Quarta-feira, 31 de Outubro de 2007

Digno do Dia das Bruxas

O novo estatuto do aluno está a causar polémica, principalmente porque parece incentivar o absentismo. Embora também tenha bastantes reservas em relação a este novo estatuto, permitam-me fazer o papel de advogada do diabo (a ministra Maria de Lurdes Rodrigues) e chamar a atenção para os seus aspectos positivos:

1 - Os professores não são obrigados a aturarem os alunos que, estarem na aula ou não, dá exactamente no mesmo.

2 - Os colegas desses alunos também não são obrigados a aturá-los.

3 - Numa turma porreira, um professor pode chegar a dar aulas a 2 gatos pingados ou às mesas da sala que, provavelmente, passarão a estar muito mais limpas e estarão muito mais atentas.

4 - Os pais dos jovens vão poder passar muito mais tempo com eles, durante o horário lectivo; mas isto, só se os conseguirem apanhar, o que vai obrigar os pais a fazerem exercício, promovendo a sua saúde.

5 - Os supermercados, bombas de gasolina e outras áreas comerciais vão ter de desenvolver novos sistemas de segurança e dar emprego a mais seguranças, para garantirem que os produtos vão continuar a ser vendidos e não apenas "levados sem o conhecimento dos proprietários".

6 - Os exames que os jovens fazem no final do ano (marcado pelo absentismo) vão ser tão fáceis que toda a gente vai passar e, a nível europeu, as nossas estatísticas de sucesso escolar vão ser as melhores.

Aqui fica uma história pessoal: quando eu andava na escola primária, ouvia os professores dizerem que iam passar o aluno X ou Y apenas porque não tinham paciência nem saúde para continuarem a aturá-lo; no 12.º ano, tive uma colega que, em todos os testes de Matemática que fizémos, tinha notas que variavam entre o 2 e o 6 e, no final do ano, a professora deu-lhe 9,5 porque achou que ela "merecia uma oportunidade". Além disso, costumo ver os exames de acesso ao ensino superior e estão cada ano mais fáceis.

Como podem ver, o facilitismo sempre existiu, simplesmente agora está regulamentado. Não quero pôr-me para aqui com conversas do tipo "no meu tempo é que era bom", mas a verdade é que vejo os alunos serem cada dia mais estúpidos, aos mais diversos níveis. Isto acontece porque os pais acham que a escola é que deve educar, quando à escola só cabe ensinar e, infelizmente, nem ensinar a escola consegue.

Depois fazem-se caças às bruxas para ver de quem é a culpa quando as merdas acontecem. Eu acho que devíamos deixar as bruxas sossegadinhas, que elas não fazem mal a ninguém e começar a caçar estúpidos. Eles também andam aí... e a maior parte está na assembleia.

publicado por bonecatenebrosa às 15:56
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Terça-feira, 30 de Outubro de 2007

Presto, Skip, Omo, Ariel, Xau, tudo serve!

Só não meto isto numa 6.ª Sobrenatural porque enfim... Mas vejam lá se um gajo de século XIX não sabia à partida no que ia dar o governo do Sócrates.

No seu livro, O Conde de Abranhos, Eça de Queirós escreve: "Este governo não cairá porque não é um edifício, sairá com benzina porque é uma nódoa".

Vá pessoal, tudo a comprar benzina!

publicado por bonecatenebrosa às 19:26
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Segunda-feira, 29 de Outubro de 2007

Mundinho de fantasia

Vi hoje um videoclip que já não via há imenso tempo e que adoro. É o The Joker do Fat Boy Slim. A música não é nada transcendental, mas o videoclip é um espectáculo. Gosto particularmente do polícia, dos trolhas e do sem-abrigo, mas a minha cena preferida é quando eles vão comprar catnip (erva para gatos). Aqui fica:

http://www.youtube.com/watch?v=Xgk9ouBuj-4

publicado por bonecatenebrosa às 14:40
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Domingo, 28 de Outubro de 2007

O princípio do fim

Notícia do Sapo: "Estudo detecta defeito de fabrico no universo. Um estudo publicado hoje na revista Science por uma equipa espanhola e britânica liderada por Marcos Cruz, do Instituto de Física de Cantábria, diz que a causa de uma mancha fria, uma zona do espaço onde parece não existir nada, é um defeito que remonta à origem do Universo".

Vocês não conseguem ver, mas eu já estou a fazer a dança do fim do mundo! Nem vale a pena tentarem imaginar como é porque nada do que imaginarem será suficientemente ridículo... Só há uma coisa que me chateia no fim do mundo: é que se for uma coisa demasiado rápida (estilo o planeta Terra ser sugado para dentro de um buraco negro) eu não me vou aperceber e não vou poder desfrutar completamente do fenómeno.

Tenho um amigo que diz "A maior parte das pessoas gostava de ter uma morte rápida e indolor mas eu não, eu quero que seja lenta e dolorosa para ter bem a noção de que estou a morrer". Poderíamos ficar aqui horas a fio a reflectir sobre a sanidade mental dos meus amigos but that's not the point. Eu não chego ao extremismo dele mas, quando fosse o fim do mundo, também gostava de ter a noção disso. No final de contas, só vamos vivê-lo uma vez...

publicado por bonecatenebrosa às 13:41
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Sexta-feira, 26 de Outubro de 2007

6.ª Sobrenatural - "Combustão humana espontânea"

"Em 6 de Janeiro de 1980, John Heymer, um funcionário da polícia a trabalhar no CID de Gwent, foi chamado a um incêndio numa casa de Ebbw Vale, onde deparou com a parte inferior das pernas de Henry Thomas, de 73 anos de idade. O resto do corpo fora reduzido a uma pilha de cinzas.

