Hoje é um dia mau para o Benfica e os benfiquistas. Provavelmente pensaram que nada podia ser pior que a exibição do Sporting contra o Barcelona, em que o Sporting perdeu por 5-2, apesar de ter marcado 4 golos contra apenas 3 do Barcelona.
Eis senão quando o Benfica está a comer 5-1 contra o Olimpiakos. Assim se vê como o pessimismo é uma arte com sentido: as coisas podem sempre piorar.
Há poucos dias, Blatter, presidente da FIFA, ao referir-se à pressão do Manchester United para manter lá o Cristiano Ronaldo, disse que aquele era um exemplo da escravatura moderna.
Aqueles de vós que associavam escravatura moderna ao tráfico de pessoas para fins de exploração laboral ou sexual, desenganem-se que não é nada disso. Aqueles que pensam em escravatura quando se fala de portugueses que vão para a Espanha ou Holanda ser explorados e mantidos em cativeiro, esqueçam que estão redondamente enganados. Ou mais recentemente a história da embaixada dos Emirados Árabes na Bélgica que parece que tinha lá raparigas em situação de escravatura, também está a simplificar a realidade. Nada disto é escravatura!
A escravatura moderna real acontece no futebol. Os jogadores assinam contratos por vários anos em vez de assinarem somente contratos de 1 ano. Recebem ordenados milionários em vez de receberem apenas o ordenado mínimo. Treinam umas manhãs e jogam a sério uns dias por semana em vez de trabalharem das 9 às 17 todos os dias e, às vezes aos fins de semana. E isto sim, é escravatura!
Será que o Cristiano não sabe ler e assinou o contrato desconhecendo as condições do mesmo? Será que ele não tem dinheiro para pagar a rescisão do contrato? Será que ele está preso numa sanzala e quando se porta mal é amarrado ao tronco e açoitado?
De facto a vida de jogador de futebol é triste e injusta... pelo menos para aqueles que não ganham tanto como eles e não têm condições para abandonar os seus empregos de miséria. O senhor Blatter que vá tomar os medicamentos e o Cristiano que vá participar numa orgia para afogar as mágoas e não chateiem!
O historiador José Barreto, baseado num texto inédito de Fernando Pessoa, afirma que o poeta encarava Fátima como o lugar mítico da construção do nacionalismo católico e monárquico que ele repudiava. Acrescenta que "é um texto irónico, a roçar a sátira anticlerical, em que Pessoa parece regressar ao extremismo da juventude".
Cada vez mais me convenço que, apesar de toda aquela postura "ligeiramente" esquizofrénica do Pessoa e heterónimos, o homem não era nada parvo e topou a Fátima a léguas. Se ainda fosse vivo, de certezinha que falava do futebol.
Agora reparem só na coincidência (à qual alguns chamariam milagre): as tags deste post são 3 Fs. A bonecatenebrosa escreve direito por linhas tortas (e às vezes fala de si na terceira pessoa, como o Ricardo).
O Sr. Scolari vem dizer que ou os portugueses estão mal habituados ou ele é que é burro e depois pergunta se é mau técnico. Oh Sr. Scolari, não faça perguntas para as quais não quer ouvir a resposta.
É que ser campeão com a selecção brasileira, também metade dos portugueses conseguia. Ser vice-campeão europeu num jogo contra a Grécia, selecção com a qual já tínhamos perdido antes, é anedótico! A obrigação era ser o campeão e não vice. É verdade que conseguimos o apuramento mas as selecções do nosso grupo não eram nada por aí além e 2 em cada 3 jogos parecia que estávamos a dormir.
Se fosse mal pago, ainda tinha a desculpa de estar pouco motivado mas, a ganhar o que ganha, não é para jogar pingolim (que é matraquilho) é para jogar futebol! Acha que estamos a ser muito exigentes? A porta da rua é a serventia da casa.
Vi no Sapo uma notícia que achei digna do Dia das Mentiras: "O francês Michel Platini, presidente da UEFA, pretende combater a violência nos estádios obrigando os espectadores adultos a fazer-se acompanhar de uma criança".
Devem estar a gozar comigo! Não, esperem, isto merece mais pontos de exclamação: !!!!!!!!!!. Pronto, já me sinto melhor. Esta é das ideias mais ridículas que já vi na minha vida. Só podia vir de uma pessoa ligada ao futebol, estes gajos parece que só têm esperteza para subornar árbitros e, mesmo assim, às vezes são apanhados.
Aqui fica o manual para a utilização de crianças no futebol, em 7 passos:
1.º - Se não tem filhos, afilhados, sobrinhos ou qualquer criança na sua família, peça uma emprestada.
2.º - Se não conseguir pedir nenhuma emprestada, vá a um acampamento cigano e alugue uma. Esta ideia não deve ser original minha. Com o jeito que os ciganos têm para o negócio, já deve haver ciganos à porta de algumas repartições de finanças e segurança social e alugar miúdos para o pessoal levar crianças ao colo e assim ter prioridade.
3.º - Se, ainda assim, não resultar, rapte uma. Começo a acreditar que a Maddie desapareceu porque alguém a quis levar ao futebol. A PJ devia começar a procurar em estádios...
4.º - Se o jogo decorrer de forma pacífica, óptimo.
5.º - Se o jogo der para a porrada e você for medricas, use a criança como escudo. Quando chegar à rua e encontrar jornalistas, faça um ar angustiado e chore dizendo que nem a criança foi poupada.
6.º - Se o jogo der para a porrada e você for do tipo educador, mostre à criança, recorrendo a exemplos, as melhores técnicas de agressão e de defesa.
7.º - Se o jogo der para a porrada e você quiser alinhar, use a criança como arma de arremesso; no meio da confusão, ninguém vai perceber quem foi.
Duvido que a ideia do senhor Platini resulte no sentido de diminuir a violência nos estádios. Em compensação, as crianças vão aprender desde muito cedo algumas técnicas de sobrevivência, a selecção natural vai entrar em acção, a medicina pediátrica vai ser a especialidade do futuro e o Carlos do Carmo vai pegar naquela parte d' Os Putos em que diz "E a força de ser criança contra a força de um chui que é bruto" e substituir "chui" por "adepto".
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