Ao que parece, a casa do Sr. Miguel Sousa Tavares foi assaltada e aquilo que mais o preocupa é terem-lhe levado o computador onde tinha "um ano de trabalho". O desespero levou-o a propor que o ladrão lhe devolvesse o computador em troca de qualquer outro bem que possua em sua casa.
O José Eduardo Moniz já deve estar a ver a vida a andar para trás! Provavelmente contava com o próximo livro para adaptar para novela e assim lá vai ter de fazer mais uns episódios para engonhar alguma das novelas actuais.
De qualquer modo, aconselho o Sr. Miguel a ver o roubo pelo lado positivo: só lhe levaram o computador. Podiam ter-lhe levado o maço de tabaco...
Foi criado um serviço chamado Perdi a Carteira, disponível na Loja do Cidadão das Laranjeiras que, à partida, irá facilitar bastante a vida às pessoas que perdem as suas carteiras, ao nível da substituição da documentação.
Tendo em conta que o governo passa a vida a deitar-nos a mão ao bolso, o próximo serviço que devia ser criado é Roubaram-me a Carteira.
Muitos portugueses ficaram indignados quando uma senhora de 75 anos foi acusada de ter roubado um creme no valor de 3.99 euros de um supermercado. Argumentavam algumas pessoas que "coitadinha da senhora, é apenas uma idosa e o produto só custava 3.99 euros". Esquecem-se que no Código Penal não diz em lado nenhum que os crimes de furto e roubo só se verificam quando o delinquente tem menos de 75 anos e os produtos roubados têm valor superior a 4 euros. Se assim fosse, qualquer velhinha poderia ir todos os dias à loja dos 1.5 euros roubar um produto e montar o seu próprio negócio.
A lei existe para ser cumprida e, se ela tivesse mesmo roubado, não era só por ser velha que estava tudo bem. Já basta passarem à frente nas filas para os autocarros e ficarem com os lugares nos transportes, andarem mesmo no meio das ruas a passo de caracol, passarem o tempo a queixarem-se de todos os problemas de saúde que os afligem, usufruírem de descontos em vários serviços, reclamarem que a juventude está perdida e dizerem que devia haver um Salazar em cada esquina!
Aparentemente, a senhora não roubou nada. No entanto, numa das poucas oportunidades em que poderia fazer valer os seus direitos, acusando o supermercado de lhe ter causado danos morais, e recebendo uma indemnização que poderia permitir-lhe comprar todos os medicamentos que lhe fazem falta sem nunca ter de passar necessidades, a senhora prefere ficar quietinha e não ter mais chatices.
Isto não são brandos costumes. São costumes de um país de panhonhas...
. Para a próxima guarda uma...
. Diz que é uma espécie de ...