Domingo, 6 de Janeiro de 2008

O exemplo deve vir de cima

Segundo o Sapo "O papa Bento XVI considerou hoje que só poderá ser instaurada no mundo uma «ordem de desenvolvimento justa e sustentável» se os homens adoptarem um estilo de vida sóbrio e um compromisso para distribuição equitativa dos recursos".

Como eu sou da opinião de que o exemplo deve vir de cima, fico à espera de ver o Vaticano (que é só o estado mais rico do mundo) a dar o exemplo. No dia em que começarem a distribuir pelos pobres o ouro que têm nas igrejas e, principalmente, os cachuchos que o papa costuma usar, pode ser que eu também comece a repartir os meus escassos recursos.

publicado por bonecatenebrosa às 17:13
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Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007

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Um grande obrigado à amiga que me mandou este mail.

Um representante da Delta Cafés reúne-se com o Papa e depois de passar por todo o protocolo solene, apresenta os motivos que o levaram lá: "Santo Padre, compreendendo a dificuldade de pôr em prática aquilo que lhe vou pedir, mas estou autorizado a oferecer 50 milhões de euros para as vossas obras religiosas e, em troca, sua excelência passaria a dizer na missa «o café nosso de cada dia nos dai hoje» em vez de «o pão nosso de cada dia nos dai hoje»".

O Papa ficou escandalizado: "É a palavra do Senhor, não posso alterá-la!", ao que o representante da Delta acrescenta "Já calculava que Sua Santidade iria ficar relutante, pelo que estou em condições de oferecer 100 milhões de euros".

"Nem pensar, a palavra do Senhor não é negociável!", diz o Papa, ao que o representante da Delta responde "Bom, a minha última oferta são 500 milhões de euros. Só tem que trocar «pão» por «café» e passará a dispor de 500 milhões de euros para obras religiosas". Ainda desconfortável com a proposta, o Papa resolve considerá-la.

Após uma noite de meditação, no dia seguinte reúne o seu Conselho e anuncia: "Tenho uma boa e uma má notícia. A boa é que vamos receber 500 milhões de euros para obras religiosas. A má é que vamos ter de cancelar o nosso contrato com a Panrico".

publicado por bonecatenebrosa às 11:46
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Sábado, 14 de Julho de 2007

A minha é melhor que a tua. Toma, toma!

Bem sei que em vários dos meus posts critiquei as religiões de maneira geral e a igreja católica em particular. Assim sendo, pasme-se com aquilo que pretendo dizer hoje.

Recentemente, o papa afirmou que defendia o diálogo e tolerância entre religiões, mas que considerava o catolicismo a única verdadeira religião. Foi o drama, o horror e a tragédia, como diria o nosso "saudoso" Artur Albarran! Todos muito admirados, "como pode o papa dizer uma coisa destas? Valha-nos Deus e todos os santinhos!".

Pois a meu ver, esta foi uma das poucas ocasiões em que o papa não foi hipócrita. Qual seria a lógica de ele ter uma religião e achar que as outras religiões eram tão boas ou melhores que a dele? Se assim fosse, ele optaria por uma dessas religiões...

Sejamos realistas: se eu for comprar um frigorífico (e pondo de parte a questão financeira), eu compro aquele que me parece melhor, não compro aquele que já está avariado, enferrujado e a cair de podre. E se comprar um que não é assim tão bom, à partida será por engano. Ninguém diz "comprei este frigorífico porque olhei para ele e vi que era a maior porcaria à venda naquela loja".

Com as religiões não será muito diferente. Quando uma pessoa opta por uma religião, claro que a escolhe porque aquela parece-lhe ser a melhor. Se o papa dissesse "Sou católico mas acho que todas as religiões são igualmente boas", que desculpa é que ele tinha para ser católico? Mais ainda, que argumento é que ele poderia usar para tentar catequizar ovelhas tresmalhadas como eu? Não é que resulte (falo por mim), mas a tentativa é de louvar.

publicado por bonecatenebrosa às 14:28
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Domingo, 27 de Maio de 2007

Parem outra vez tudo o que estão a fazer

Desculpem lá. Eu calculo que sejam pessoas ocupadas e que tenham mais o que fazer do que estar a dar-me atenção mas, se o que estão a fazer fosse mesmo importante, também não iam parar só porque eu pedi, certo? Além do mais, e modéstia à parte, é melhor fazer uma pausa comigo do que com o KitKat.

Não pude deixar de sentir comichão quando vi que o papa ia receber os pais da Madeleine. Podia voltar a falar sobre os desígnios de Deus, mas acho que já disse tudo o que pensava sobre isso em posts anteriores por isso, se quiserem saber, podem sempre lê-los. Resta então falar sobre o comportamento do papa.

Parece-me que o papa tem falta do que fazer. E isto acaba por ser a lógica da batata. De facto, não o vejo a fazer muita coisa e, na maior parte das vezes, até prefiro que assim seja: já que não ajuda, ao menos que não atrapalhe... Agora, o que me parece é que isto não é uma manobra dos pais da Madeleine para que o caso permaneça mediático. Penso que, no fundo, é sim uma manobra do papa para ter publicidade.

Só que, partindo do princípio que o papa segue a vontade de Deus e que Deus é justo (um pressuposto que eu própria questiono), deveria agora receber os pais de todas as crianças desaparecidas e não só aquelas que desaparecem em países europeus, supostamente desenvolvidos (outro pressuposto questionável). Deveria receber também aquelas que desaparecem na Ásia, em África e na América do Sul. Mas talvez o papa ache que ia ficar assoberbado com tanta recepção às famílias e, assim sendo, é melhor dar prioridade aos pais de criancinhas brancas, loiras e de olhos azuis. Afinal, há que ter critérios e só Deus sabe porque é que gosta tanto de lixar algumas áreas do globo.

publicado por bonecatenebrosa às 21:04
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Sábado, 12 de Maio de 2007

Arriscar a vida e o limbo

Sei que o título é estranho mas tudo tem uma explicação. Há algum tempo, estava eu a ver um episódio da Buffy, a Caçadora de Vampiros (quando dava nas madrugadas da SIC generalista, em alternância com o Walker, o Ranger do Texas), quando o Spike, uma das personagens, dizia algo do tipo "to risk life and limb " que o tradutor inteligentemente traduziu como "arriscar a vida e o limbo", ao invés de "arriscar a vida e um membro".

Não vou começar a falar de todas as gaffes cometidas por tradutores, até porque andam por aí muitos profissionais de qualidade que não pretendo ofender com os disparates dos outros. Além disso, para quem se interessar por esse tema, recomendo que leia a rubrica "Os Dias de Criswell " na revista Premiere, que fez uma recolha de exemplares bastante interessante.

Serve então este post para dizer que, por decreto do papa, as crianças que morrerem sem serem baptizadas já não arriscam uma vida após a morte no limbo. As crianças mortas agradecem! Agora a minha questão é: será que o limbo nunca existiu e a igreja católica enganou-se (oh valha-nos Deus!) ou será que Deus, por decreto do papa, vai mandar encerrar o limbo que sempre existiu? Estas dúvidas filosóficas dão cabo de mim.

publicado por bonecatenebrosa às 16:50
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