Heymer ficou perplexo. Os fogos mais violentos que testemunhara anteriormente deixavam muitos mais vestígios do que aquilo. As chamas deviam ter sido ferozes... mas a carpete e tapete onde a vítima ardera nem sequer estavam chamuscados fora dos limites do corpo. Concluiu que o corpo do homem devia ter contido pelo menos 45 litros de água e que as roupas incendiadas deveriam ter sido a causa da tragédia.

Contudo, o relatório do patologista concluiu que «o centro do fogo foi o próprio corpo.» Iniciara-se no abdómen - quando a vítima ainda estava viva - e avançara para o exterior. Depois de se reformar da polícia, Heymer lançou-se num estudo sobre casos recentes de combustão humana espontânea.

Acabou por se convencer que o «efeito de vela», em que o corpo humano arde como um pavio incendiado por uma faísca externa e que era verdadeiramente considerado como a causa para a combustão humana espontânea, não passava de uma falsidade. Concluiu que, nos cinco casos que investigou, «as chamas foram ferozes e alimentadas a gás».

Um dos melhores documentados casos de combustão humana espontânea foi o da Sr.ª Mary Reeser, de 67 anos, que morreu no seu apartamento em St. Peterburg, Flórida.

Quando a senhoria entrou no apartamento com a ajuda de dois operários, todos sentiram um calor intenso. Para seu grande horror, depararam com os restos da Sr.ª Reeser.

O calor reduzira-lhe o crânio às dimensões de uma bola de basebol, o pé esquerdo estava intacto, mas ardera pelo tornozelo. No pé, sem ter sido tocado pelo fogo, havia uma chinela de cetim. Aparentemente, a Sr.ª Reeser encontrava-se no seu cadeirão quando o fogo começara. O cadeirão estava completamente destruído mas um jornal, junto do corpo, continuava perfeitamente intacto.

O inquérito concluiu que a temperatura das chamas devia ter atingido os 1730 graus centigrados, mas o fogo não se alastrara mais do que alguns centímetros em volta do corpo.

Um notável antropólogo e especialista em medicina legal, o Dr. Wilton Krogman, da Faculdade de Medicina da universidade da Pensilvânia, afirmou: «Considero que se trata da coisa mais espantosa que jamais vi. Quando penso no assunto, sinto os pêlos da nuca a porem-se em pé. Se vivessemos na Idade Média... murmuraria qualquer coisa a respeito de magia negra.»"

 

História do sobrenatural

Karen Farrington

publicado por bonecatenebrosa às 10:57
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Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007

Publicidade

Um grande obrigado à amiga que me mandou este mail.

Um representante da Delta Cafés reúne-se com o Papa e depois de passar por todo o protocolo solene, apresenta os motivos que o levaram lá: "Santo Padre, compreendendo a dificuldade de pôr em prática aquilo que lhe vou pedir, mas estou autorizado a oferecer 50 milhões de euros para as vossas obras religiosas e, em troca, sua excelência passaria a dizer na missa «o café nosso de cada dia nos dai hoje» em vez de «o pão nosso de cada dia nos dai hoje»".

O Papa ficou escandalizado: "É a palavra do Senhor, não posso alterá-la!", ao que o representante da Delta acrescenta "Já calculava que Sua Santidade iria ficar relutante, pelo que estou em condições de oferecer 100 milhões de euros".

"Nem pensar, a palavra do Senhor não é negociável!", diz o Papa, ao que o representante da Delta responde "Bom, a minha última oferta são 500 milhões de euros. Só tem que trocar «pão» por «café» e passará a dispor de 500 milhões de euros para obras religiosas". Ainda desconfortável com a proposta, o Papa resolve considerá-la.

Após uma noite de meditação, no dia seguinte reúne o seu Conselho e anuncia: "Tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que vamos receber 500 milhões de euros para obras religiosas. A má é que vamos ter de cancelar o nosso contrato com a Panrico".

publicado por bonecatenebrosa às 11:46
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Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007

