Ontem, alguns jornais anunciavam, com grande consternação, que as criancinhas que apareciam nas fotografias a testar os computadores que o nosso bem amado primeiro ministro andou a distribuir, estavam a receber 30 euros para fazer aquele trabalho de figuração.
Nem sequer me vou pôr para aqui a falar da questão do trabalho infantil e dos riscos que aquele comportamento poderia ter para a saúde das crianças, desde problemas oftalmológicos até posturais, passando pelos défices no comportamento social, de que está tão na moda falar quando as crianças ficam algum tempo em frente ao computador, ao invés de irem para a rua brincar com os amigos que, se calhar, lhes dão carolos e os convencem a roubar pastilhas da mercearia lá da rua. Ah! A infância... essa bela fase do desenvolvimento, em que só acontecem coisas boas.
A meu ver, o que importa aqui é o seguinte:
1) Onde está o concurso público para recrutamento de crianças? Cunhas, não é? Pois, já sabemos como funciona.
2) Esses 30 euros saíram do bolso de quem? Pergunta estúpida! Está-se mesmo a ver.
3) O que é preciso fazer para ganhar um ordenado mínimo? É que se a testar computadores para a fotografia, ganham-se 30 euros, eu só quero saber o que tenho de fazer ao governo para ganhar aí uns 500. É que, por 30 euros, eu até beijava o Sócrates! E duas vezes, que a vida está cara!
Assim sendo, aqui fica mais uma dúvida existencial: por 30 euros, o que fariam a pedido do governo? Podem votar até dia 4 de Agosto no sítio do costume (na área de votação situada no lado direito). Se aceitassem fazer algo que não está contemplado nas hipóteses, ponham como comentário, que todas as sugestões para sacar uns trocos são bens vindas.
Não é só a Câmara Municipal de Lisboa que vai hoje a votos. Os resultados da votação "Dúvida existencial: o que é pior?" acabaram de sair e estão fresquinhos e a estalar.
Recebi 17 votos, mais do que na última votação (vénia profunda ao meu público fiel), dos quais 9 (52.9%) acham que o pior é "ser optimista". Os restantes votos distribuíram-se equitativamente por "ser realista" e "ser pessimista", cada um com 4 votos (23.5%). Isto quer dizer que hoje já alguém ganhou com maioria absoluta e não foi o António Costa, foi mesmo o optimismo.
Moral da história: o próximo filho da mãe que me criticar dizendo "Ai, és tão pessimista" leva com estes resultados na tromba!
Surgiu-me recentemente outra dúvida existencial. O que é pior: o optimismo, o realismo ou o pessimismo?
Isto vem a propósito de grande parte das pessoas que me conhece dizer que eu sou pessimista. Provavelmente têm razão, mas não sei se isso será, de todo, uma coisa má. Sempre que me fazem esta crítica, lembro-me da história da formiguinha que, depois de ficar com a pata presa no carril do comboio e após esforçar-se arduamente para se libertar, vê o comboio aproximar-se e afirma "que se lixe, se descarrilar, descarrilou"!
Esta formiguinha será optimista ou, simplesmente, não tem a mínima noção das proporções e da realidade. A cada dia que passa parece-me mais que as pessoas optimistas podem estar atoladas em merda até aos olhos e, no entanto, ainda não conseguiram perceber que está a cheirar mal! Quanto às pessoas realistas, acho que a vivência diária no mundo real irá, mais cedo ou mais tarde, torná-las pessimistas. As pessoas pessimistas, por sua vez, terão muita dificuldade para manter a sanidade mental e não cortarem os pulsos...
Coloco então esta questão a votação e, mais uma vez, conto convosco para votarem até Domingo, dia 15. Vejam no lado direito a área de votação e estejam à vontade.
Acabou hoje a votação "Dúvida existencial: Afinal o que é pior", em que as opções eram "a puta da vida" ou "a vida da puta".
Dos 16 votos recebidos (que eu agradeço e penso que todos deveríamos agradecer pelo empenho em responder a algo tão visceral), 14 afirmaram que o pior é a puta da vida (87.5%) e apenas 2 defendem que o pior é a vida da puta (12.5%).
Assim sendo, e sem tecer muitos mais comentários porque gosto que vocês pensem e não posso dar-vos a papinha toda feita, limito-me a sugerir que as putas parem de se queixar da vida que têm. A vida é uma puta para todos nós e a vossa não é pior!
Há pouco tempo, ouvi uma pessoa simples colocar uma das questões mais pertinentes de todos os tempos. Andam para aí filósofos a tentar descobrir o sentido da vida, de onde vimos, para onde vamos e o que fazemos aqui quando, na prática, nada disto interessa.
Importa colocar questões directamente relacionadas com problemas quotidianos. Ora, se assumirmos, como diz o povo, que a prostituição é a mais velha profissão do mundo, esta dúvida já deveria ter sido colocada há muito tempo. Afinal o que é pior? A puta da vida ou a vida da puta?
Esta dúvida tem-me atormentado principalmente por 2 motivos. O primeiro é que, como só conheço a puta da vida e não a vida da puta, não tenho termo de comparação, pelo que peço às putas que dêem o seu contributo para o esclarecimento colectivo. O segundo é que, se se vier a provar que a vida da puta é melhor que a puta da vida, então talvez seja altura de começar a pensar em mudar de emprego. Será que nessa profissão também é preciso ter cunhas? Espero que não...
Conto com a vossa ajuda para solucionar este dilema. Para isso, vão à área das votações no lado direito do ecrã.
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