Segundo uma notícia do Sol, o sargento Luís Gomes vai dar uma sessão de autografos numa feira de enchidos, a propósito do livro "Amo-te filha - Caso Esmeralda". Isto pouco depois de ter mandado a boca de que o Baltazar devia usar o dinheiro da indemnização (recebida devido ao sequestro da criança) para abrir uma conta em nome da filha.
Mais uma vez sublinho que me é igual ao litro com quem a miúda fica. Por mim até a podem mandar para o casal McCann! Mas serei eu a única pessoa a achar isto profundamente hipócrita? Primeiro ninguém tem que mandar postas de pescada sobre onde os outros gastam o dinheiro, depois porque ele próprio anda a ganhar dinheiro à custa da criança e não tomei conhecimento que tivesse aberto alguma conta em nome dela.
Além do mais, dar autógrafos numa feira de enchidos deve ser deprimente. Já agora, para quando o presépio com a miúda a fazer de menino Jesus, o sargento e a esposa como José e Maria? Também podem pôr a miúda atrás duma vitrine como nas feiras de aberrações que havia noutros tempos e convidar o pessoal para ir lá ver. De qualquer modo, traumatizada já ela deve estar...
Com sorte, pode ser que, quando crescer, a miúda tenha barba e nessa altura é que vai ser vê-la a render no circo Cardinalli como a mulher barbuda!
Não é que ando com os dias trocados e ia pôr a 6.ª sobrenatural hoje, que ainda é 5.ª? Queriam, não queriam? Mas felizmente lembrei-me a tempo e só mesmo amanhã é que há 6.ª sobrenatural.
Entretanto, reparei que uma das questões do Sapo era sobre o que nós achávamos do estado da nação. Quando tentei votar em "mau" o sapo não registou o meu voto. É ou não é censura? Depois venham-me falar das eleições no Zimbabué!
Ah, e a propósito de censura, a Fátima Lopes, o respectivo programa e a produção da SIC vão ser processados pelo pai biológico da Esmeralda por, entre outras coisas, serem parciais e andarem a achincalhar o homem num programa que apesar de ser de entretenimento, supostamente também é de informação.
A Fátima defende-se dizendo que não tem carteira de jornalista (algo que já todos tínhamos percebido) e que tem o direito de exprimir a sua opinião. Agora que ela abriu o precedente, todos temos o direito de achincalhar a Fátima. Só estamos a exprimir a nossa opinião, aquela coisa da difamação que vem no Código Penal não existe porque é só uma expressão de opinião.
De qualquer modo, no lugar do sr. Baltazar e respectivos advogados, eu não levava a Fátima e respectivo programa tão a sério. Provavelmente já repararam que quase todas as pessoas que vão ao programa dela sabem onde está a Maddie e a Joana, de tal forma que até admira ainda ninguém ter encontrado as miúdas. Cada um dá ao programa e respectivos convidados a credibilidade que quer mas eu, que secretamente sei ler a verdade nas expressões faciais de cada um, olho para a Fátima e respectivos convidados e vejo que são só pessoas que querem algum protagonismo sem entenderem grande coisa sobre aquilo de que falam. Mas isto sou só eu a expressar a minha opinião livremente.
Já não posso ouvir falar na triste saga da Esmeralda/Ana Filipa, a pobre menininha que, não sendo órfã, também tem uma vida lixada. Chiça penico! Quando não é a Maddie é a Esmeralda...
Também já não posso ouvir a voz irritante do Eduardo Sá a falar de como a entrega da miúda ao pai biológico vai ser catastrófica e traumatizante. Traumatizante é perder um membro ou ficar tetraplégico num acidente do IP4. Catastrófico é ser espancado pelos pais dia sim dia não, abandonado na roda dos enjeitados ou ver a família toda e o cão, gato e periquito serem dizimados por uma ceifeira mecânica!
Não sei nem me interessa quem tem razão no meio desta trapalhada toda. Se é o pai biológico que não quis saber quando a mãe da miúda engravidou, se é a mãe biológica que em vez de fazer as coisas como deve ser limitou-se a escolher um casal para deixar a miúda e pronto, ou se é o casal que criou a miúda que não tratou da papelada e quando recebeu a ordem para a entregar ao pai, em vez de cumprir, desapareceu com a miúda sabendo, à partida, que mais tarde ou mais cedo, teriam de regressar. Cambada de irresponsáveis, todos eles!
Aqui fica uma solução à Rei Salomão sem a parte de cortar a miúda ao meio (isso seria, de facto, traumatizante): nem o casal nem o pai biológico ficam com a miúda, pinta-se-lhe o cabelo de louro e mandamo-la ao casal McCann dizendo que é a Maddie. Os ingleses param de nos chatear e a miúda é criada num país com muito mais oportunidades que este. É só uma ideia...
Para aqueles que lerem este post e pensarem "esta gaja é mesmo uma vaca insensível" (sim, vão existir, eu sei), fiquem-se com esta informação retirada do Sol: "As crianças com entre 6 e 10 meses de idade diferenciam o resto dos seres humanos entre atractivos e repulsivos, segundo os comportamentos individuais que estes tenham mostrado com os outros (...) os bebés preferem ter a seu lado alguém que ajuda os outros do que alguém que engana ou se mantém impassível perante a necessidade alheia". Tenho grandes dúvidas acerca desta informação mas, a ser verdade, devo ser uma óptima pessoa porque parece que há sempre algum miúdo irritante ao pé de mim.