O Crime do Padre Amaro até era pacífico

Diário de Notícias de dia 22: "Era para ser uma reunião preparatória da visita do arcebispo de Braga à freguesia em Dezembro. Mas o povo não se entende sobre a condução da paróquia, dividido entre o actual padre e o anterior, e o encontro acabou em pancadaria, agressão com arma branca e uma freguesia de ânimos crescentemente exaltados. Tudo aconteceu em S. Cristóvão de Selho , Guimarães, no sábado à noite, mas ainda ontem durante a tarde não se falava noutra coisa na localidade.
O desfecho da reunião não parece ter surpreendido ninguém. No local, poucos querem dar grandes conversas a estranhos sobre o assunto, mas lá vão dizendo que «estava-se mesmo a ver que ia acabar nisto». O encontro, convocado pelo padre Manuel - que assumiu os destinos da paróquia depois de o anterior pároco ter ido embora -, tinha como razão preparar a vinda de D. Jorge Ortiga, no próximo dia 16 de Dezembro. O salão paroquial estava cheio e havia mesmo gente de fora. Centenas de pessoas estariam presentes.
Ao padre Manuel, que conduzia o encontro, não falta quem lhe aponte o facto de ser autoritário e quem diga ainda que usou uma linguagem agressiva. Certo é que a discussão agudizou-se e a população envolveu-se em acesa troca de palavras. Depois há versões diferentes para a agressão com arma branca que levou à intervenção da GNR. Há testemunhas que garantem que o homem, de 70 anos, apenas se queria defender devido à proximidade de uma cena de pancadaria que começou a seu lado. Outras garantem que ele pretendia ofender umas «senhoras» e o que o homem, de 45 anos, que acabou ferido, se meteu no meio em defesa das mulheres.
A confusão, que terá começado por volta das 21.00 de sábado, só acabou cerca de uma hora depois quando chegou a GNR, que confirma a existência de desacatos no local, mas recusa fornecer mais pormenores. Apenas garante que o agressor foi identificado.
A paróquia de S. Cristóvão de Selho vive dias agitados desde que o padre Francisco - que, segundo alguns residentes, era muito querido pela população - saiu para outras funções. Ao novo pároco, que assumiu os destinos da comunidade há pouco menos de um mês, contestam-lhe os métodos «antiquados» e a nova forma de organização que procurou impor aos paroquianos."

Ponto 1 - Se ninguém está surpreendido, porque é que isto é notícia? Se as pessoas já sabiam que a reunião ia acabar em pancada, porque é que lá foram? O povo gosta de desacatos...

Ponto 2 - Qual é o mal do padre ser autoritário e usar métodos antiquados. A igreja católica tem pouco menos de 2000 anos de existência, logo é antiquada. E não me lembro de ouvir dizer que Deus discutiu democraticamente os 10 mandamentos com o povo antes de os implementar. Logo, o padre autoritário e antiquado é a personificação da religião que representa. Se não gostam, convertam-se ao Islão!

Ponto 3 - Quando uma cena de pancadaria se aproxima de mim, eu não me defendo à facada. Limito-me a ir-me embora. E também nunca ouvi falar de gente que usasse facas para ofender os outros, a menos que seja para ofender a integridade física deles.

Ponto 4 - Há quantos anos não havia pancadaria naquela paróquia? Se for há mais de 3 não há problema, conforme se pode ver no post anterior. Se for há menos de 3, os paroquianos têm todos os motivos para se divorciarem da paróquia. E se calhar é o melhor que têm a fazer se quiserem continuar inteiros.

publicado por bonecatenebrosa às 14:00
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Domingo, 21 de Outubro de 2007

Passa cá por casa, mas só de 3 em 3 anos

O Monsenhor Luciano Guerra, sacerdote da igreja católica, disse recentemente que em determinadas circunstâncias o divórcio era aceitável. Homem progressista! Assim mesmo é que se fala. Aliás, já pensaram bem na quantidade de problemas que um homem corajoso como ele pode arranjar na hierarquia da igreja por dizer uma heresia destas. Caramba, é preciso tê-los no sítio...

A seguir exemplificou que uma dessa situações era quando uma mulher é vítima de violência doméstica todos os dias. E sublinha "todos os dias". Sim, porque depois acrescentou que, se só levasse um murro de 3 em 3 anos, se calhar não se justificava pedir o divórcio. Desculpem lá, eu não quero chatear ninguém com picuinhices, mas gostava que o senhor fosse um bocadinho mais específico. E se for um estalo de mão aberta uma vez por mês? E se for um pontapé nos rins de 5 em 5 anos? E se for um puxão de cabelos semanal? E se, uma vez na vida, num momento de loucura, tentar matá-la à machadada? E se for ao contrário e for a mulher a dar um murro ao marido de 3 em 3 anos?

Convém definir estas coisas. Se sabemos que, por vezes, os casamentos falham por falta de comunicação, vamos comunicar agora para que um dia o sagrado matrimónio não falhe por falta de porrada.

Agora lembrei-me que como os padres não casam, não podem desfrutar dessa maravilha que é o espancamento. Se fizerem muita questão, eu não me importo que venham cá a casa de 3 em 3 anos para eu os esmurrar. Seria para mim um martírio, mas como o martírio também é enaltecido pela igreja católica, ao menos assim a minha entrada no reino dos céus estaria garantida. Aleluia!

publicado por bonecatenebrosa às 15:10
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Sábado, 20 de Outubro de 2007

Sabia que eras burro, mas não comediante

O presidente Bush (ou arbusto) andou a dizer por aí que a única maneira de evitar a 3.ª Guerra Mundial era impedir o Irão de desenvolver armas nucleares. Admira-me como é que ele conseguiu acertar naquele que seria o número da guerra. Mostra que ele sabe que já houve duas guerras antes, o que é estranho considerando a pessoa de quem estamos a falar.

De qualquer modo, este discurso produziu em mim uma súbita sensação de déjà vu. Tenho a impressão que, antes da invasão do Iraque, tinha ouvido o mesmo presidente dizer que havia aí armas de destruição maciça e, a não ser que algo me tenha escapado, parece-me que não encontraram lá nada... a não ser petróleo.

