessoa parece regressar ao extremismo da juventude".

Cada vez mais me convenço que, apesar de toda aquela postura "ligeiramente" esquizofrénica do Pessoa e heterónimos, o homem não era nada parvo e topou a Fátima a léguas. Se ainda fosse vivo, de certezinha que falava do futebol.

Agora reparem só na coincidência (à qual alguns chamariam milagre): as tags deste post são 3 Fs. A bonecatenebrosa escreve direito por linhas tortas (e às vezes fala de si na terceira pessoa, como o Ricardo).

publicado por bonecatenebrosa às 10:12
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Sexta-feira, 4 de Julho de 2008

6.ª Sobrenatural - "Lugares vazios" (1)

"Anualmente desaparecem no mundo centenas de milhares de pessoas, por causas conhecidas ou simplesmente prováveis. No entanto, há casos que não se enquadram nos padrões normais e que para sempre permanecem envolvidos no mistério. A história e a literatura fantástica narram muitos destes casos. Qual é o segredo dos desaparecimentos inexplicáveis?

O caso Worson, ocorrido em Inglaterra, deixou perplexos os habitantes de Warwickshire.

Worson era sapateiro de profissão e tinha, nos tempos da sua juventude, ganho fama de atleta; corria distâncias consideráveis sem se cansar. Um dia um amigo apostou que ele não aguentaria correr até Coventry, que distava 65 quilómetros do local em que se encontravam.

A aposta foi imediatamente aceite por Worson, que se pôs a correr acompanhado por mais duas pessoas. Os primeiros quilómetros foram fáceis. De repente Worson pareceu tropeçar. Gritou e desapareceu como se tivesse sido engolido por um buraco, para não mais voltar.

Outro desaparecimento misterioso - que se tornou um clássico do género - foi o de Charles Ashmore, rapaz de dezasseis anos que morava com seus pais numa quinta perto de Quincy, Illinois, EUA.

O jovem Ashmore saiu de casa num fim de tarde para ir buscar água ao poço e nunca mais apareceu. Foi procurado por seu pai e pela irmã, que viram as suas pegadas na neve. O rasto de Ashmore não tinha chegado ao poço, cuja água permanecia intocada, mantendo uma camada de gelo à superfície. Parecia que Ashmore tinha, pura e simplesmente, desaparecido no ar.

A mãe de Ashmore e alguns vizinhos relatam que, às vezes, conseguiam ouvir a voz do rapaz chamando e pedindo ajuda, mas não percebiam de onde ela vinha. Os pedidos de socorro do jovem só desapareceram completamente no Verão seguinte.

Este caso foi estudado exaustivamente por Ambrose Bierce, que veio, ele também, a desaparecer misteriosamente em 1914, quando visitava o México.

Será que a ciência é capaz de fornecer uma explicação razoável para estes fenómenos?

Alguns cientistas afirmam que no nosso mundo visível existem «lugares vazios», como se fossem buracos na estrutura dimensional, por onde seres vivos e inanimados podem passar e desaparecer, por vezes para sempre. O famoso Triângulo das Bermudas, no Pacífico, seria um desses lugares.

Estes «buracos» podem abrir-se e fechar-se, e simplesmente engolir para outra dimensão tudo o que lá estiver, afirma o físico britânico John Taylor. A existência de «espaços dimensionais mais elevados» é incontestável para a maioria dos grandes matemáticos e físicos contemporâneos.

Mesmo antes de Einstein, Karl Gauss, Johan H. Lambert, Hermann von Helmholtz, Bernard Riemann, Poincaré e Minkovski tinham pensado em espaços de quatro, cinco e mais dimensões.

Poincaré dizia: «Não quebrem a cabeça com a questão da quarta dimensão. É absolutamente impossível imaginá-la, mas mesmo assim ela existe e os seus hiperespaços são factos incontestáveis»".

 

Artigo do jornal A Capital

 

1 - Esta história dá todo um novo sentido à frase "só queria meter-me num buraco e desaparecer"

2 - Se eu fosse o meu amigo Sempenas (http://sempenas.blogs.sapo.pt) já teria feito uma comparação maldosa com a Elsa Raposo, mas deixo isso para o mestre!

publicado por bonecatenebrosa às 13:36
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