Por outro lado, ainda não percebi muito bem a legitimidade dos EUA para falar de armas nucleares e guerras mundiais. Se a memória das aulas de História não me falha, os EUA foram o único país até hoje que usou armas nucleares para fins bélicos, precisamente durante a 2.ª Guerra Mundial. É bonito quando uma pessoa tem medo que os outros países façam aquilo que o seu próprio país já fez e, por isso, ameaçam repetir os mesmos erros do passado. Isto é que é aprender com a experiência!

Por fim, há algum tempo, vi no youtube um vídeo em que faziam perguntas de cultura geral à população americana. Foi cómico vê-los com um mapa à frente, a situarem o Irão no local onde fica a Austrália. Acho que era boa ideia os australianos ficarem de sobreaviso, só para a eventualidade de lhes cair uma bomba americana em cima, quando os iranianos começarem a desenvolver armas nucleares...

publicado por bonecatenebrosa às 14:24
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Sexta-feira, 19 de Outubro de 2007

6.ª Sobrenatural - "Tiros na noite"

"Apesar de ser raro, os fantasmas podem ser mortíferos. Um espírito malevolente assombrou o n.º 50 de Berkeley Square, em Londres, e provocou várias vítimas. Tanto os sucessivos proprietários como os vizinhos ficavam alarmados com os estrondos e pancadas provocados pelo fantasma, que começaram a ouvir-se depois da morte, em 1827, de um dos ex-proprietários, o primeiro-ministro britânico George Canning.

O aristocrata Sir Robert Warboys garantiu que passaria uma noite no quarto mais assombrado da casa, no primeiro andar. Tratou-se de uma causa célebre entre os seus amigos, pelo que todos se reuniram na casa naquela noite. Armado com uma pistola e com uma sineta para pedir ajuda, retirou-se para a cama às 11:45, afirmando: «Meus caros amigos, estou aqui para provar que não há fantasmas, pelo que este vosso pequeno alarme não irá ser preciso. Desejo-vos uma boa noite».

Apenas quinze minutos depois, a sineta tocou loucamente. Antes de alguém lá conseguir chegar, também se ouviu um tiro. Os cavalheiros ali reunidos precipitaram-se para o quarto e encontraram Warboys morto, na cama, com o rosto contorcido de horror. Disparara a arma contra o que quer que fosse que o enfrentara, mas sem resultado.

Em 1878, houve outro nobre que decidiu dormir no mesmo quarto assustador. Lorde Lyttleton levou consigo duas armas, uma das quais carregada com moedas de prata de seis pennies, que eram consideradas um amuleto contra o diabo. Quando o espectro se aproximou, disparou as moedas e a aparição desapareceu. O incidente levou-o a investigar a história da casa e descobriu que, para além de Warboys, também outras duas pessoas haviam morrido ali, aparentemente após uma visita do fantasma.

A fatalidade final teve lugar em 1887. Dois marinheiros, Edward Blunden e Robert Martin, do HMS Penelope, descobriram-se na nevoenta Londres, na noite de Natal, sem terem para onde ir. Uma tabuleta que dizia «Aluga-se» revelou-lhes que o n.º 50 de Berkeley Square estava vazio e entraram. Por acaso, foram parar ao quarto em que Warboys morrera. Martin adormeceu, mas Blunden sentiu-se cada vez mais nervoso. Deu uma cotovelada a Martin e acordou-o a tempo de poder ver uma negra aparição a entrar no quarto. Quando Blunden tentou agarrar numa arma, o fantasma foi direito a ele, o que permitiu que Martin se escapasse. O marinheiro correu até encontrar um polícia. Quando o par regressou à propriedade, descobriram o corpo de Blunden na base das escadas da cave, com o pescoço partido e os olhos muito abertos."

 

História do sobrenatural

Karen Farrington

 

Eu não podia deixar passar a oportunidade de dizer isto: a aristocracia britânica é composta por uma cambada de inúteis sem nada melhor para fazer do que andar a chatear fantasmas que, pelos vistos, só querem ficar descansadinhos nas suas casas. Se eu fosse fantasma também matava esses filhos da mãe!

publicado por bonecatenebrosa às 12:50
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Quinta-feira, 18 de Outubro de 2007

Olhe que não, senhor.

Vou fazer uma das revelações mais vergonhosas da minha vida: sim, houve um dia em que delirei com o Cristiano Ronaldo! Tudo tem uma justificação. Eu estava doente, com febre, a delirar, e entre inúmeras outras coisas sem sentido, delirei com o Cristiano Ronaldo. É um estigma e um trauma que me vão acompanhar para o resto da vida, mas paciência...

No entanto, tenho a certeza que neste aspecto sou invejada por muita gente. Não em relação a estar doente e com febre, mas em relação ao delírio com o Cristiano Ronaldo. Posto isto, quando vi o anúncio do BES em que ele aparece a dizer que se não saísse do colchão, não rendia, eu permiti-me discordar.

É um facto que será difícil ele render tanto no colchão como rende a jogar no Manchester, principalmente porque é pago para jogar, e não para ficar no colchão. Ainda assim, conhecendo as declarações da "acompanhante" que ele contratou há algum tempo sobre o seu desempenho sexual, e sabendo da quantidade de meninas e meninos que não se importariam de passar algum tempo com ele no colchão (quem sabe a olhar para as estrelas, a discutir o substrato sociológico dos Morangos com Açúcar ou a cantar o bailinho da Madeira), atrevo-me a sugerir que, um dia, quando já não tiver pernas para o futebol, ganhe mesmo a vida no colchão. Pode ser que renda.

publicado por bonecatenebrosa às 12:52
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Quarta-feira, 17 de Outubro de 2007

És tu e a Angelina Jolie...

No Diário de Notícias de hoje, vem uma notícia segundo a qual Kate McCann diz que é perseguida pelo seu aspecto, porque "se fosse mais gorda, tivesse mais peito e um ar mais maternal, as pessoas seriam mais simpáticas".

Permitam-me a correcção: Se a filha de 3 anos da Sra. Kate não tivesse desaparecido na sequência de um comportamento negligente da parte dos pais que, por sua vez, apresentaram uma história com mais buracos que um queijo suíço, ninguém estaria a "perseguir" a Sra. Kate.

Além do mais, o aspecto não é desculpa. A Angelina Jolie é mãe de 4 putos e não vejo ninguém a persegui-la por ser gira (ou bem boa, como diriam alguns). Talvez seja porque, até agora, nenhum dos putos dela desapareceu...

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Terça-feira, 16 de Outubro de 2007

Cedências governamentais

Num estudo elaborado pela Faculdade de Medicina do Porto, cerca de metade dos idosos que constituíam a população de estudo mostraram ser a favor da eutanásia.

Ao saber disso, o governo, provavelmente contra a sua vontade inicial, decidiu aumentar o IRS aos pensionistas que ganham mais de 630 euros por mês. Não sei quantos idosos morreram de susto desde aí, mas ninguém pode criticar o governo por não fazer a vontade ao povo...

publicado por bonecatenebrosa às 12:50
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Segunda-feira, 15 de Outubro de 2007

Meu amor, não nos deixes!

Com este post estou a participar no passatempo do http://arcebispodecantuaria.blogs.sapo.pt/.
Meu amor, não nos deixes!

Há já muito tempo que eu deixei de me enojar facilmente e isto também é válido para os restaurantes e respectivas cozinhas. No sítio onde vivo, há um restaurante que é considerado pelos guias Michelin como um dos melhores, tem várias estrelas e, no entanto, na época das inundações, é ver as baratas a fugirem de lá...

Deixei de me preocupar porque, a bem da verdade, quando se vai a um restaurante, nunca se sabe muito bem o que se está a comer, nem o que o cozinheiro coçou antes de preparar a comida, nem se o empregado de mesa espirrou para cima do prato, etc. Do mesmo modo, deixar de comer fora também não é grande solução, porque eu não sei como é tratada a comida que compro para ter em casa. Sei lá se o talhante ou a peixeira têm febre tifóide e se o funcionário fabril que embalou as bolachas ou pôs os rótulos nos iogurtes tem ébola! Consequentemente, e como não posso viver sem comida nem posso ter uma horta, recuso-me a ficar paranóica por causa disto. Tenho mesmo que comer e calar.

Esta conversa toda para dizer que, recentemente, fui com a minha mana a um restaurante onde já temos ido outras vezes mas, desta feita, quando tirei o guardanapo de cima do prato, estava lá uma baratinha morta. Era mesmo pequenina, quase parecia um bicho-de-conta, não era daquelas cascudas e viscosas, e acho que isso pesou na nossa reacção calma e controlada. Afinal de contas, devemos algum respeito a criaturinhas que já cá andavam antes de nós, que continuam vivas algum tempo depois de decapitadas e que resistem à radiação.

Levantei-me e levando o prato (e a barata) comigo, dirigi-me a um funcionário, a quem entreguei o prato e, tranquilamente, pedi outro. Ele desfez-se em desculpas (devia era ter feito um desconto no final), deu-me outro prato e a coisa ficou por ali.

Mas agora dei por mim a pensar: e se nós, por sermos clientes habituais, tivemos o privilégio de sermos apresentadas à mascote do restaurante e não lhe demos o devido valor? Pior ainda: ela estava morta! E se eles acharem que nós lhes matamos a mascote? Imaginem o sofrimento deles: "Etelvina, minha baratinha de estimação, fala comigo. Volta Etelvina, não nos deixes, por favor. Aquelas malvadas mataram-te mas nós vamos vingar a tua morte!". Não sei porque me lembrei de chamar a bicha de Etelvina, as Etelvinas que me desculpem, mas já pensaram na tristeza de perder assim uma mascote que nos é querida?

Bolas, por causa deste meu coração de manteiga já estou com lágrimas nos olhos...

publicado por bonecatenebrosa às 12:34
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Domingo, 14 de Outubro de 2007

É melhor ficares caladinho...

Isto não há melhor que os noticiários para vermos coisas cómicas. Nas notícias do SAPO diz que "O Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, apelou hoje à «rebelião» dos cristãos face aos «senhores destes tempos» que exigem o seu silêncio «invocando imperativos de uma sociedade aberta»".

Comunista de um raio! Diz-me lá onde fica a tua sede sindical para eu mandar a polícia ir lá passar revista. Onde é que já se viu, andar aí a apelar à rebelião? Todos a portarem-se como carneirinhos é que é bonito! Ai, querem ver que o Estado e a Igreja ainda se chateiam... 

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Sábado, 13 de Outubro de 2007

A revolta dos frustrados

Com este post estou a participar no passatempo do http://arcebispodecantuaria.blogs.sapo.pt/.
A revolta dos frustrados

É assim que chamo às praxes.

Poderia acabar já este post porque, de certa forma, já está tudo dito. Mas achei que devia tecer mais alguns comentários. Quando fui caloira, não fui particularmente massacrada pelos chamados veteranos ou, na minha interpretação, sujeitos que reconhecem as dificuldades inerentes ao mercado de trabalho e optam por acumular reprovações de modo a nunca abandonarem a faculdade, envelhecendo lá ao ponto de serem confundidos com professores catedráticos e sobrecarregando as famílias com o pagamento de propinas. Como tudo tem o seu lado positivo, conhecem a fundo o sistema de ensino e, em caso de ataque nuclear, sabem quais são os recantos da faculdade que mais se assemelham a bunkers para se esconderem.

Voltando à linha de raciocínio que interrompi, apenas fui apanhada uma vez e só não me recusei a ser praxada porque a praxe consistia apenas em ter a cara pintada e cantar a música que celebrizou o Calimero e a Abelha Maia. No entanto, quando tomei a iniciativa de abandonar o recinto e fui confrontada por uma criatura que dizia "olha que depois vais a tribunal de praxe", limitei-me a responder "está bem". A menos que tencionem vir-me buscar a casa agora que já estou licenciada, penso que me safei e nunca fui a tribunal nenhum...

Quando aparecem mais criaturas daquele tipo a falarem dos benefícios da praxe porque, dizem eles "facilita a integração", eu pergunto "até que ponto nos queremos integrar com aquela gente?". Não tive falta de amigos na faculdade, não conheci nenhum desses amigos durante a praxe e, tanto quanto sei, muitos nem sequer foram praxados. Não éramos considerados totós, não fomos rejeitados por ninguém. Aliás, se alguém me rejeitou sem que eu reparasse, desculpem lá a arrogância, mas essa pessoa é que ficou a perder.

No fundo, a praxe mantém-se porque uma quantidade de idiotas quer libertar as suas frustrações e outros idiotas não têm coragem para se afirmar, mesmo que às vezes sejam em número superior. E no meio disto tudo, vamos tendo casos de polícia que não chegam a lado nenhum e que ainda agravam mais os problemas causados às vítimas porque estas, no fundo, a partir do momento em que se matricularam, estavam a pedi-las...

Ora, considerando tudo isto, penso que o senhor primeiro-ministro faz muito bem em apostar nas novas oportunidades. Assim, quem desistir do curso porque não está para passar o primeiro ano a ser espancado, pode sempre voltar quando for mais velho e já ninguém achar que ele é caloiro. De qualquer modo, se a ideia é pagar o curso e ficar desempregado, se calhar mais vale desistir do curso e ficar inteiro...

publicado por bonecatenebrosa às 14:14
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Sexta-feira, 12 de Outubro de 2007

6.ª Sobrenatural - "Saltos na criação - anomalias"

"Pouco depois de ser descoberto em 1927 em Lubaantun, Honduras Britânicas, [o crânio de cristal reproduzido em baixo] tornou-se conhecido como o Crânio do Destino, e sucessivos relatos relacionaram-no com várias mortes inexplicáveis.

Para os observadores científicos, o mistério essencial do crânio é de carácter logístico: como apareceu ele no templo Maia de 1000 anos de idade onde foi encontrado? Esculpido numa peça única de raro cristal de quartzo, a cabeça (que apresenta 13 cm de altura e um peso superior a 5 kg) parece uma realização impossível para os Maias desaparecidos. Prismas ocultos na base e lentes polidas à mão inseridas nos olhos combinam-se para produzir uma luminescência ofuscante.

No entanto, os investigadores não descobriram quaisquer provas de que o crânio tivesse sido executado com utensílios modernos. De facto, a estrutura cristalina do crânio não foi respeitada aquando da criação do mesmo, o que elimina a hipótese de intervenção de qualquer lapidário moderno. Será o crânio uma fraude ou uma prova de que a tecnologia Maia estava consideravelmente mais avançada do que geralmente se supõe? Como muitas anomalias, o crânio suscita mais perguntas do que respostas.

Este crânio de cristal de quartzo (...), configuração feminina e afamado por possuir poderes sobrenaturais poderá ter servido como oráculo divino na cultura Maia, há mais de 1000 anos. Embora o exame da superfície exterior do crânio e da sua estrutura interna pareça confirmar a antiguidade da sua origem, o desenho do artefacto sugere conhecimentos de óptica inacreditavelmente avançados e uma extraordinária técnica de lapidação."

 

Fronteiras do desconhecido

Selecções do Reader's Digest

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Terça-feira, 9 de Outubro de 2007

Para o vosso bem, fiquem por aqui

"A Polícia Judiciária desencadeou hoje uma operação no âmbito da investigação de pornografia infantil, que envolve 71 buscas domiciliárias e cerca de 300 agentes em Portugal continental e ilhas.", é uma das notícias de hoje do Sapito.

Para aqueles de vós que são tarados, mas mesmo tarados, tão tarados mas tão tarados que nem sabem o que hão-de fazer de tão tarados que são, fiquem quietinhos em casa à espera que vos batam à porta e tenham medo, muito medo!

Para aqueles de vós que são pessoas com uma sexualidade saudável (ou pelo menos, que não são criminosos), fiquem-se pelo meu blog, que aqui está-se bem. É ameno, acolhedor, trata bem as visitas e ninguém é preso por cá vir. Tudo coisas boas!

publicado por bonecatenebrosa às 12:16
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Segunda-feira, 8 de Outubro de 2007

Homenagem à Premiere

A edição de Outubro é a última da única revista de qualidade sobre cinema existente em Portugal. Parece que, essencialmente, o problema está ligado a questões orçamentais. Acho que, no fundo, esse é o problema de praticamente tudo e todos...

Deixo então aqui a minha homenagem a essa revista, que comprei de uma forma bastante assídua e na qual gostava particularmente da rubrica "Os Dias de Criswell".

 

Embora não tenha nada a ver com o resto do post, aproveito para dizer que estou ligeiramente mais feliz do que é habitual. Já me foi feito o pagamento de um dos vários ordenados que tenho em atraso! Continuo pobre, mas é bonito ver o dinheiro a aparecer quando já achávamos que ele era só uma fantasia...

publicado por bonecatenebrosa às 14:26
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Domingo, 7 de Outubro de 2007

Muito, sem dúvida!

A pergunta de hoje do SAPO é "Ser professor em Portugal é aliciante?". Um comentário: ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah... Ai que me está a faltar o ar... ahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah. Bolas, que grande gargalhada! Há já muito tempo que não me ria tanto.

Ainda se perguntassem: "Ser professor catedrático em Portugal é aliciante?". Isso ainda vá e deve ter sido isso o que pensaram as pessoas que responderam "Sim", porque de resto não estou a ver o que há de aliciante na profissão de professor em Portugal. Há menos riscos na profissão de trapezista sem rede.

publicado por bonecatenebrosa às 13:46
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Sexta-feira, 5 de Outubro de 2007

6.ª Sobrenatural - "Jack dos Saltos de Mola"

"Surgiu das neblinas da noite, dando saltos enormes, o super-homem que manteve uma nação dominada pelo terror durante mais de 60 anos.

A princípio, não passava de um boato. Não despertaram grande interesse as primeiras notícias, divulgadas por pessoas que transitavam por Barnes Common, na zona sudoeste londrina, que afirmavam ter visto um vulto aterrorizante que cruzava o seu caminho atravessando o espaço em grandes saltos. Mas os relatos persistiam, até que foram confirmados de forma pavorosa um ano mais tarde, em Fevereiro de 1838.

Jane Alsop era jovem e atraente. Vivia com duas irmãs e o pai numa ruela de Londres, em Bow, chamada Bearhind Lane. Ouvira falar do homem fantasma a que chamavam Jack dos Saltos de Mola, mas era demasiado sensata para acreditar em tais fenómenos.

Uma noite, porém, bateram violentamente à porta. Jane foi abrir. O homem que se encontrava junto ao portão, oculto pelas sombras da noite, voltou-se. «Sou da polícia - disse. - Pelo amor de Deus traga-me uma luz, pois apanhámos Jack dos Saltos de Mola aqui na rua.»

«Afinal de contas as histórias que se contavam eram verdadeiras», pensou Jane, presa de excitação, enquanto corria a buscar uma vela.

Porém, quando a entregou ao homem que se encontrava ao portão, ele agarrou-a pelo pescoço e enfiou a cabeça da jovem sob o braço. Depois, rasgou-lhe o vestido e arranhou-lhe o corpo. Ela gritou e conseguiu libertar-se. O homem perseguiu-a, agarrou-a pelo cabelo e arranhou-lhe a cara e o pescoço. Uma irmã de Jane, ouvindo-a gritar, correu para a rua e deu o alarme. Porém, antes que alguém o pudesse deter, Jack elevou-se a grande altura e desapareceu na escuridão.

Jane descreveu mais tarde o homem que a atacara aos magistrados de Lambeth. «Usava uma espécie de elmo e um fato branco muito justo, como um oleado. A sua cara era medonha, os olhos pareciam bolas de fogo. As mãos tinham grandes garras, e vomitava chamas azuis e brancas.»

Esta descrição foi numerosas vezes repetida nos anos seguintes. Os saltos, as chamas e os olhos infernais seriam sempre mencionados como pormenores identificativos da estranha personagem.

Lucy Scales, uma jovem de 18 anos, era irmã de um respeitável carniceiro de Limehouse. Acabara de sair, uma noite, de casa do irmão e dirigia-se para a sua com uma irmã quando, ao atravessarem a Green Dragon Alley, uma zona solitária, uma figura de elevada estatura, envolta numa capa, saltou das sombras. Lançou chamas azuis à cara de Lucy, cegando-a.

Durante as décadas de 1850 e 1860, Jack dos Saltos de Mola foi visto por toda a Inglaterra, especialmente nos Midlands.

Na década seguinte, as autoridades do Exército tentaram capturá-lo através de armadilhas, depois de várias vezes um homem saltar da escuridão, aterrorizando as sentinelas ao esbofeteá-las com uma mão gelada ou saltando sobre as suas guaritas. Habitantes de Lincoln, enfurecidos, dispararam contra ele na rua, numa noite de 1877. Como sempre, a personagem misteriosa, deu uma gargalhada e desapareceu.

Actualmente ainda, ignora-se completamente quem - ou o quê - era Jack. Durante algum tempo as suspeitas recaíram sobre o jovem e excêntrico marquês de Waterford. Mas, embora fosse um indivíduo turbulento da sociedade vitoriana, o Marquês Louco, como lhe chamavam, era inofensivo.

Os olhos infernais de Jack foram vistos pela última vez em 1904, em Everton, Liverpool - 67 anos depois das primeiras aparições em Barnes -, onde ele espalhou o pânico numa noite percorrendo as ruas aos saltos, pulando dos pavimentos para os telhados e destes para o chão. Quando alguns dos mais corajosos o tentaram encurralar, limitou-se a desaparecer misteriosamente na escuridão donde viera - e desta vez talvez para sempre."

 

O grande livro do maravilhoso e do fantástico

Selecções do Reader's Digest

 

Bom, agora a minha teoria. Primeiro, este sujeito devia ser escocês ou galês porque, podendo saltar à vontade para a Escócia ou o País de Gales, nunca fez tal coisa, preferindo continuar a atacar em Inglaterra e gostando de provocar as sentinelas do exército de Sua Majestade. Depois, tendo os escoceses o gosto de têm por whisky, não era difícil ele bafejar para uma vela e logo surgirem chamas, o que explica ele cuspir fogo. Tendo ele começado a atacar na década de 50 e, partindo do princípio que já era um homem feito, não admira que o número de ataques tenha diminuído por volta da década de 80: o sujeito já não tinha energia para aquelas cowboyadas e, possivelmente, até poderá ter partido a bacia (a osteoporose é danada). Não podendo andar por aí aos saltos, converteu-se no Jack, o Estripador, que cometeu os seus crimes em 1888. Mas isso implicava sangue e vísceras a mais e, vendo o fim da vida a aproximar-se, já com cerca de 70 anos, despediu-se em beleza com uma última aparição e depois, provavelmente, morreu.

publicado por bonecatenebrosa às 13:15
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Quinta-feira, 4 de Outubro de 2007

Continua a saga da bichanada

Bem, encontrei estes anúncios da Whiskas e, mais uma vez, achei que devia partilhá-los. No primeiro, o rato está a habilitar-se e no segundo lixa-se mesmo. O terceiro é fofinho e carinhoso.

http://www.youtube.com/watch?v=NX22Co8bAVg&mode=related&search=

http://www.youtube.com/watch?v=EM4UH1ogC7k&mode=related&search=

http://www.youtube.com/watch?v=qfmjCNnsUbE

publicado por bonecatenebrosa às 21:50
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Terça-feira, 2 de Outubro de 2007

Roubaram-me a carteira!

Foi criado um serviço chamado Perdi a Carteira, disponível na Loja do Cidadão das Laranjeiras que, à partida, irá facilitar bastante a vida às pessoas que perdem as suas carteiras, ao nível da substituição da documentação.

Tendo em conta que o governo passa a vida a deitar-nos a mão ao bolso, o próximo serviço que devia ser criado é Roubaram-me a Carteira. 

publicado por bonecatenebrosa às 15:47
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Segunda-feira, 1 de Outubro de 2007

A minha vida e os gatos

Encontrei no blog da himitsu (http://hinata.blogs.sapo.pt/) um link para uma página perfeitamente adorável e faço questão de contribuir para a sua divulgação. Aqui fica:

http://www.catish.com.pt/funny/inicio.htm

Sim, eu sou daquelas pessoas que adora gatos. Sim, quando vou a casa de alguém que tenha gatos, perco a cabeça de volta deles e acho piada a praticamente tudo o que fazem, apesar de às vezes eles não me ligarem absolutamente nada.Sim, eu paro no meio da rua quando vejo um gato e começo a fazer "pssst, bichaninho" até ele olhar para mim com aquele ar de quem diz "sim, eu sei que sou giro, agora para de me chatear". Aliás, isto já me causou alguns dissabores porque uma vez ia um senhor indiano a passar e, pela maneira como ficou a olhar para mim, deve ter achado que eu estava a bichanar para ele.  É uma questão de personalidade (dos gatos, não do senhor indiano).

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publicado por bonecatenebrosa às 23:33
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Quem tem telhados de vidro...

A página do SAPO apresenta a seguinte notícia: "A Polícia Judiciária volta a ser posta em causa pela comunicação social inglesa. Numa reportagem que está a passar na Sky, o jornalista de investigação criminal Martin Brunt acusa a polícia portuguesa de ter selado, tardiamente, o apartamento de onde terá desaparecido Madeleine. De acordo com a reportagem, o grande erro da polícia portuguesa foi não ter selado, de imediato, o apartamento, permitindo que o local do crime fosse contaminado."

Infelizmente, a PJ não me paga para defender a sua actuação e, assim sendo, não pretendo fazê-lo. Aliás, acho que o Mr. Martin Brunt, esse génio do jornalismo de investigação criminal, não está a dizer nada que o cidadão português mais ignorante também não diga. Como tal, agradecia que, para a próxima, dissesse algo completamente novo, digno de uma figura reputada. Assim, quem sabe, revelar a verdadeira identidade do Jack, o Estripador. Ah, pois é, a polícia inglesa nunca descobriu... Bloody hell!

publicado por bonecatenebrosa às 11:11
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